Cine Pipoca: A Hospedeira (The Host)

Ontem (30/03) estive no cinema na presença do Matheus do Vida de Leitor e da Flávia do Livros e Chocolate onde fomos acompanhar em uma tarde à adaptação de A Hospedeira, baseado no livro de Stephanie Meyer. Como não li o livro, irei focar no contexto do filme.

A Terra onde vivemos está em paz, uns compartilham, ajudam aos outros. De uma certa forma, não existe mais conflitos. Mesmo que uns tenham pagado mais caro do que outros, como a perda de sua autonomia de vida. Tudo aconteceu quando foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Todos os humanos tornaram hospedeiros desses invasores, suas mentes são extraídas, porém seu corpo permanece intacto sem qualquer mudanças. Um outro problema é que a humanidade sucumbiu a tal processo que Melanie Stryder (Saoirse Ronan) foi alertada dos desafios de viver dentro de um ser humano. Porém, com seu novo hospedeiro, Peregrina não esperava que Melanie ainda poderia existir e controlar de certa forma suas emoções e vontades. Ela tenta descobrir o verdadeito local em sua mente onde esconde os restantes da resistência humana.  Entretanto, Melanie ocupa sua invasora com visões da pessoa que ama: Jared (Max Irons).  Incapaz de separar seus desejos, Peregrina fica atraída por uma espécie submetida em exposição forçada.

Mais ou menos essa é a premissa de todo enredo criado por Meyer. Diferente do romance da saga Crepúsculo, é notório como a autora pode evoluir em sua escrita. Uma ambientação nova,  futura e muito bem centrada em expor aliens. Nas mãos do diretor Andrew Niccol Gattaca (1997), suas habilidades em transformar seres de outro mundo em algo contagiante ao espectador. A Hospedeira leva um olhar profundo dentro de nossa sociedade, em algo futuro de como podemos reproduzir algo sério de vivência entre nosso meio.

No decorrer do enredo, podemos ver outros personagens como a Buscadora (Diane Kruger), em busca de Peregrina para revelar o local dos humanos. O filme é mais ou menos isso, não sai muito da premissa. O que compara e reconhecemos Meyer é a forma que ela introduz o seu triângulo amoroso: Jared (Max Irons) e Ian (Jake Abel), pela Melanie e Peregrina, perseguição, romances. Colocações interessantes de como é feito uma construção futurista.

Partes cómicas também são vistas dentro da adaptação, ainda não vi como é feita no livro, os momentos que Melanie e Peregrina conversam uma com a outra e quem deve ou não beijar quem. As cenas na caverna foram momentos muito bem construídos pelo diretor. Senti uma falta de muita ação, acredito que possa ter deixado um pouco à desejar nesse quesito e pelos comentários dos  meus colegas na sala de cinema, houve pequenas trocas com os personagens e momentos na trama que não fechavam com o livro. Aspectos de suas roupas também prejudicaram no enredo. A dublagem do filme também foi péssima,  se a grande atriz Saoirse Ronan, ouvisse sua voz de menininha pela sua idade real, iria chorar dias. Quanto aos atores Max Irons e Jake Abel, tiveram o seu lugar na trama. Fiquei muito curioso como eles e a atriz Saoirse Ronan, irá agir na sequência prometida pela autora. Como o livro ainda não lançou, espero que sua adaptação não demore.

Por fim, A Hospedeira é muito melhor vista pelo seu contexto do que sua verdadeira história. O lado teen de Meyer não poderia ser levado mais sério, toda parametrização, disign e formas que o elenco reage dentro da trama não poderia ser levado mais para seu lado pesado pelo público que seu livro alcança. Rir muito, fiquei pensativo em alguns momentos levando em consideração se isso acontecesse em nosso mundo, como séria? Pode ser que faltou um pouco de convencimento, mas nada que te prejudique de acompanhar um bom filme, para um final de semana com a família.

A Hospedeira- The Host – EUA , 2013 – 125 minutos
Ficção científica / Romance
Direção: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Saoirse Ronan, Max Irons, Diane Kruger, William Hurt, Jake Abel, Frances Fisher, Boyd Holbrook
Nota: 3,9