Crítica “Verdade ou Desafio”

Verdade ou Desafio (Trhuth or Dare, 2018) 

Diretor: Jeff Wadlow
Roteiro: Jilian Jacobs; Michale Reisz; Christopher Roach; Jeff Wadlow
Elenco: Lucy Hale; Tyler Posey; Violett Beane; Sophia Ali; Nolan Gerard Funk; Landon Liboiron; Sam Lerner; Hayden Szeto; Gary Anthony Williams; Brady Smith; Aurora Perrineau
Direção de Arte: Jacques Jouffret
Montagem: Sean Albertson

A produtora Blumhouse ao longo dos anos vem produzindo ótimos filmes dos gêneros de Terror e Suspense. É responsável por sucessos como: Atividade Paranormal; Sobrenatural; Uma noite de Crime; A Entidade e A Visita. Teve em 2017 o ápice do reconhecimento de sua produção com Corra do diretor estreante  Jordan Peele, vencedor do Oscar 2018 de Melhor roteiro Original, e retorno triunfal do diretor  M. Night Shyamalan com seu aclamado Fragmentando. Ainda em 2017 o fãs do gênero de terror foram presenteados com o A morte te dá Parabéns, filme que parece uma mistura de Pânico (1997) com Feitiço do tempo (1993). 

Mas 2018 a produtora começa com o pé esquerdo e a produtora abre a sua temporada de terror com o fraco Verdade ou Desafio. Filme de sustos fáceis e jumpscares previsíveis têm uma premissa boa, mas mal trabalhada. Assim com o seu antecessor, A morte te dá Parabéns (2017), Verdade ou Desafio é uma mistura dos filmes Premunição (2000) e Nerve: Um Jogo Sem Regras (2016), no qual um grupo de amigos tenda driblar a morte (mais especificamente uma entidade demoníaca),  jogando verdade ou conseqüência. A cada escolha a vida de seus jogadores e impactada drasticamente.

O jogo fatal, da verdade ou desafio, começa quando Olívia (Lucy Hale) e seus amigos estão passando a última noite do spring break ( recesso da primavera) no México. Secretamente desejando Lucas (Tyler Posey), o namorado de sua melhor amiga Markie (Violet Beane), Olivia se deixa encantar por Carter (Landon Liboiron), um estranho que logo convence Olivia e seus amigos a irem a uma festa em uma mansão em ruínas no meio do nada.

Chegando lá Carter sugere o jogo verdade ou desafio onde segredos são revelados, incluindo os de Olivia. Quando solicitado a revelar sua própria verdade, Carter admite que os atraiu para a missão porque “se sente mais confortável com estranhos morrendo, se isso significa que vai viver”. Carter abando a Missão amaldiçoada, mas antes avisa Olivia que o jogo vai segui-los para casa e todos eles estão condenados a morrer se não jogar.

As mortes em “Verdade ou Desafio” não são grotescas e nem pavorosas como em Premunição (2000). E os desafios propostos em nada são atrativos quanto os de Nerve: Um jogo sem regras (2016).  O diretor Jeff Wadlow tem uma boa experiência com filmes e series de terror bem com em filmes de ação (Cry Wolf, co-produtor de The Strain da TV, Kick-Ass 2), mas aqui se deixou levar pelos clichês do gênero terror.

Mas nem tudo é ruim no filme. Vale destacar a expressão facial assustadora um sorriso largo de cabeça inclinada para frente (como a de Jack Nicholson em “O Iluminado”) que assume as feições de uma pessoa sempre que o espírito malévolo está falando através delas. Se o diretor tivesse optado pelo viés da verdade o filme poderia ter sido muito mais ousado, como na cena em que Olivia confessa seu amor por Lucas e todo o seu desenrolar leva Markie a crê que sua amiga age por vingança.

Verdade ou Desafio é aquele filme esquecível que após sair da sala provavelmente relembrara rememorar a época colegial em que seu estomago revirava e sua espinha gelava quando era perguntada: Verdade ou Desafio? Isso sim é que é terror.

Nota: 2/5

Assista aqui ao trailer: