“Black Fraude”: Procon notifica sete por maquiarem preços (Black Friday 2012)

Olá, leitor! Aguardada por muitos internautas, a Black Friday brasileira, que prometia descontos de até 75% em cerca de 300 lojas do varejo online, acabou frustrando seus consumidores. Descontos muito menores do que seus anunciados, maquiagem de seus preços e instabilidade nos sites dos varejistas, dos agregadores e organizadores de ofertas, renderam a liquidação apelidada com nomes honrosos nas redes sociais. Usando termos como “Brack Fraude”, “Black Friday Fail” e “Enganation Friday” para demonstrar o seu descontentamento.

No twitter:

” O @submarino acabou de aumentar o preço do item que estava tentando comprar! Que cara de pau!!!! #BlackFridayFail” – afirma Thales Henrique.

” Ofertas? Que ofertas? O que não foi maquiado, não se consegue comprar #blackfraude.” – afirma Fabrício Martins.

“Preços com falsos descontos, sites que não funcionam. É, lojas do Brasil…Muito que aprender ainda.”- afirma Alexandra Aguiar.

O grande número de denúncias levou a Fundação Procon de São Paulo a notificar sete dos maiores varejistas do Brasil– Extra ( lojas física e virtual), Ponto Frio, Submarino, Saraiva, Americanas.com, Wal-Martin, Fast- Shop – para que prestassem esclarecimentos sobre sua participação na Back Friday. O órgão diz que, a partir das denúncias recebidas pelos canais de antendimento e pelos seus perfis em redes sociais, os fiscais identificaram indícios de maquiagem dos descontos oferecidos. Até as 15h, foram 40 denúncias.

As empresas terão até a próxima sexta-feira (30/11) para apresentarem suas explicações. Caso o Procon não considere suas explicações satisfatórias e decida fazer autuação, elas responderão em processos administrativos podendo arcar com uma multa de R$ 450 mil a R$6,5 milhões. Outros sites, como o Busca Descontos, bloqueou mais de 500 ofertas cujos preços estavam inflados.

” É lamentável que algumas lojas ainda insistam em fazer maquiagem de preço. Contamos com a ajuda de consumidores para que denunciem ofertas falsas”, afirmou o CEO do Busca Descontos, Pedro Eugênio.

O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público de  Minas Gerais, Amauri Artimos da Matta, orienta que os consumidores não deixem os problemas passarem em branco e reclamem. Ele diz que, a partir das queixas, o ógão pode identificar irregularidades e autuar as empresas. ” A queixa que for individual, mas tiver repercussão coletiva, como é o caso de propaganda enganosa, nós vamos investigar e autuar”, afirma. Na quinta- feira, a expectativa do varejo online era de faturar cerca de R$ 135 milhões ontem, 35% a mais que na edição de 2011. Com instabilidade dos sites e a insatisfação dos usuários, a meta pode não ser alcançada. De acordo com dados da e-bit, o evento deve ter movimento de R$ 200 milhões no Brasil.

Nos EUA, o evento foi um sucesso.

As lojas Victoria Secret´s à Apple, havia gritaria na Black Friday, a Sexta-feira Negra, que é o melhor dia do ano no varejo  norte- americano. Muitas vozes em português gritavam senhas em Nova York para sobreviver à avalanche humana.

Fonte : Jornal O Tempo, de 24/11/2012, p. 10 – de Ana Paula Pedrosa.

Considerações do Entrando Numa Fria.

Caros leitores, ficamos ontem (23/11) muito indignados com toda a situação, principalmente em se tratando de lojas amigas e parceiras do blog. A submarino mesmo apresentou um site instável, sem recursos, aumentando os preços de seus produtos e colocando um desconto menor para aqueles que só possuiam cartão de crédito da rede submarina. Uma Black Friday que ali nunca existiu, porque em outras datas os descontos são maiores. A rede social twitter, foi alvo de amostra no descontentamento dos nossos leitores e amigos. Nossa equipe twittava menções a rede Submarino, sem receber nenhum retorno, parecia que todas as divulgações eram mecânicas. Uma rede que se diz muito confiável não confia nem mesmo em seus consumidores para responder todas às hashtags como expostas na matéria.

Outros leitores ficaram aborrecidos com nossa repercussão dentro da rede social. Nossa tarefa, como editores do blog, é defender todos os direitos do consumidor. Uma vez prejudicados, estamos dispostos a entrar no barco para transformar essa realidade em algo visível e sério, já basta nossa política, não poderíamos nos calar em momentos quando nossos leitores postavam suas indignações. Vistos em todo o país, agora as lojas citadas deverão responder pelas mesmas, acreditando que tudo passará despercebido pelo poder capital que possuem. Ainda reafirmamos, que quanto mais leitores reivindicar seus direitos junto ao Procon, mais resultados iremos obter. Não adianta jogar ansiedade no público alvo e não cumprir, dignidade é direito de todo cidadão.