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A Queda | Critica

Ficha técnica:

A Queda

The Fall (2022)

Direção: Scott Mann

Roteiro: Scott Mann e Jonathan Frank

Elenco: Grace Caroline Curry, Virginia Gardner, Darrell Dennis, Jasper Cole, Jeffrey Dean Morgan e Mason Gooding

“A Queda” (The Fall), que estreia nesta quinta, 29 de setembro de 2022, trouxe boas expectativas para o público geral, como a forte tensão e nervosismo principalmente para aqueles que sofrem com a acrofobia, ou medo de altura. Promete uma experiência bastante angustiante e sufocante, mas podemos dizer que essa promessa não é novidade vindo do seu gênero.

O filme foca na vida de Becky (Grace Caroline), uma aventureira radical que praticava montanhismo com seu marido e sua melhor amiga, e vivenciou uma tragédia onde não conseguia ver mais muito sentido para a vida e começou a abusar do álcool. Preocupado com a filha, James (Jeffrey Dean Morgan) pede ajuda à Hunter (Virginia Gardner), a melhor amiga de Becky para tentar tirá-la dessa situação. Hunter então faz um convite, um tanto quanto autoritário, para as melhores amigas escalarem uma torre de rádio desativada de mais de 2000 pés de altura. Becky tentou relutar ao convite, mas a amiga insistiu para que ela saísse daquela situação e, por fim, decidiu encarar a aventura como nos velhos tempos. As garotas então embarcam em busca dessa torre a fim de registrar tudo para que Hunter pudesse postar e ganhar muitos likes e, claro, fazer com que a amiga volte a sentir alguma alegria na vida, mas após toda a escalada a escada da torre cai e elas ficam ilhadas no topo da torre.

Durante a escalada das amigas podemos sentir uma aflição imensa, pois o lugar realmente parece ser muito alto e dá pra se imaginar naquela situação, o que causa um certo desespero. A sensação que dá quando as personagens olham para baixo ou quando pisam em falso, é realmente de roer as unhas porque dá a impressão que você está lá e para quem tem medo de altura, pode ter certeza que a tontura vem. Ver Becky e Hunter lutarem por sobrevivência não é algo inovador no gênero, mas o clima entre as duas é afetado quando um segredo é revelado, segredo que poderia ter sido mais bem explorado.

O grande marco inovador do filme é o plot twist no final que, provavelmente, muitas pessoas não vão esperar e que faz o clima se tornar outro, muito mais interessante que o decorrer do filme até então. A sensação é de que o clímax do filme acontece na parte final e por isso, não dura muito tempo, deixando a sensação de que o roteiro poderia ter “jogado mais pesado” durante o andamento e não ter deixado só pro final.

“A Queda” é um filme que causa sensações que nem sempre imaginamos que vamos sentir apenas assistindo, tem uma premissa interessante ao colocar uma fobia muito comum em jogo e consegue usar e abusar disso, mas poderia ter sido mais aprofundado quando se fala de roteirização.

Renata Avila

Renata Ávila, formada em direito, é apaixonada por livros de diversos temas, sem nunca esquecer dos romances que são os mais desejados. Adora um bom filme e uma boa musica. Gosta de conversar sobre livros, mas surta se falarem mal de Twilight, por ser sua primeira paixão literária e a série que a transformou em uma leitora voraz.

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