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Resenha: Doctor Who – Shada, por Gareth Roberts (Segunda opinião)

Nome do Livro: Doctor Who – ShadaDOCTOR_WHO_SHADA_1388970450P
Nome original: 
Doctor Who – Shada
Autor(a): Gareth Roberts
Tradução: Juliana Romeiro
ISBN: 9788581051994
Páginas: 352
Editora: Suma de Letras
Ano: 2014
Avaliação: 5/5
Onde comprar: Compare Preços

Vista e cultuada em mais de 200 países, a série de TV Doctor Who é um ícone cultural britânico que conquistou mais de 70 milhões de fãs em 50 anos de aventura.

O seriado acompanha o Doutor: um viajante misterioso, vindo do planeta Gallifrey, movido pelo desejo de explorar todos os cantos do tempo e do espaço. Um dos Senhores do Tempo, o Doutor é capaz de se regenerar para escapar da morte, mudando de corpo, rosto e personalidade. Com seus companheiros, humanos e alienígenas, ele protege a Terra e o cosmos contra perigos de todos os tipos.

Shada reconta um episódio que nunca foi transposto para as telas de televisão, uma aventura “perdida” de 1979. Escrita pelo então editor de roteiros da série, Douglas Adams, o autor de O guia do mochilerio das galáxias, Shada traz a quarta encarnação do Doutor e sua companheira Romana II.

Doctor Who é um hit britânico, mas atualmente tem conquistado fãs no mundo todo e seu sucesso e respeito tem crescido cada vez mais. A série produzida pelo canal BBC começou a ser transmitida em 1963 e, depois de uma pausa, continua até hoje. No ano passado a série comemorou seus 50 anos e nada melhor do que comemorar isso lendo um livro baseado no tão polêmico episódio que nunca foi ao ar: SHADA. Este episódio foi escrito pelo então roterista da série, Douglas Adams (autor de O Guia do Mochileiro das Galáxias), e chegou a ser filmado, mas depois foi excluído e nunca  chegou a ser concluído. A história sobre a polêmica envolta deste roteiro é bem explicada no final do livro e é uma grande curiosidade.

Em Doctor Who: Shada, nós conhecemos o Doutor, um Senhor do Tempo que viaja através do tempo e do espaço em sua cabine de polícia chamada TARDIS (em tradução livre: tempo e dimensão relativos no espaço). Junto dele está a sua companheira Romana II. Os dois recebem um chamado da terra e chegando aqui descobrem que o professor Chronotis possui um livro que, se cair em mãos erradas, pode ser muito perigoso. É claro que o poder do livro será um objeto de desejo para Skagra, um terrível vilão que consegue tudo através do poder da mente. O Doutor e Romana terão a ajuda dos humanos Chris e Clare, que embarcarão com eles em uma aventura através de planetas para proteger o livro.

07 Para quem quer arriscar a leitura do livro é mais legal assistir a série primeiro. Não importa a temporada nem o episódio, mas é importante ver algo para se integrar deste mundo e da personalidade do Doutor. Neste livro temos a quarta encarnação do Doutor, aquela em que ele tem cabelo enrolado e usa um cachecol colorido (foto ao lado). Ele é um ser muito engraçado, divertido, sarcástico e quando necessário violento. Romana é uma mulher adorável e seu jeito único transmite paz e calma. Chris e Clare, são humanos corajosos, mas muitas vezes não sabem como agir em determinadas situações, necessitando do auxílio do Doutor e de Romana. Já Skagra, pode parecer estranho, mas foi meu personagem favorito. Ele tem uma personalidade muito forte e sabe como fazer maldades, mas por um lado sentimos um pouco de solidão e tristeza em seu ser. Seus capítulos e partes foram os mais interessantes, pois me faziam tentar entender quem ele realmente era.

Gareth Roberts é um autor excepcional e conseguiu colocar toda a essência dos personagens, dos cenários, das piadas internas do seriado no livro. Ele pegou explicações difíceis de ficção científica e fez as ficarem simples e divertidas. Roberts também deu um grande espaço para cada um dos personagens, de modo que cada capítulo ou separação de partes foca em algum acontecimento de um personagem separado do grupo. O autor cria capítulos curtos sempre com um grande final que nos deixa ansiosos para ler mais e mais, afinal, há muitas surpresas escondidas nas páginas deste livro. Gareth consegue criar uma trama muito bem amarrada e com um começo, meio e fim. É perceptível que a história tem vários arcos e é agradável ver como eles se fecham e contribuem para o enredo.

A edição feita pela Suma de Letras contribuiu muito para uma leitura agradável. A fonte e a diagramação estão ótimas e a tradutora está de parabéns, pois foi necessário vasto conhecimento sobre um vocabulário específico da série. A edição teve poucos erros, apenas encontrei dois, mas não afetaram muito na leitura.

Doctor Who: Shada é um presente para todo whovian (fãs da série) e uma ótima apresentação para quem quer conhecer mais ou até mesmo iniciar a jornada pelos episódios. Um livro repleto de ficção científica, revelações surpreendentes, sarcasmo, ação, suspense e muita, mas muita, aventura. Doctor Who já encantou gerações pela TV e agora pode encantar muitos pelas palavras. Gareth Roberts conseguiu aquilo que queria: homenagear Douglas Adams e fazer um livro incrível! Recomendadíssimo!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

Um comentário sobre “Resenha: Doctor Who – Shada, por Gareth Roberts (Segunda opinião)

  • Olá, Rieri!
    Eu sempre ouvi falar sobre essa série de TV e sei que ela tem fãs pelo mundo todo, mas eu nunca me animei a ver e talvez por isso não tenha a menor vontade de ler o livro!
    Beijos
    Camis

    Resposta

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