Crítica do Filme “LOGAN”

Ficha técnica

• Nome: LOGAN
• Cor filmagem: Colorida
• Origem: Eua
• Data de lançamento: 2 de março de 2017
• Gênero: Ação, Ficção científica, Aventura
• Classificação: a definir
• Tempo de Duração: 135 minutos
• Direção: James Mangold
• Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Elizabeth Rodriguez, Boyd Holbrook …

Em 2029, Logan (Hugh Jackman) ganha a vida como chofer de limousine, para cuidar do nonagenário Charles Xavier (Patrick Stewart). Debilitado fisicamente, esgotado emocionalmente, ele é procurado por Gabriela (Elizabeth Rodriguez), uma mexicana que precisa da ajuda do ex-X-Men. Ao mesmo tempo em que ele se recusa a voltar à ativa, Logan é confrontado por um mercenário, Donald Pierce (Boyd Holbrook), interessado na menina Laura Kinney / X-23, sob a guarda de Gabriela.

Eu gosto do Wolverine. Meu gosto pelo Wolverine começa não pela devoção das HQs, mas sim pelo Lorde Australiano que canta, dança, faz piruetas, luta, se define, e não perde a pose. Conheci Hugh Jackman em um filme que gosto muito, “Kate & Leopold”, um conto de fadas moderno que vale a pena ver tanto pelo cavalheirismo ultrapassado porém amado quanto pela ponta da Viola Davis como uma policial mal humorada de Nova York que multa o gentil senhor por não recolher as fezes de seu cachorro.

Mas esse filme não é sobre Leopold, o herdeiro apaixonado. Esse filme é sobre Logan, o anti herói perturbado, em constante conflito com seu corpo, seus limites físicos, mentais, e seus fantasmas. O mundo não é mais o mesmo, e o Xmen pendurou as chuteiras, buscou uma carreira alternativa, vivendo um dia após o outro, um gole de cada vez. Até que algo acontece que o desperta dessa rotina lenta e dopada e o força a ser um líder novamente.

O que mais impressiona no filme é a atuação de Hugh Jackman. Sentimentos verdadeiros, à flor da pele, combinando exaustão e explosão física, confusões mentais e exploração do novo, família e dever, justiça e tranquilidade. Toda cena é dele, e mesmo se o excelente trabalho de maquiagem do filme não mostrasse como o tempo não foi legal com nosso querido anti herói, a impecável atuação do Sr. Jackman não deixa margens para dúvida: Logan sofre. Logan também é humano.

O filme agradará fãs incondicionais das revistas (com referências explícitas dentro do próprio filme), dos filmes da saga Xmen (é possível ver um pouco de cada um dos mutantes favoritos aos poucos, em doses bem controladas pela direção e roteiro), e também dos amantes de cinema. Não classifico como um filme de super heróis, por que Logan traz algo novo, que pessoalmente ainda não vi: não é o herói humano e possível inaugurado por Cristopher Nolan na sua trilogia Batman. Não é a excentricidade diferente de Deadpool. Não é o fenômeno pop dos Vingadores. É um herói dramático, que enfrenta seus fantasmas do passado e encara as perspectivas pessimistas do futuro. Logan, na minha opinião, inaugura um subgênero dentro do gênero, inovando em uma área difícil de entrar, e respeitando seus inúmeros fãs.

O Melhor: Atuação de Hugh Jackman.

O Pior: A edição do filme deixa um pouco a desejar, com cenas desnecessárias e duração além do necessário.

Selo de Recomendação: Certamente vale o ingresso.