A Forja – O Poder da Transformação | Crítica
Filmes evangélicos têm ganhado cada vez mais espaço no cinema, como “Som da Liberdade” e a série “The Chosen”, que, em sua 4ª temporada, chegou a ser exibida nos cinemas. O longa “A Forja: O Poder da Transformação” estreou em 26 de setembro, com distribuição da Paris Filmes e produção dos Kendrick Brothers, sendo dirigido por Alex Kendrick, que já comandou títulos famosos no gênero, como “Desafiando Gigantes”, “Prova de Fogo” e “Quarto de Guerra”.
Na trama, conhecemos Isaías Wright, um jovem recém-formado no ensino médio que está sem rumo, interessado apenas em jogar videogame ou basquete com os amigos. Pressionado por sua mãe, Cynthia (Priscilla C. Shirer), que é mãe solo, e incentivado por um empresário de sucesso, ele começa a ser mentorado e a buscar um propósito. Com o apoio espiritual de sua mãe e de Dona Clara, uma guerreira de oração, Isaías descobre o plano de Deus para sua vida.
O filme é bem didático e autoexplicativo. As situações do roteiro são tratadas de maneira direta e sem enrolação. Quem sustenta a narrativa são os atores Aspen Kennedy, Priscilla C. Shirer e Cameron Arnett. Inicialmente, Isaías é retratado como o típico jovem rebelde, que só quer saber de jogar e não demonstra responsabilidade em relação à sua mãe. Embora a atuação de Aspen Kennedy seja competente, quem brilha com carisma é Priscilla C. Shirer, que consegue ser doce e firme ao mesmo tempo, guiando o filho em sua jornada de transformação.
No entanto, o filme peca pela facilidade e romantização de algumas situações. Por exemplo: ninguém consegue um emprego tão rapidamente, muito menos almoçar com o presidente da empresa após tratá-lo mal. Esse tipo de filme parece mostrar poucas adversidades, tanto na esfera profissional quanto pessoal, o que não condiz com a realidade, onde, mesmo sendo uma pessoa de fé, os desafios tendem a ser mais complexos e difíceis.
A questão religiosa é apresentada do ponto de vista do mentor de Isaías e de sua mãe, que mantêm um profundo respeito e devoção a Deus. O filme traz um easter egg interessante, quando Dona Clara, personagem do diretor em “Quarto de Guerra”, é chamada para se juntar ao grupo de oração, reforçando a conexão entre os filmes.
O conceito de “forja” é bem explorado na relação de Isaías com seu mentor e os demais membros do grupo. No entanto, a metáfora da espada poderia ter sido melhor introduzida no início do filme. A jornada de transformação do protagonista é clara, mostrando como as responsabilidades mudam sua visão de mundo e das pessoas ao seu redor.
No geral, “A Forja: O Poder da Transformação” é um bom filme, embora não se compare a seus antecessores. Ele aposta em um roteiro mais simples e com pouca inovação, mas reforça a mensagem de que, com Deus, a vida das pessoas pode ser transformada através do relacionamento com Ele
Ficha Técnica:
Titulo Original: The Forge
Estréia: 26 de setembro de 2024
2h 03min | Drama
Direção: Alex Kendrick
Roteiro: Alex Kendrick, Stephen Kendrick
Elenco: Cameron Arnett, Priscilla C. Shirer, Aspen Kennedy Wilson, Ben VanderMey, Karen Abercrombie, Willie Mellina, Stephen C. Lewis, T. C. Stallings
Distribuição: Paris Filmes
Sinopse: A Forja – O Poder da Transformação é um longa dirigido por Alex Kendrick. A história se passa um ano após terminar o ensino médio, onde Isaiah Wright (Aspen Kennedy), um jovem de 19 anos viciado em basquete e videogames, está perdido e sem direção. Desafiante para sua mãe solteira, Cynthia (Priscilla C. Shirer), e desmotivado, ele recebe um ultimato: encontrar um rumo ou deixar a casa. Com o apoio das orações de Cynthia e da devota Dona Clara (Karen Abercrombie), e a oportunidade de trabalhar na Moore Fitness, Isaiah é guiado por um mentor surpreendente que o desafia a refletir sobre seu futuro. À medida que enfrenta seu passado e aprende a abrir mão de seu egoísmo, Isaiah começa a entender que Deus pode ter um propósito maior para sua vida. A Forja – O Poder da Transformação é a inspiradora jornada de um jovem que, com a ajuda de sua mãe, um mentor e a força das orações, busca descobrir seu verdadeiro caminho e transformar sua vida.
O presidente era dono da empresa, além de dono ele tem vida com Deus, quando vi essa facilidade olhei pelo lado espiritual, como direção do Espírito Santo, ele estava forjando o rapaz, nem tudo foi fácil para Isaias, ele passou por muitos processos, mas o filme foi objetivo, na realidade sabemos que o processo é longo e sim pode acontecer de algumas pessoas serem transformadas em tão pouco tempo, o filme mostrou que o rapaz conseguiu romper contra ele mesmo, mas claro que ao longo de sua vida ele enfrentara muitos desafios. Enfim tenho visto muitos pontos negativos quanto ao filme mas em meu ponto de vista vi muita so positivo.