Resenhas

Resenha: Sombra da Noite, por Deborah Harkness

SOMBRA_DA_NOITE_1367248741PNome do Livro: Sombra da Noite
Nome Original: Shadow of Night #02
Tradução:Márcia Frazão
Autor(a):Deborah Harkness
ISBN: 9788532528339
Páginas: 576
Editora: Rocco
Ano: 2013
Avaliação: 3/5
Onde comprar: Compare Preços

Eleito um dos melhores livros de 2012 pelas redes Amazon e Barnes & Nobles, Sombra da noite repetiu o desempenho de seu antecessor, o bestseller A descoberta das bruxas, figurando na lista dos mais vendidos do The New York Times. No romance, a pesquisadora Diana Bishop, descendente de uma antiga linhagem de bruxas, e o geneticista Matthew de Clermont, um vampiro ancestral, se aprofundam em sua pesquisa sobre o manuscrito encantado conhecido como Ashmole 782, numa trama que entrelaça paixão, alquimia, ciência e história. A série de sucesso de Deborah Harkness ganhará adaptação para o cinema pela Warner.

Deborah Harkness sabe surpreender o seu público leitor de todas as formas possíveis.  Na seqüência de A Descoberta das Bruxas, a autora retoma os acontecimentos no momento que o livro anterior deixou. Uma grande façanha da autora foi em conseguir decifrar os acontecimentos no passado em 1.590 e no presente.O que pode prejudicar de certa forma a leitura, é a troca de narração (passado e presente), confundindo a cabeça do leitor. Como acontece nas primeiras páginas, que aos poucos mesmo sem grandes respostas vamos caminhando aos poucos na rotina de Diana e seu marido e vampiro Matthew. Antes de mais nada, no livro anterior Diana Bishop sempre negou sua realidade ou melhor, verdadeira identidade. Filha única de bruxos, onde ficou órfã aos sete anos, sempre tentou se parecer comum entre os humanos, até que em um dia um manuscrito misterioso revela um mundo perigoso e sobrenatural envolvendo Diana e pela ironia, só ela  pode controlar seres malignos como bruxas, demônios, vampiros sem alterar o seu dia-a-dia. Nossa protagonista precisa encontrar no passado o Ashmole e contornar toda situação.

A aventura de Diana no passado com o conhecedor Matthew é bastante densa, os novos personagens da Escola da Noite são bastantes envolventes. Diferente da personagem Kit, que de certa forma a autora conseguiu unir ódio para muitos leitores. Fora isso, pela viagem ao passado (Inglaterra, séc. XVI), o tempo que os personagens principais demoram para conseguir encontrar a pessoa que pode apresentar uma ajuda da viagem. Não nego que fiquei preso parecendo quase monótono como o primeiro livro da série Beautiful Creatures. Demorando séculos em um livro denso para chegar ao final e ainda não ter grandes respostas.  Fiquei ainda curioso sobre essa ligação de presente e futuro que ligam os personagens. As conseqüências poderiam ter sido maiores, o que não me despertou tanto interesse pela condução da autora.
Como mencionei acima, existiu momentos que merecem destaques como a fluidez da autora em remontar um tempo antigo, com diálogos mais cultos e relacioná-los junto ao presente. O que percebi foi a contribuição da versão brasileira foi em tentar diminuir os conflitos de entendimento ao lado dos leitores. Cito Márcia Frazão pela belíssima tradução, quanto livro que envolvem um mistério em si necessitam ser alterado algumas para entendimento em outra língua. Não houve erros de revisão que impossibilitasse o entendimento ou diminuísse toda credibilidade do livro.

Retirando os momentos baixos, que friso a dificuldade de entendimento e alguns momentos maçantes, na segunda metade o livro começa a melhorar, quando finalmente o passado de Diana e toda sua magia a ser revelada. Não esperava que a autora mostraria algumas bruxas de 1.590 que compõe partes importantes do enredo.  Mesmo mostrando uma Diana forte, ela ainda precisa ouvir mais Matthew se realmente quer contornar toda situação.  Os personagens secundários como posto, é bastante apresentado pela autora. Para fácil compreensão, no final do livro, a autora revela os nomes que facilitam nossa compreensão o que de certa forma contribui para ser lidos ou em dúvidas antes e durante nossa leitura.

A editora Rocco caprichou muito na capa e toda diagramação. A capa azul com o nome meio laminada, transborda aquela sensação de magia ao público leitor. Como no volume anterior, as folhas brancas foram mantidas, o que de certa forma incomoda muito a leitura noturna.  Fora isso, algumas reclamações, ainda irei persistir no terceiro livro, ainda sem data de lançamento definido.
Ainda fiquei com uma pulga na orelha depois que Philippe convoca Matthew, até onde as conseqüências podem crescer?

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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