Resenhas

Resenha: Mar Morto

Salve, salve, amigos e amigas do Entrando Numa Fria!

Nos últimos dias estive lendo Mar Morto, um clássico da literatura brasileira escrito pelo baiano Jorge Amado, o grande artesão das palavras.

E como não podia ser diferente, deixo a seguir minhas impressões sobre ele.

Livro: Mar Morto
Autor: Jorge Amado
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535911824
Número de Páginas: 288
Onde Comprar: Submarino/Saraiva

Sinopse: Publicado em 1936, quando o escritor Jorge Amado (1912-2001) tinha apenas 24 anos, “Mar Morto” leva o leitor para a beira do cais soteropolitano. É lá que se encontram as histórias que o autor conta, de personagens que enfrentam o mar em lutas diárias pela sobrevivência. O misticismo baiano se funde aos dramas reais onde as mulheres perdem seus homens que são levados para sempre por Iemanjá, a rainha do mar – que segundo Jorge Amado, é de onde vem “a música, o amor e a morte”. O protagonista é o jovem Guma, cuja amada Lívia quer libertar do “chamado do mar”.

Mar Morto tem conteúdo denso e cheio de detalhes. Narra a trajetória de vida do par amoroso Guma e Lívia, além de abordar de forma intensa a figura do mar e o cotidiano das pessoas que vivem à beira do cais da Bahia lutando pela sobrevivência.

No livro, o mar é o local de trabalho dos pescadores, canoeiros e mestres de saveiro. É o espaço das paixões, do erotismo, da sensualidade, dos temores, dos conflitos. É o ambiente que se liga ao campo mítico de Iemanjá, rainha dos mares, e ao universo de crenças, costumes e tradições da população.

Escrito durante a segunda fase do modernismo (fase em que predomina a crítica social), Mar Morto ainda deixa nas entrelinhas algumas críticas sociais referentes à saúde e à educação, mas nada que faça a trama perder sua tendência lírico-poética que, aliás, é perceptível em todo o enredo.

Capa

Alguns podem achar a capa do livro estranha — barcos virados de ponta cabeça —, mas ela tem um sentido que demorei a desvendar: remete ao ciclo da vida, que na obra principia na figura do mar e termina na figura do mar. Trata-se do princípio e fim das coisas, ou seja, é destino de todos os marítimos viverem e morrerem no mar. Fato interessante, não?

Novela

Em 2001, foi ao ar, no horário nobre da Rede Globo, Porto dos Milagres, telenovela escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares e inspirada na obra Mar Morto. Por ter conseguido altos índices de audiência quando foi exibida, especula-se que poderá ser a próxima novela a ser reprisada no Vale a Pena Ver de Novo. Vejam abaixo o vídeo com a abertura da novela.

Em síntese, considero Mar Morto uma obra-prima que deveria ser lida por todos aqueles que adoram livros de qualidade e relevância. Tem uma história maravilhosa e eletrizante! Recomendo sem nenhum resguardo.

Abraços,

Andrew Magalhães.

4 comentários sobre “Resenha: Mar Morto

  • Lipe….simplesmente esse livro é o meu preferido de Jorge Amado… e olha que li muito Jorge Amado no último ano heim??? rsrsrsrsrs

    Leitura recomendadíssima!

    Beijão e ótimo domingo

    Resposta
  • Faz bastante tempo que eu li “Mar Morto” na época fiquei fascinada com a narrativa do Jorge Amado. Hoje, lembro dele com muito carinho, pois foi um dos livros que me fizeram aprender a amar a leitura.
    Li sua resenha e fui procurar a minha edição e vi que ela esta caindo aos pedaços rs

    Ah se você gostou de “Mar Morto”, leia “Capitães da Areia” (também do Jorge Amado) que, na minha opinião, é ainda melhor!

    Beijo

    ‘Nowhere Girl’
    http://garotadelugarnenhum.blogspot.com/

    Resposta
  • Oi Andrew!!

    Vou ser beeeem sincera… Odeio Jorge Amado. Tentei ler Mar Morto, Gabriela e Capitães de Areia… Não consegui terminar nenhum deles.
    Livros chatos pra caramba… Não gosto de jeito nenhum.
    Mas hosto é gosto, né?! Nem dessa novela eu gostei, na verdade! rsrsrs

    Beijos, Karina!!
    Walking in Bookland

    Resposta

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