Quero mudar de emprego. Será que está na hora?
“O mercado de trabalho distingue dois tipos de profissionais: os Reformadores e os Revolucionários. Os reformadores são os profissionais que estão um pouco insatisfeitose não desejam fazer mudanças radicais, apenas ajustes na carreira. Enquanto os revolucionários pretendem mudar completamente o rumo de suas carreiras.” (Richard N. Bolles, consultor norte-americano autor do livro “What color is your parachute?”).
Meus amigos leitores, dessa vez retorno a uma postagem diferente, sempre escuto um questionamento desses por diversas pessoas todos os dias, uma mudança de emprego pode ser feita quando? Quando está na hora de levantar, bate uma tristeza profunda e uma total falta de vontade? Você mal chega ao serviço e já quer ir embora?E para piorar a sua situação, acha que tudo está ruim, arruma confronto com todos os seus colegar, tento uma sensação de explodir?Bom, está certoque para a maioria isso não vem a ser normal, mas se você ainda não viveu em seu emprego, por ser um mortal viverá, pode apostar.Para quem já passou ou está passando por isso, acha que a situação já passou do limite do suportável, daí vêm a famosa pergunta: está na hora de mudar de emprego?
Eu mesmo já passei, e acredito estar passando por isso, em um mar de dúvidas mesmo, quando é convidado por outras empresas e está em dificuldade de escolha, mesmo sabendo que será remunerado melhor. Mas aqui vamos entender o seguinte. Qual é a hora? Como saber se ela chegou ou se vocÊ está prestes apenas vivendo um momento de tensão passageira pois está se sentindo sobrecarregado? Nisso, andei pesquisando e com a ajuda do newsletter Carreira & Sucesso e de alguns consultores do ramo venho colocar algumas opiniões que acredito que possa ajudar muitas pessoas.
Para muitos deles: o moment de deixar o emprego é quando a pessoa começa a se sentir infeliz, não porque esteja cansada e estressada, mas porque não vê mais perspectivas de desenvolvimento no local. Ou, quando o profissional ver que não evoluirá mais em seu ambiente de trabalho, quando o seu stress não está mais valorizado, e sim, o colega que entrou ontem naquela empresa x.
Além disso, é possivel, segundo Sérgio Buaiz, consultor e conferencista, detectar outros fatores- quase todos subjetivos, daí a dificuldade de prever exatamente a melhor hora. Numerando alguns:
– Medo de ser demitido:: se isso acontece, é porque de alguma forma a pessoa já sabe que não está contribuindo tanto para a empresa. Isso afeta a auto-estima e a realização profissional.
-Sentir-se desvalorizado: quando a pessoa é ocupada com tarefas menores e percebe que não terá muita chance de evoluir, ou quando trabalha muito para os outros serem reconhecidos/recompensados.
-Infelicidade: conflitos pessoais, pressão exagerada, falta de planejamento, crise interna… enfim, qualquer motivo que faça o profissional acordar com aquela sensação horrível de que está indo para a forca. Ninguém merece viver assim por muito tempo. Por isso meu amigo, é hora de mudar. Ou, até mesmo quando o profissional percebe que a empresa não se enquadra mais nos seus sonhos e seus limites que você espera alcançar.
Toda equipe que fica junta por muito tempo acaba gerando desgastes. Para lidar com isso, sugere Buaiz, tente apagar os incêndios antes que eles se espalhem. Não aponte culpados e nem tente vencer todas as disputas. “Você pode até eprder algumas de propósito, para acomodar os egos alheios. Dedique-se a vencer apenas quando o que estiver em jogo for realmente importante. E faça parecer que foi uma vitória coletiva, mesmo que você tenha sido o melhor em campo.” E pense muito, porque sempre em ambiente que convivêm muitas pessoas os desentendimentos, com funcionários e chefia existirão em todos os lugares que você for. Se você perceber que não terá condição de fazer nada além doq ue o seu nível hierárquico lhe permite, por questoões externas a você, então é o momento de pensar se vale a pena continuar no mesmo departamento, com o mesmo chefe ou até mesmo na empresa.”
Que tal assumir alguns riscos?
Assumir risco é, hoje, uma atitude bastante valorizada pelas empresas.Quando decidimos mudar de emprego estamos assumindo riscos. “É importante, avaliar o momento em que esta fazendo essa opção, questões financeiras, valores pessoais, desafios, problemas de relacionamentos, faça de tudo para reduzir o grau de incerteza envolvido na decisão. Fuja do eu espero que… ou ainda vamos ver o que vai acontecer… Seja bastante crítico ao analisar cada opção. Pense não só nas consequências de curto prezo, mas também quais possiveís reflexos que esta decisão poderá gerar num futuro mais distante e como constribuirá para o desfecho de sua carreira”, opina Patricia.
Os consultores passaram uma dica: antes de tomar uma decisão, avalie se não existem possibilidades de enfrentar novos desafios dentro da mesma organização. Caso realmente não exista esta possibilidade, é que você busque uma outra opção para sua carreira não ficar estagnada. Mas a dra. Ana Paula, faz um alerta: ao pensar em mudar de empresa, tenha em mente que essa não é uma escolha simples e requer muito planejamento. “A estabilidade no emprego é um fator especialmente reconhecido no momento em que se decide por uma promoção. Segundo pesquisas do Grupo Catho, profissinais que ocupam cargos de diretores ou presidentes tiveram, em média, três empregadores em toda a vida. Portanto, muitas vezes é importante persistir e permanecer no emprego atual.” O que não deve em hipótese alguma, é permanecer anos a fio em um emprego que te deixa infeliz. “Momentos difíceis sempre vão existir, mesmo dentro das melhores empresas. Sempre existirão chefes enábeis, colegas invejosos e funcionários incompetentes. O profissional deve tentar, não perder o equilibrio. É a sua carreira que está em jogo”, diz Patrícia. Além disso, assim como não é bom ficar em um mesmo cargo por muitos anos, também não é bem visto aquele profissional que permaneceu curtos períodos nas empresas em que atuou. “Os selecionadores apresentam um certo preconceito em contratar o profissional que permaneceu por pouco tempo nas empresas, por acharem que o mesmo poderá deixar a nova empresa assim que encontrar outro emprego, sem se comprometer com o trabalho”, diz Patricia.
Sim, calma há saídas.
Cuidado mesmo quando você não percebe quando algo não vai bem. Sempre dou a dica de começar observar como estão as pessoas em relação a você, ao trabalho que você desempenha,sugestões e reindivicações. As reações de seus colegas podem de dar pistas de como anda seu desempenho. Depois disso, pense em uma estrategica que você de a volta por cima nessa situação e mostre que é capaz. Neste momento é que o profissional segurá de si todos os recursos pessoais que nunca tinha ou havia utilizado até o momento, a fim de mudar a situação em que se encontra. O seu sucesso desta etapa dependerá muito da humildade que você tem, e de muita, mas muita determinação para revertal tal situação. Primeiro para reverter a situação, procure uma outra empresa ou invista nas possibilidades de crescimento na empresa atual.
Mas enquanto isso….
Se o seu setor ou departamento não dá mais condições que você trabalhe de uma forma mais apaixonada, o melhor que voc~e tem a fazer é tentar uma possivel transferencia para outro setor. Mas meu amigo, ou amiga, se o problema envolve toda a empresa, se você não aguenta de forma nenhuma já buscar uma solução ou o que for, está na hora sim de trilhar novos horizontes. Como completa o consultor Buaiz: “Enquanto a atirude de mudar não é colocada em prática ou as novas oportunidades não surgem, procure se automotivar, vibre com bons resultados, encare os problemas como desafios e preocupe-se com a realização de algo bem- feito”. Aproveite a estabilidade para ocê estudar, fazer reservas e se preparar melhor para o futuro. Dessa maneira, é pssivel mudar antes que o calo aperte, conseguindo viver sob menos pressão”.
Conversar com seus chefes também é valido, desde que, na opinião dos consultores, o chefe seja umlíder que procura sustentar um clima interno positivo e saudável e que seja, realmente, uma pessoa procupada com o desenvolvimento dos seus pares. A dica é: antes de se decidir em si demitir devido a um problema de relacionamento com seus superioresm um profissional deve apostar todas as suas fichas para melhorar a comunicação, seja com a gerência ou com os colegas, afinal, o emprego atual pode ser uma excelente oportunidade de crescimento para sua carreira. Procure conversar com o seu chefe em um ambiente neutro. Evite expressar emoções, mas trate o assunto com calma e ponderação.
O que analisar antes de aceitar a oferta.
Na ânsia de deixar a empresa, o profissional pode cair na armadilha de aceitar a primeira oferta que aparecer, pois a tendência é de achar que qualquer coisa é melhor do que o que ele tem em mãos. A consultora Ana Paula Dias cita alguns itens que devem ser checados antes de mudar:
- Antes de tomar uma decisão, é necessário que o profissional faça uma análise da empresa atual, pela sua potencialidade de crescimento, pela solidez financeira, pela tecnologia e pelas perspectivas de futuro. Se a possibilidade de futuro é boa, é interessante procurar permanecer na mesma organização.
- Deve-se também ter em mente que um salário ou mesmo beneficios mais atraentes não devem servir como justificativa para a mudança de empresa, pois se não houver motivações profissionais, a mesma levará à frustração.
- É sempre importante ter clara uma definiçãodo que se quer fazer e se a empresa oferecerá condições para o cumprimento destes objetivos. Por este motivo, é ijmportante que a pessoa pesquise sobre a empresa e faça perguntas pertinentes no momento da entrevista.
- A posição funcional que o profissional irá assumir deve ser hierarquicamente superior- não é indicado trocar de emprego para ocupar posição similar à que ocupava na empresa anterior.
- Quarenta e quatro por cento das contratações são feitas para novas posições que não existiam antes, que configuram desafios copm boas oportunidades de crescimento, em geral também envolvem riscos, porque não há referências anteriores em que se basear para medir desempenho. Empregos desse tipo costuma ser muito bem vistos no currículo.
- Deve ser levado em consideração o ambiente de trabalho.
- Comunicar a saída com antecedência é fundamental, pois pedir demissão, o fatode deixar a empresa sem comunicar anteriormente não será visto com bons olhos, tanto pelo antigo empregador como pela organização que você irá trabalhar.
- Procure sempre administrar a relação com a empresa com maturidade, uma vez qaue não é possível saber qual será a reação com seus superiores. Para isso, procure ser claro nos motivos pelos quais vai deixar a empresa, se possível permaneça na empresa por mais tempo, até que se consiga um novo funcionário, ou mesmo indique pessoas da sua confiança que tenham o perfil para ocupar o cargo. Desta maneira, você não fechará as portas na empresa que está deixando.
E nunca esqueça: negocie bem a sua saída para que você não sofra prejuízos. Muitos profissionais nunca tentaram essa possibilidade por julgarem não ser necessários, ou que não surtirá efeitos. Além destes benefícios, procure obter uma carta de recomendação de seu chefe. Com certeza ela será de grande utilidade, pois demonstrará que o seu desligamento da empresa se deu de uma forma amena, o que será um trunfo a mais para você quando se apresentar como candidato a outro emprego. Em hipótese alguma critique a empresa, seu chefe e/ou colegas de trabalho. Ao sair de uma empresa, procure elogiar sinceramente as coisas boas que a mesma lhe proporcionou, em vez de ficar remoendo mágoas do passado, termina a dra. Patricia.
Agradecimentos: Ao grupo Catho, pela jornalista Cristina Belerini, e aos consultores citados nessa postagem. Partes da entrevista alteradas pelo autor do blog Entrando Numa Fria.
Finalizo por aqui meus amigos leitores, espero que tenham nessa postagem clareado um pouco a idéia de sair ou não de uma empresa, e como proceder quando não há mais solução. Hoje, acredito que muitos vivem esse momento, e nunca é, ou será um bicho de sete cabeças porque o ser humano preocupa-se em crescer, não retroceder. No mais estude as propostas da outra empresa, seja claro na entrevista, mostre o que você fazia, e arrisque, confie em você. Porque capacidade todos tem, o que não sabe se aprende.
@philipsouza
eu bem quero mudar de emprego…=]
bjos