Críticas

Cine Pipoca: Crítica Zé Colméia, o Filme

Há algum tempo era para ter postado sobre esse filme, mas, ficou devendo, hoje coloco uma crítica sobre ele, para você que era,foi ou lembra desse urso atrapalhado, é correr para o cinema e acompanhar as aventuras de Zé Colméia: O Filme e preparar para altas risadas.

Com o novo acordo ortográfico, a grafia do urso comilão Zé Colmeia mudou, perdendo um acento, mas, com o advento da tecnologia 3D, suas aventuras evoluíram, ganhando contornos em terceira dimensão. O primeiro personagem da Hanna-Barbera a ter um filme – Hey There, It’s Yogi Bear (1964) – está de volta às telonas, dublado na versão original pelo Caça-Fantasma Dan Aykroyd. Seu amigo inseparável, Catatau, ganha a voz do cada vez mais ator e ex-cantor Justin Timberlake – de A Rede Social. Na versão brasileira, a dublagem dos simpáticos ursos pardos é de Guilherme Briggs e Renan Freitas.
A ótima cena de abertura mostra um comilão Zé Colmeia bolando seus planos infalíveis, com direito a complexas – e não muito seguras – engenhocas, para roubar cestas de piquenique dos frequentadores do Parque Jellystone. As jogadas de câmera lenta e os movimentos dos ursos e objetos da cena demonstram a qualidade técnica da mistura entre personagens animados e reais. Os pequenos, porém, de certa forma, megalomaníacos planos de Zé lembram até Cebolinha tentando capturar Sansão, o coelhinho da Mônica, ou o Coiote perseguindo o Papa-Léguas – inclusive, um curta do Bip-Bip é exibido antes de Zé Colmeia: O Filme.

A tranquilidade do Parque Jellystone, antes só interrompida pelas peraltices da dupla Zé Colmeia e Catatau, ganha nuances dramáticas – embora demonstradas de forma cômica –, quando o prefeito corrupto da cidade decide lotear o parque, prestes a comemorar seu centenário, já que ele não dá mais lucro. O guarda Smith (Tom Cavanagh), que herdou a profissão de seu pai, precisará da ajuda de seu assistente, guarda Jones (T.J. Miller), e da cineasta de documentários naturais Rachel (Anna Faris), para impedir os planos maquiavélicos do prefeito Brown (Andrew Daly) e seu puxa-saco, quer dizer, assistente (Nathan Corddry).
Se, por um lado, as atuações do núcleo do “mal” são excelentes, com Andrew Daly dando um show de ironia, o núcleo do “bem” compromete, com atuações e expressões exageradas, parecendo mais caricaturas, que saem um pouco do tom da comédia encabeçada pelos divertidíssimos Zé Colmeia e Catatau – além de uma estranha tartaruga, que rouba a cena em alguns momentos-chave. As aventuras de Zé Colmeia são simples, leves e direcionadas ao público infantil, mas os adultos que sentem saudade dos desenhos do urso comilão poderão se divertir bastante.
Zé Colmeia: O Filme (Yogi Bear) – 80 min
EUA, Nova Zelândia – 2010
Direção: Eric Brevig
Roteiro: Jeffrey Ventimilia, Joshua Sternin, Brad Copeland
Dublagem Original: Dan Aykroyd, Justin Timberlake
Com: Anna Faris, Tom Cavanagh, T.J. Miller, Nathan Corddry, Andrew Daly
Nota:10

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

7 comentários sobre “Cine Pipoca: Crítica Zé Colméia, o Filme

  • kkkkkkkkkkkkk ri um monte com seu comentário lá no blog, tinha q ser vc!! “tá namorando…”rss

    Quero vê esse filme, não sou véa mas é da minha época!!!
    Bjuus

    Resposta
  • Hmmm, pobre Justin Timbarlake. Não vi atuação dele ainda, mas ele como cantor é fera!

    Sobre o filme, é o que eu já imaginava. Mas a tecnologia 3d dele é o que deu um tom diferente.

    Abraços!

    Resposta
  • Um filme para matar saudades então (pelo menos da dupla)…

    Fique com Deus, menino Philip Rangel.
    Um abraço.

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.