Resenha: Como (quase) namorei Robert Pattinson, por Carol Sabar

Nome do Livro: Como (quase) namorei Robert Pattinson
Autor(a): Carol Sabar
ISBN: 9788564850019
Páginas:464
Editora: Jangada
Ano: 2011
Avaliação: 5/5
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“Quando abro os olhos, ali estou eu. Deitada de bruços na areia da praia. E Robert Pattinson está passando óleo bronzeador nas minhas pernas”. >> Aos 19 anos, Duda é literalmente viciada na saga Crepúsculo. Já perdeu a conta de quantas vezes leu os livros da série e assistiu aos filmes. Através de um perfil secreto na internet, ela se comunica com outras fãs do Crepúsculo que, assim como ela, estão totalmente convencidas de que não há garoto no mundo que valha um dente canino do vampiro Edward Cullen. Sua obsessão ganha fôlego com uma temporada de estudos em Nova York, onde ela faz planos mirabolantes para conhecer pessoalmente Robert Pattinson, o ator que interpreta o vampiro nos cinemas. Mas, após um incidente com seus únicos (e insubstituíveis!) livros da saga, Duda entra em verdadeiro surto de desespero. Percebe, então, que uma mudança radical em seu comportamento “crepuscólico” é mais do que urgente. O que ela não esperava era conhecer Miguel Defilippo, seu vizinho na ilha de Manhattan, que é a cara do ator Robert Pattinson! Apaixonante, lindo, rico, misterioso e ambíguo, Miguel acaba se tornando um desejo mais inacessível para Duda do que o próprio astro de Hollywood. Uma história cheia de humor, aventuras e reviravoltas, para você chorar de rir!

Novamente retorno com mais um livro da grande autora Carol Sabar (ela é muito linda, tanto por fora quanto por dentro ). Vale a pena ressaltar que nunca fui fã de chick lit e logo que li o Azar o Seu! fiquei querendo ler o próximo livro da autora, ou melhor, o primeiro livro da autora. Minha curiosidade foi tão grande que o resultado final foi muito esperado, muitas risadas e uma vontade de querer mais. Diferente do que você leitor possa estar imaginando, a Carol mesmo levantando um público feminino direciona alguns personagens para o público masculino (para quem não sabe, o namorado dela influenciou ela no livro), leiam os agradecimentos!  E não fiquem presos em Crepúsculo, mesmo sendo o foco, o livro é muito mais do que ficar preso à temática de início pretendida.

O que você leitora faria quando tivesse que mudar para Nova York para estudar línguas e descobre que seu vizinho é a cara do ator Robert Pattinson, o Edward Cullen de uma das suas melhores séries escrita por Stephenie Meyer ? Mais ou menos já responde no que iremos chegar e os objetivos traçados dentro do enredo construído pela autora. Neste mundo que conheceremos Eduarda (Duda) Carraro, uma menina de 19 anos, fã doente pela saga Crepúsculo e ama o ator Robert Pattinson, sonhando com ele passando óleo na praia em sua pele. Ela está de mudança para Nova York junto com sua irmã Suzana, Lisa e Margô para estudar inglês. Logo elas começam aventurando pela cidade, ainda ela tenta compor a plateia para um programa de televisão, onde seu amado pode fazer uma entrevista caso recebam muitos pedidos.

“Nem delirando! Nem delirando consigo ser um pouco menos patética. Será que me custava pelo menos fantasiar com o Robert verdadeiro? Em vez desse … Robert Paraguaio de tatuagem no braço, sotaque americano e músculos aparentes? Tudo bem. Tenho de admitir que esse vulto sentado do outro lado da cama é indescritivelmente deslumbrante, o homem mais lindo que meus olhos já viram (é uma pena que vá esmaecer e sumir no espaço a qualquer instante). Mesmo assim … É pirataria pura.”

É no seu apartamento, ou melhor, seu vizinho (Miguel Defilippo) ao lado que ela vai ficar perdidinha quando ver seu maior ídolo na sua frente. Não vai ter outra, a confusão com romance na certa. A Carol passou todos os conceitos de uma garota mimada, saidinha e o que uma fã faz para ter seu ídolo ao lado. A narrativa é toda construída em primeira pessoa, levantando mesmo o entendimento da personagem e sua imaginação ao logo dos diálogos. Momentos que comecei a rir e não consegui parar, tipo: Como pôde acontecer isso? Como assim?

A leitura é muito fluída e por ser gostosa é muito rápida. Mesmo pela temática levantar a Saga Crepúsculo é ideal o leitor ter pelo menos uma pequena ideia de quem são os personagens e os atores que fizeram parte do elenco. Mas caso contrário não é nada que prejudique o seu comprometimento.  E novamente a Carol Sabar, deixa pontas soltas para uma possível continuação ou spin-offs de outros personagens no momento que é apresentado pela Duda.  É muito difícil mesmo avaliar um livro com temática diferente do que sou acostumado a ler, porém li tudo em poucas horas por ser muito bem construído e amarrado.

Acredito que todo o objetivo que a autora pretendeu passar foi feito com maestria! Você vai rir, rir e rir novamente. Torcer pelos seus personagens e no final ainda pedir um pouco mais. O que não foi diferente aos eventos que a autora já esteve presente. A editora Jangada novamente mantém todo o cuidado com os livros da Carol Sabar, mesmo sendo um livro de estreia fiquei me perguntando: ” se toda estreia for assim, que a Carol escreva diversos livros por ano”.  O personagem do Miguel, novamente como aconteceu com o Guga de seu outro livro, me deixou refletindo pelas atitudes que são apresentadas. Sim! Como mencionei acima, o livro não gira e prende em um  único foco, os personagens secundários são muito bem abordados e abertos para seu objetivo no enredo.

Fiquei com um dever cumprido ao tentar arriscar o livro, me distrai muito dos livros que estava lendo e ainda ganhei por conhecer a escrita dessa grande escritora mineira. Você leitor pode até assustar por um menino resenhar este livro, o que eu também estranhei, mas saio confirmando que devemos ler tudo mesmo, sem cisma de dizer “aquele livro é de mulherzinha”! Leiam, leiam!!! E com certeza entrou para os melhores livros de 2013 já lidos!.

“Para ser bem honesta. Tenho certo medo dele (ele é grandão demais, imagina só… bom, deixa pra lá), além disso, embora de seja muito legal comigo, eu já o conheço suficientemente para afirmar que ele não faz meu tipo ideal de homem. O tipo com quem quero passar o resto da vida. O tipo pálido, esguio, olhos multicoloridos, fã de frases de efeito e compositor nas horas vagas. O tipo… ai, meu Deus!. .. Edward Cullen. (Não dá para esquecer essa merda! Não dá! Por que, diabos, fui ler esses livros? Como uma pessoa conseguiu escrever uma história que mais parece uma droga?)”