Crítica do filme “Transformers: O Último Cavaleiro”
Os humanos estão em guerra com os Transformers, que precisam se esconder na medida do possível. Cade Yeager (Mark Wahlberg) é um de seus protetores, liderando um núcleo de resistência situado em um ferro-velho. É lá que conhece Izabella (Isabela Moner), uma garota de 15 anos que luta para proteger um pequeno robô defeituoso. Paralelamente, Optimus Prime viaja pelo universo rumo a Cybertron, seu planeta-natal, de forma a entender o porquê dele ter sido destruído. Só que, na Terra, Megatron se prepara para um novo retorno, mais uma vez disposto a tornar os Decepticons os novos soberanos do planeta.
O cinema de ação tem uma obsessão com destruição. Se tratando de Michael Bay em posse de robôs gigantes alienígenas, o que mais teremos é a aniquilação de qualquer coisa inserida no ambiente pelo qual eles passarem. É disso que se trata o novo filme da franquia Transformers, “Transformers – O Último Cavaleiro”. Cansado de destruir uma cidade aqui e outra ali, Bay com sua megalomania por explosões decide arrasar com o mundo inteiro. Isso mesmo, o mote desse novo longa é salvar o mundo em mais uma rixa Megatron X Optmus Prime. Vou ser honesta, me cansei dessa série no segundo filme, logo eu, que fui ver o primeiro completamente empolgada pelo fato de ter acompanhado a animação ainda bem criança. Nunca esperei uma obra prima de interpretações e diálogos, mas acabei me cansando do que foi me dado.
Como os outros filmes da franquia, esse tem aquele peso visual de um excesso de informações em dinâmica muito acelerada que faz com que meus olhos enxerguem manchas incompreensíveis em uma tela gigante, e dessa vez em 3D. Há momentos em que eu me sinto imersa em um quadro de Pollock, cheio de seus jatos de tinta voando na minha cara – com a diferença de que Pollock não em cansa – e, assim, fico atordoada e impaciente, pois pelo andar das situações em cena, vejo que a história está longe de acabar e que eu terei mais alguns minutos de crash, boom, bang atirado em minha cara. E o som? Socorro, estou surda. Que pancada! Há tanto barulho que quando há alguma sequência com mais diálogos ou certo silêncio parece que o filme está fora do eixo.
Não enxergo mais necessidade de filmes pra essa franquia. Eles se tornaram mais do mesmo. O elenco não tem apelo, pois os robôs digitais são mais divertidos que os humanos. Mark Whalberg (Cade Yager) passa o filme fazendo o que? franzindo a testa e mostrando a barriga tanquinho; a garota Izabella (Isabela Moner) é a jovem orfã-rebelde-sozinha-em busca do lar; a mocinha Vivian (Laura Haddock), vai de professora cética de história a Carmem Sandiego/Tomb Raider em segundos e; Josh Duhamell (William Lenoxx) é um enfeite, assim como Whalberg para criar ligação com o filme anterior. Na verdade o elenco mesmo são os CGIs e Sir Anthony Hopkins que mesmo em um filme meia boca é o vovô f*** que todos gostariam de ter; ali, só eles parecem se divertir, o restante “segue o fluxo”.
A clássica narrativa é a de “vamos destruir o mundo porque a humanidade não presta, mwahahaha (risada maligna)“, então sente e espere tudo acontecer, tudo dar errado, gente morrer (sem sangue é claro, pq sai fluido verde das máquinas alienígenas, mas não sai um sangue dos humanos), o combo choro/emoção/beijo apaixonado, antes de tudo dar certo porque SIIIIIIIIIIMMM tudo tem que dar certo no final pra ser bonito e nos dar mais um motivo pra mais um filme (claro que vai ter mais filme, tem até uma deixa no fim de “hum… viu como eu sou esperto, bora produzir mais um”.