Filme: “Tudo por um Pop Star”
Tudo por um Pop Star (Brasil, 2018)
Direção: Bruno Garotti
Roteiro: Thalita Rebouças; Bruno Garotti; Dadá Coelho
Distribuição: Downtown Filmes, Paris Filmes
Direção de Arte: Marcus Figueiredo
Montagem: Diana Vasconcelos, A.B.C.
Sinopse: A banda pop masculina Slavabody Disco Disco Boys, febre entre jovens de todo o Brasil, anuncia que irá tocar no Rio de Janeiro. Fãs de carteirinha do grupo, as adolescentes e melhores amigas Gabi (Maísa Silva), Manu (Klara Castanho) e Ritinha (Mel Maia) farão de tudo para que seus pais deixem que elas assistam a um show do grupo fora da cidade onde moram.
Você faria tudo por um Popstar? Dormir na calçada para o ver passar? Madrugar na fila e não reclamar?
Quem nunca, não é mesmo?
Prepare-se, pois a música ficará em sua cabeça, colada que nem chiclete. Escrevo esta crítica alguns dias após assistir “Tudo por um Popstar” e até hoje a letra cativante e o ritmo agradável a transformaram num verdadeiro chiclete, que não sai da cabeça. E se você assistir esse filme, certamente pegará essa febre e sairá cantando.
Esse é o grande triunfo do filme: sua trilha. Pelo menos, foi o que eu mais gostei. Ela é totalmente apropriada ao público alvo, a níveis de criar idolatrias entre os fãs, coreografias e vídeos no YouTube, experiência semelhante a das protagonistas.
O filme gira em torno de 3 amigas que passam por poucas e boas para ver sua banda favorita tocar. Claro, é completamente inverossímil e inaceitável que tantos contratempos aconteçam com as mesmas pessoas num espaço de tempo tão curto (aquelas 3 inimigas devem ter amarrado o nome das meninas na boca de um sapo, é a única explicação plausível que consigo pensar), e algumas situações são tão ridículas que ficam cômicas (você ri do absurdo, não da essência da comédia). O maior exemplo disso é a cena do lençol na janela do hotel. Sem comentários, pois às vezes o silêncio é o melhor comentário (e a melhor crítica). Neste caso, é um silêncio reprovador.
Tirando a parte da aventura totalmente maluca e sem nexo, juntando com a prima Babete que é um personagem estereótipo e forçado, o trio de amigas não me incomodou, pelo contrário: Maisa Silva, Mel Maia e Klara Castanho mostraram boa química e atuações consistentes, muito melhores do que todo o elenco adulto somado e multiplicado por 2. Valeu a pena ter investido no elenco jovem, elas carregam o filme nas costas, e seus fãs ficarão satisfeitos com o resultado. Felipe Neto também levará sua legião de adoradores às salas, e confesso que ele está bastante engraçado e condizente aos chatérrimos blogueiros da modinha… tipo ele? Se tem uma coisa que eu respeito é quem sabe rir de si mesmo, e temos que bater palmas para ele neste caso, pois desempenhou este papel com louvor.
Confesso que entrei na sala do cinema esperando dormir, ficar desanimada e com preguiça, mas isso realmente não aconteceu. Eu me vi naquelas meninas, pois já fui adolescente e já tive a minha versão do Slavabody, já fiquei em filas quilométricas, já escrevi rolos de cartas, já colei pôsteres no meu armário, já sonhei em casar com o vocalista, e se quando eu tinha meus 11 anos os Backstreet Boys viessem ao Brasil, eu faria até pior do que o que essas meninas aprontaram.
No fim, a sessão foi nostálgica, musical e um tanto quanto surpreendente. Positivamente.
Por que todo mundo um dia faria tudo pelo seu Popstar.
Trailer Oficial: