Crítica do Filme “Homem-Aranha: De Volta Ao Lar”
Depois de atuar ao lado dos Vingadores, chegou a hora do pequeno Peter Parker (Tom Holland) voltar para casa e para a sua vida, já não mais tão normal. Lutando diariamente contra pequenos crimes nas redondezas, ele pensa ter encontrado a missão de sua vida quando o terrível vilão Abutre (Michael Keaton) surge amedrontando a cidade. O problema é que a tarefa não será tão fácil como ele imaginava.
Muito jovem, afobado e com a crença de que pode salvar o mundo de todos seus problemas, Peter Parker volta aos cinemas em novo reboot do super herói, Homem-aranha. Após combater ao lado d’Os Vingadores, o garoto com superpoderes volta para casa e desenvolve uma grande ansiedade em integrar aquele grupo. Assim, se torna o herói local em busca do crime perfeito que fará com que Os Vingadores percebam como ele é necessário ao grupo. Por ser muito mais jovem que suas versões anteriores, o nível de imaturidade e irresponsabilidade do herói se acentua, pois ele é apenas um adolescente deslumbrado com seus poderes.
O ator Tom Holland (Z: A Cidade Perdida, 2017) interpreta Peter/Homem-Aranha, 15 anos, estudante do ensino médio, nada popular, criado pela sua tia, May (Marisa Tomei de O Lutador, 2008) e, que guarda muito bem seu segredo até se deparar com uma gangue que produz armas mesclando tecnologia humana e alienígena, liderada por Adrien Toomes, o Abutre (Michael Keaton de Birdman, 2014). Em busca de sua aprovação por Tony Stark (Robert Downey Jr., franquia Homem de Ferro), Peter investiga o grupo e passa a perseguí-los em busca de provas de seus crimes.
Omitindo de sua família e amigos quem é, Parker ao longo da narrativa passará por situações de tensão e aventura, sempre delimitadas por algum tipo de humor e suspense. Me peguei ansiosa em alguns pontos do filme, mesmo prevendo o que aconteceria em seguida. Um desses momentos foi a sequência de ação dentro da balsa, muito semelhante a cena do metrô em Homem-Aranha 2 (direção de Sam Raimi, 2004). Entre erros e acertos, o garoto amadurece melhor seus conceitos sobre o que está ao seu alcance.
O diretor Jon Watts (Clown, 2014 por favor não vejam esse filme porque ele é um cocô, sim eu ainda escrevo cocô com acento) também é roteirista ao lado de John Francis Dale (ator das séries Freaks and Geeks e Bones). No elenco temos também Jon Favreau (Happy Hogan), Laura Harrier (Liz, crush de Peter), Tony Revolori (Flash), Zendaya (Michelle) e Jacob Batalon (Ned, melhor amigo e homem da cadeira).
Esse filme, ao trazer uma personagem tão jovem como super-herói acerta nos tons de humor pautados nas imbecilidades que uma pessoa imatura demais pode fazer, ao crer que tem capacidade de consertar os erros que existem por aí. Ao ir assistir a um filme desse gênero, o que espero é ser entretida. Quero que aquelas horas de projeção passem sem que eu perceba. Esse filme conseguiu isso, eu sequer olhei no relógio pra ver quando a sessão acabaria. Me joguei no universo de Peter para sentir melhor as confusões nas quais ele se meteu. É um filme sobre o que importa realmente para que vocês seja um herói. Com ou sem seu uniforme, você precisa ter algo. Com ou sem um herói, um filme precisa ter algo, e esse tem.
Ah, e temos duas cenas adicionais, uma após os créditos iniciais e uma após os créditos totais, não se esqueçam.
Nota:4/5