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Filme: Crimes em Happytime (2018)

Diretor: Brian Henson
Roteiro: Todd Berger; Dee Austin Robertson
Elenco: Elizabeth Banks, Melissa McCarthy, Maya Rudolph, Joel McHale, Jimmy O. Yang, Bill Barretta
Direção de Arte: Mitchell Amundsen
Montagem:Brian Scott Olds

Phil Phillips é um ex-policial que trabalha como detetive particular. Após seu irmão ser assassinado, ele descobre que o responsável é um serial killer que pretende eliminar todos os integrantes do “The Happytime Gang”, série de TV de grande sucesso nos anos 80. Juntamente com seu parceiro, o detetive Edwards, ele precisa capturá-lo antes que faça uma nova vítima.

Crimes em Happytime além de fazer paródia dos Muppet’s e filmes do gênero noir, também funciona com uma espécie de alegoria racial ao mostrar as tensões sociais vividas entre humanos e fantoches sempre considerados cidadãos inúteis e descartáveis.

Com muito piada suja e humor escrachado acompanhamos a saga de detetive particular Phil Philips (Bill Barretta) juntamente com sua ex-colega de trabalho na policia Det. Connie Edwards (Melissa McCarthy) para desvendar os assassinando do elenco de sitcom The Happytime Gang, uma serie de TV que já foi muito popular e atualmente caiu no esquecimento bem como seus atores, que por sua vez passam por momentos difíceis.

O mistério dos assassinatos em The Happytime Murders é idêntico ao de muitos filmes noirs. Os bonecos fofos do filme dirigido por Brian Henson revelam-se viciados em pornografia, drogas, cirurgia plástica e sexo. Esse contexto obsceno serve de ponto de partida para historia.

Os fantoches aqui são divertidamente expressivos.  Movendo-se com a rigidez de um homem de meia-idade, Phil ostenta sobrancelhas grossas e um cabelo desalinhado na cabeça.

Além de solucionar os assassinatos Phil ainda tem que resolver o caso de sua cliente Sandra (Dorien Davies), uma ninfomaníaca que busca sua ajuda em um caso de chantagem. Sandra mesmo com um batom vermelho vivo enfrentará o mundo com um semblante triste  e olheiras ​​sob os olhos excessivamente maquiados. As duas criaturas de pano certamente parecem muito mais animadas e desenvolvidas do que a detetive Connie Edwards, de McCarthy, ex-parceira de Phil na polícia de Los Angeles, que o expurgou da corporação anos atrás e garantindo que nenhum boneco usasse um distintivo novamente.

McCarthy não convence como uma policial durona e de moral duvidosa características dos filmes noir. Seu vicio em açúcar (alusão a cocaína) a distrai de lidar com as crise e situações de conflitos. Esse ao longo da narrativa serve mais como um alivio cômico, já que seu fígado de feltro transplantado consome todo o açúcar.

O diretor Brain Henson fez algo ousado e inovador ao utilizar fantoches para contar uma historia voltado para adultos que entretém ao mesmo tempo em que é estranha e louca e faz uma paródia aos Muppet’s.

Nota: 4/5

Assista aqui ao trailer:

 

 

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