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Crítica “Todo Dinheiro do Mundo”

Michelle Williams Mark Wahlber Christopher Plummer Charlie Plummer Ridley ScottTodo Dinheiro do Mundo (All The Money in the World, 2017)
Duração: 2h12min
Diretor: Ridlley Scott
Roteristas: David Scarpa, John Pearson
Elenco: Michelle Williams, Christopher Plummer, Mark Wahlberg, Charlie Plummer, Romain Duris Trilha Sonora: Daniel Pemberton
Direção de fotografia: Dariusz Wolski
Edição: Claire Simpson

 Inspirado na história do sequestro do adolescente John Paul Getty III, neto do  magnata americano do petróleo John Paul Getty , que aconteceu na Itália em 1973, a trama narra as tentativas desesperadas de sua devota mãeem convencer o patriarca da família a pagar a grande quantia exigida para o resgate. Quando ele recusa, ela tenta influenciá-lo, enquanto os sequestradores de seu filho se tornam cada vez mais inflexíveis e brutais. O roteiro é inspirado em eventos históricos, mas algumas cenas, diálogos e personagens são fictícios.

Todo o dinheiro do mundo segue o sequestro de John Paul Getty III de 16 anos (Charlie Plummer) e a tentativa desesperada de sua devotada mãe Gail (Michelle Williams) de convencer seu avô bilionário J. Paul Getty (Christopher Plummer) a pagar pelo resgate. Quando Senhor Getty se recusa, Gail tenta influenciá-lo enquanto os seqüestradores de seu filho se tornam cada vez mais voláteis e brutais. Com a vida do filho/ neto em perigo o negociador Fletcher Chase (Mark Wahlberg) tem a façanha de fazer com que Gail e Getty se tornam aliados improváveis na corrida contra o tempo, que finalmente revela o valor verdadeiro e duradouro do amor em relação ao dinheiro.

Ridley Scott em seu longa-metragem sobre o sequestro faz um excelente trabalho de direção, sendo possível identificar que o prazer que Scott teve ao realizar esse trabalho. De forma competente e eficiente narra a historia entre Roma, onde ocorre a abdução; Londres, onde vive Getty; o campo da Calábria, onde os sequestradores se esconderam. Há também o flashback ocasional para San Francisco, a sede da Getty Oil e a Arábia Saudita, de onde veio o petróleo.  A fotografia e bem trabalhada e trilha sonora também e bem executada.

Além de ser um historia biográfica sobre um crime Todo dinheiro do mundo é também um conto de moralidade mesclando com drama familiar, que pode ser considerado como o fio mais interessante do filme.  Michelle Williams, como a mãe da vítima, Gail Harris, merece sua atenção. Seus confrontos com Plummer são poderosos, mostrando perplexa em relação ao patriarca.  Williams está excelente no em seu papel de mãe amorosa que não mede esforços para trazer seu filho de volta. Seu personagem e extremamente consciente das implicações que o dinheiro pode trazer. Charlie Plummer (sem relação com Christopher) interpreta o neto, J. Paul Getty III. O ator consegue transmitir o vazio e alienação de uma criança rica.

Outro destaque também são as atenções de Mark Wahlberg que entrega um exímio negociar seja de petróleo ou pessoas. Christopher Plummer também está ótimo e charmoso no papel de J. Paul Getty I. Tanto que sua atuação lhe rendeu uma indicação ao Oscar na categoria de Ator Coadjuvante.

O novo filme de Scott será mais conhecido pelo drama dos bastidores do que por seu desempenho nas salas de cinemas. Depois que Ridley terminou seu longa sobre o seqüestro, as alegações de assédio sexual por Kevin Spacey tornaram-se públicas. Spacey teve 22 cenas no filme como J. Paul Getty e cortar essas cenas seria impossível A solução encontrada por Scott foi reescrever todas as cenas de Spacey, com Christopher Plummer agora interpretando Getty.

Todo o Dinheiro do Mundo foi indicado ao Oscar na categoria de melhor ator, Christopher Plummer e, estreia nos cinemas no dia 1º de fevereiro.

Assista aqui, ao trailer:

 

Nota 4/5

2 comentários sobre “Crítica “Todo Dinheiro do Mundo”

  • Abordando amor, família, dinheiro e poder é um filme e tanto. Pela resenha pude perceber um avô que é viciado em dinheiro e que só tem isso em mente assim como a ganância. Espero estar errada kkk vou assistir em breve!

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  • Lembro das notas sobre esse filme, se não me engano a Michelle teve que regravar e não pediu nada por essas cenas, não foi? Enfim, acho que além dos bastidores o que vale a pena é a questão moralista e os dramas entre as famílias, como você bem pontuou.

    Resposta

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