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Crítica: Os Instrumentos Mortais- Cidade dos Ossos

instrumentosmortais

“Há um mundo escondido dentro do nosso”

Sempre que lançam um filme de sucesso baseado em um grande best-seller internacional nossos corações vão ao êxtase, corretos? Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos era um dos meus filmes mais aguardados durante o ano de 2013, como o de muitos fãs. O que pode ser mais engraçado, que para quem acompanha as minhas resenhas da série por aqui, deve ter visto como eu gostei da escrita de Cassandra Clare. Ver a série chegando ao fim, é sinal de frio na barriga e muitas saudades antecipadas. Mas vamos ao filme!!!

A trama é da autora Cassandra Clare, e conseguiu mesmo com algumas mudanças que já eram de se esperar pela adaptação, finalizaram com o seu objetivo real como acontece no primeiro livro da série. Mesmo lendo algumas críticas negativas de outros sites e blogs, tentei ver o filme levando a minha comparação entre livro e todos os efeitos de uma adaptação. O fã não e nunca pode esquecer que 100% é impossível, o filme é uma “adaptação” e a franquia está ali para lucrar com elas. Como muitos afirmaram, um bad boy, um gênio e uma moça destemida se resumem ao elenco principal da trama, ao lado, temos personagens gays, uma menina de coragem e muitos lobisomens, temos bruxos, demônios, vampiros e tudo o que o adolescente gosta em um filme.

jjNo início já somos apresentados para Clary Fray (Lily Collins), testemunhando um assassinato por um grupo de tatuados na boate Pandemônio. Ao lado de seu amigo Simon (Robert Sheehan), faz com que os dois não entendam nada e o que estaria acontecendo ali. Clary escondida de seu passado por sua mãe Jocelyn, acaba descobrindo que os tatuados são Caçadores de Sombras– uma raça que mata demônios por milênios. A garota foi protegida ainda nova de seu segredo, por ser também uma Caçadora de Sombras, e ao lado do mundo novo, ela começará a se mostrar, onde a sua verdade deverá ser descoberta e retomar a realidade para tentar encontrar sua mãe que sumiu e a localização do Cálice Mortal (um dos instrumentos mortais).

ossos

Os efeitos especiais, as características dos personagens malignos me vi lendo novamente o livro, mesmo por algumas caracterizações muito fora do padrão, como os demônios, fiquei impressionado pela incorporação com os personagens como foi a do elenco,  como Jace Wayland (Jamie Campbell Bower) me convenceu nas ironias gesticuladas dentro da trama e o olhar meloso e com dúvida nos momentos com Clary, aqueles momentos como no livro que temos vontade de ter uma conversa séria com a tia Clare.  Alec Lightwood (Kevin Zegers), que mesmo frio em suas passagens que foram poucas, os momentos da festa de Magnus Bane ( Godfrey Gao ) retiraram algumas risadas do público que ali se encontravam, o lado homossexual chamou atenção, pelos diálogos de alguns personagens. O que incomodou foi ter cortado passagens do personagem ao longo da adaptação, ficou quase apagado. A atriz Jemima West no corpo de Isabelle Lightwood, rendeu aplausos, seu lado frio como nos livros e realista ganharam momentos mais dignos que acredito em um crescimento nas sequências.

magnus

Não concordo na comparação das passagens baseando-se em Harry Potter, Crepúsculo e outros filmes como muitos estão avaliando, reafirmo que o pessoal precisa muito evoluir em se tratando de uma adaptação de sucesso. A modinha como muitos críticos afirmam só chegam, quando existe alguém para falar bem ou mal. Aqui, temos que avaliar o conjunto da obra e se cabe ou não o próxima adaptação da série.  As cores das maquiagens, as roupas e as marcas ficaram muito bem caracterizadas. O que me incomodou foi a mudança no final, fato que não acontece no livro e alguns personagens que foram cortados. Fora isso, muitas passagens são do livro até mesmo por ser mais introdutório a primeira impressão. O personagem Valentim Morgenstern (Jonathan Rhys Meyers) transmitiu todo o seu lado sombrio como nos livros, os momentos no Instituto foram sensacionais como o esperado, até mesmo no confronto entre o Jace e a relação reveladora com Clary. A traição de Hodge Starkweather (Jared Harris ) foi outro ponto fiel. Quando li nunca imaginei que aconteceria, porém para os adeptos, ele retorna no futuro. Aidan Turner, no papel de Luke Garroway, mesmo ainda apagado, conseguiu transmitir seu lado frio com uma boa passagem dentro do filme. E Jocelyn Fray (Lena Headey), me fez querer mais a sua participação que não foi tamanha. Os outros personagens que compõe o elenco como: Madame Dorothea, Alaric, Samuel Blackwell, Emil Pangborn, Irmão Jeremiah, estavam presentes.

cidade

Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos é um filme para adolescente com idade acima de 13 anos. A fidelidade em mostrar tudo o que acontece no primeiro livro da autora, aconteceu. Fiquei até impressionado no final ficar parecido como no livro. rsrs Como diretor, Herald Zwart, fez tudo no momento certo, sua equipe levou grandes momentos pelo lado sombrio e para o lado claro, em determinadas passagens, o romance de Jace e Clary ao lado das incertezas que as revelações tendem a tomar foi bem exposto até mesmo nas expressões dos atores Lily e Jamie. Sim! Alguns momentos ainda foram revelados do que só acontecia dos próximos filmes, como acontece nas sequências dos livros. Para quem não leu os livros conseguiu sair muito satisfeito das salas de cinema, o lado comercial foi muito bem ganho. Já ao contrário foi uma grande facada de dois gumes, por ter evidenciado os acontecimentos,  teremos de aguardar como toda equipe pretende juntar nos próximos filmes. O mundo dos Caçadores de Sombras (Shadowhunters), foi muito bem explicado, como o adiantado passado de Clary, Valentim e toda família Morgenstern. E um destaque ao Instituto, muito bem construido e feito pela arte. A trilha sonora também não ficou muito para trás, Atli Örvarsson, poderia ter investido mais, procurado um pouco mais. Mas nada que torne impossível.

mmSe você ainda não leu o livro, pode assistir sem medos de grandes spoilers, já se você leu, garanto que não vai se arrepender a ferro e fogo assim. Oportunidades são muito bem vindas, levando sempre na análise uma adaptação. Afinal, o filme cumpre com o que é prometido, os olhos do público fica fincado na tela até o último momento. E quando termina aparece aquele gosto de querer mais. E vamos ter mais, porquê Os Instrumentos Mortais: Cidades das Cinzas  já vai começar a ser gravado e tudo indica que no final de 2014 já temos sua sequência. Eu gostei, mesmo ter assistido dublado, fui muito bem preparado para o que poderia achar, confesso mesmo que fiquei reclamando dentro da sala de cinema, uma vez que levei meus olhos para o lado crítico, como alguém que precisa ser real com a sua avaliação. Só não concordo reclamar do filme como aconteceu em outros best-sellers, é muito diferente e não possui nada em excesso como “água com açúcar” das adaptações que conhecemos. Se puder, voltarei ao cinema e verei o contexto pelas vozes originais dos atores, legendado.

clary e jace

VOCÊ FOI ESCOLHIDO!

The Mortal Instruments: City of Bones (EUA, 2013), 180 minutos. Fantasia. Romance. Paris Filmes.
Direção: Harald Zwart
Elenco: Lily Collins, Lena Headey, Jared Harris, Godfrey Gao, Jamie Campbell Bower, Robert Sheehan, Jonathan Rhys Meyers.
Roteiro: I. Marlene King e Jessica Postigo
Produção: Don Carmody, Robert Kulzer
Fotografia: Geir Hartly Andreassen
Montador: Joel Negron
Trilha Sonora: Atli Örvarsson
Duração: 130 min.
Ano: 2013
País: Alemanha / Estados Unidos
Cor: Colorido

Nota: 4/5

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

3 comentários sobre “Crítica: Os Instrumentos Mortais- Cidade dos Ossos

  • Bem eu concordo com vc sobre enxergar, mas Cidade dos Ossos, pra mim, como fã, não deu pra ignorar. Teve muito alteração. Eu sei q nunca é possivel 100% de perfeição ao livro, mas pode-se tentar chegar o mais parecido possivel. Veja Jogos Vorazes ou As Cronicas de Narnia o primeiro. Eles são excepcionalmente identicos ao livro. E isso sim é legal. Cidade dos Ossos me decepcionou nao so no enredo distocido que ficou, mas nos atores tambem. Além disso, aquela cena final dela arrumando a casa ficou muito HP, isso num tem como ignorar. Ja Crespusculo, ai num sei. Mas sinceramente, q bom q gostou. Pessoalmente não curti. Acho q poderia ter sido melhor e mais fiel

    Resposta
  • Oi, Philip.
    Eu sempre fico preocupada com adaptações de livros de sucesso! Apesar dessa preocupação inicial, gostei bastante de Cidade dos Ossos e acho que o filme trouxe tudo o que de mais importante tem no livro. Não sou daquelas loucas fanáticas que acham que o filme tem que ser idêntico ao livro. Rs!!!
    Mas enfim…
    Beijos
    Camis

    Resposta
  • sempre me surpreendo com as adaptações, sempre fica algo a desejar é normal, nunca é tal qual o livro, temos que ser realista que as vezes decepciona mas fazer o que …

    Resposta

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