Tipos de Gentileza | Crítica

Yorgos Lanthimos repete a parceria com Emma Stone e Willem Dafoe em seu filme de fábula.

Tipos de Gentilezas é uma fábula dividida em três histórias destintas, porém interligada pelos temas de controle, submissão, relacionamentos, automutilação, obsessão e deliro. Além das temáticas outro elemento de ligação as três narrativas, é o enigmático personagem R.M.F (Yorgos Stefanakos) que também dá título aos capítulos. 

Em “A morte de R.M.F.” acompanhamos um homem sem escolha que tenta assumir o controle de sua própria vida. Já “R.M.F. está voando” narra a história de um policial que fica alarmado porque sua esposa, que estava desaparecida no mar, retornou e parece uma pessoa diferente. Por fim “R.M.F. come um sanduíche” acompanhamos uma mulher determinada a encontrar alguém específico com uma habilidade especial, que está destinado a se tornar um líder espiritual prodigioso.

Essa tríplice de histórias não muito conectadas é estralada pelo mesmo elenco: Jesse Plemons, Willem Dafoe, Margaret Qualley, Hong Chau, Mamoudou Athie, e a musa do diretor Emma Stone. Uma das qualidades do filme é descobrir em quais papeis e situações os atores e atrizes irão se apresentar ao longo de 2 horas, 45 minutos de filme.  Esqueça tudo que sabe sobre o significado da palavra gentileza, pois Lanthimos opta pelo estranho familiar para promover o desconforto e inquietação. O roteiro é bem equilibrado e coeso com momentos engraçados e oníricos, mas crueldade e o bizarro dos filmes anteriores, mas uma vez se faz presente aqui.

Tipos de Gentilezas é uma estranha análise sobre as relações permeadas de dominação e submissão, que pode ou não agradar os fãs do trabalho de Yorgos Lanthimos.