Resenha/Sorteio: Fator Nerd- Contatos Imediatos do 1º Amor, por Andy Robb

Nome do Livro: Fator Nerd: Contatos Imediatos do 1º Amor.
Nome Original: Geekhood: Close Encounters of the Girl Kind
Tradutor(a): Alda Lima
Autor(a): Andy Robb
ISBN: 9788501401151
Páginas: 320
Editora: Galera Record
Ano: 2013 – 1º edição
Avaliação:5/5 + bônus
Onde comprar: Compare Preços

Audaciosamente indo aonde nenhum homem jamais esteve. Principalmente se o terreno inexplorado for a linda gótica transferida para a escola de Archie. Aos 14 anos, tudo o que esse nerd assumido quer é transcender. Leia-se abandonar as sextas-feiras perdidas em Noites de Jogo com os amigos Ravi, Beggs e Matt e se entregar aos prazeres mais mundanos com Sarah. Mas há alguns orcs o separando de seu Um Anel. E, pelo visto, nenhum inseto radioativo está disponível para transformá-lo num super-herói. Arch pode contar apenas com seu MI e seu ME. O problema é que seu Monólogo Interior é seu maior crítico, enquanto seu Monólogo Exterior apenas bombeia sangue para seu rosto e bloqueia todos os sistemas diante de uma ameaça Klingon. Quando o problema é o Darth de plantão, Jason Humphries… não há Yoda que resista. E o cara parece ter decidido que Sarah será a Jane de seu Thor, a Lorelei de seu Namor ou, quem sabe, a Mary Jane de seu Aranha. Então, Archie resolve trazer para a vida real suas habilidades como Mestre de RPG. E transformar a própria realidade. Com ajuda de muitos livros e um ego reformulado! Tudo bem… Talvez seu novo Eu Psíquico tenha um estranho sotaque americano e queira comungar com o Universo, seu padrasto seja um Imbecil de marca maior, seus únicos amigos se recusem a acompanhá-lo nessa jornada de autoconhecimento e suas noites sejam atacadas por um estranho e recorrente Sonho. Mas ele vai conseguir! Afinal, nas palavras mais bela das elfas, “até mesmo a menor das criaturas pode mudar o curso do destino”.

Um dos melhores livros que li durante este ano. Um livro  inteligente, diferente e incrível, são requisitos parciais para descrever a obra de estreia de Andy no meio literário. Quando comecei a ler, primeiro vi a citação de Homem Aranha 2, uma fala do personagem Peter Parker:

“Quem sou eu? Tem certeza de que quer saber? Se alguém lhe dissesse que sou apenas um cara normal, sem nenhuma preocupação na vida, alguém estaria mentindo.”

Já imaginei que iria gostar muito deste livro. E não deu outra, uma mistura de realidade com adaptação poderia definir o que encontraria em Fator Nerd. A obra de Andy difere muito do que uma simples capa bonitinha, ela também repassa uma lição de vida para o leitor nas mãos dos personagens Archie e Sarah. Personagens estes diferentes, um; é um grande Nerd, vive naquele mundinho fechado ao lado de seus amigos: Ravi, Matt e Beggsy, e adoram jogar nas sextas- feiras seu RPG, fantasiando cenários de seres da fantasia.  O único problema ainda é que Arch, vive ao lado de seu Monólogo Interior (MI) que é bastante crítico – o que deixa o livro incrível, as ironias de sua consciência faz qualquer leitor rir- , e por outro lado existe o seu Monólogo Exterior (ME), que  lhe transmite força para conseguir controlar seus anseios por uma tal de Klingon. Pelo menos até o aparecimento de Jason Humphries – o famoso Dath de Guerra nas Estrelas- ou quem sabe o vilão de Spider Man que quer roubá-la de ti para transformar em sua Mary Jane. É com suas habilidades de Mestre de RPG, que o nosso personagem tentará conquistar Sarah, que é uma linda gótica, novata em sua escola e ele aos 14 anos, tentará ter o seu primeiro contato imediato do seu primeiro amor.

” Então aí está: meu nome é Archie, e sou um Nerd. Mas apenas neste mundo…”(p. 19)

O livro de certa forma foi para os nerds, geeks que nunca acreditam em um possível primeiro amor. Muitos ainda vão se enganar por sua capa e se identificar como um infanto-juvenil sem graça, Fator Nerd fica longe disso, quando mostra os primeiros contatos que muitos de nós já tivemos e todas as suas aflições de quem sabe receber o primeiro não. Também é evidenciado pelo autor nas mãos do personagem Tony – padrasto de Archie depois de sua mãe  ter se separo de seu pai de uma forma meio vergonhosa. O que faz o nosso personagem conviver muitas vezes pelo Facebook, para não criar conflitos entre seu pai e sua família.

” Coloque essa porcaria de volta na mesa, seu Imbecil! Isso não está aí para fazer você rir; está aí como uma expressão de minha necessidade de escapar deste mundo e abraçar uma realidade onde tudo é possível! E da próxima vez apague este maldito cigarro antes de entrar! E pare de me chamar de “Arch”! É “Archie”! Ninguém além da mamãe pode me chamar de “Arch” – isso não nos torna mais íntimos ou coisa assim! E O QUE É MESMO QUE ESTÁ FAZENDO AQUI?!” (p. 13)

Juntos de seus amigos, ele sempre passa as maiores horas dentro do Casebre, um local onde eles acham de tudo para dar vida aos seus personagens e é nesse local que Archie acaba encontrando sua gótica e seu mundo virando de cabeça para o ar. Ainda fico imaginando como foi escrever este livro, e após lê-lo toda a minha ideia de Nerd foi alterada. Muitos ainda acreditam que o nerd ou o geek, são pessoas fora do mundo, que podem ser classificadas até como gay por não se relacionar ou dar permissão com o mundo afora (com as mulheres). Mas é o contrário, não que tinha essa mesma imaginação, pensava em ser um mundo fechado, onde a ciência e o aprendizado poderia transformar essas pessoas em grandes profissionais para o nosso país. Vi dentro dos personagens que eles são além disso, ambos possui seus desejos e todos os seus problemas como o que cerca  o mundo de Archie.

No enredo de Robb, fora alguns questionamentos respaldados por aqui, ele levanta ainda o problema do cigarro que é muito grande em muitos países, ele joga um “acorda” que faz o leitor pensar duas vezes. O personagem  central vive ainda com o medo de perder o pai, depois de uma promoção para Nova York e o questionamento do pai escrever errado na rede social. Levantando toda problemática que sempre é questionada por alguns profissionais da educação.

“Conto tudo a ela: sobre Tony, o divórcio, a mudança de cidade de meu pai, o quanto amo a minha mãe, como sou nerd, como sou fraco, como não converso de verdade com ninguém, meu MI, a Gárgula, o Sonho; sai tudo numa grande bagunçada, melequenta e chorosa confusão…” (p. 179)

O mundo de Archie, como qualquer adolescente que descobre seu primeiro amor fica abalado quando entra um outro aluno Chris Jackson fora o brutamontes musculoso Jason Humphries. Ainda conhecemos o seu Eu Psíquico (EP), que de certa forma, levanta a autoestima do personagem na segunda parte do enredo. Archie ainda preocupa com a relação entre seus amigos, mesmo todo balançado e dividido pela falta de atenção de seus pais, é neles que encontra todo o conforto e toma coragem para chegar em Sarah. (o resultado você leitor deverá ler, ok?)

A editora Galera Record trabalhou muito pela obra, sua diagramação não consigo medir em palavras, as cores fortes e escuras nas letras são atrativas e o papel off-white deveria ser obrigatório dentro da publicação de  todos livros. A tradução de Alda Lima merece aplausos.

Para quem ainda não conhece, o autor possui um segundo volume intitulado no goodreads de Geekhood: Mission Improbable, que será publicado pela editora no Brasil se vocês aprovarem o primeiro volume. Então leitor, leia!!! Indique para os filhos, Natal chegando é uma grande forma de presentear e rir muito! Depois me conte o que achou!!

a Rafflecopter giveaway