Critica do Filme “Desobediência “
Desobediência (Disobedience, 2018)
Diretor: Sebastián Lelio
Roteiro: Sebastián Lelio, Rebecca Lenkiewicz
Elenco: Rachel Weisz, Rachel McAdams, Alessandro Nivola, Anton Lesser, Nicholas Woodeson, David Fleeshman, Steve Furst
Diretor de Fotografia: Danny Cohen
Montagem: Nathan Nugent
Produção:Ed Guiney, Genevieve Lemal, Frida Torresblanco, Rachel Weisz
Que sejamos livres para escolher
Chega aos cinemas em 21 de Junho, o filme Desobediência, do diretor Sebastián Lelio. Confesso que não conhecia o trabalho dele e nem alguns atores presentes nessa trama. A obra é uma adaptação do livro de Naomi Alderman.
A trama nos apresentará a história de três personagens Ronit (Weisz), Estil (McAdams) e Dovid (Nivola). Ronit (Weisz) é uma fotográfa que mora em Nova York e que retorna para a comunidade judaica ortodoxa da qual foi expulsa, após receber notícias sobre a morte do pai, um rabino muito respeitado na comunidade. Veremos como Ronit será recebida em seu antigo grupo. Feridas, sentimentos e paixões serão reabertos. Haverá conflitos de sentimentos entre as personagens Ronit e Estil, algo que mudará a vida de uma delas.
Serão abordadas questões sobre machismo, exercido mesmo pelas mulheres, como pude observar e,em determinada cena, amei a resposta da personagem vivida por Weisz. A trama levantará representatividade LGBTQ+ feminina, o que achei muito interessante. A química entre as atrizes é bem realista principalmente numa certa cena.
A fotografia nos leva por Nova York e através de uma cidade de Inglaterra cujo nome não é citado. Tudo é bem urbano. Eventos que são realizados numa sinagoga também são retratados, achei bem diferente essa parte, pois homens e mulheres não sentam juntos nesse local. O figurino é condizente com a religião apresentada, mas, durante uma pequena pesquisa que fiz, observei que há variantes nessa questão. Uma coisa que me deixou incomodada foi o fato de as mulheres usarem peruca (tentei achar algo para explicar isso e não achei). A trilha sonora também é coerente com toda a produção.
É um filme que nos leva a pensar sobre sermos “livres” sendo nós mesmos sem nos entregarmos as imposições da sociedade/religião.
Se você gosta de um bom drama, assista! São quase 2 horas de filme e nem senti o tempo passar!
Curiosidade:
– O filme foi selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2017.