Resenha: Adeus, Facebook – O Mundo Pós- Digital, por Jack London

Nome do Livro: Adeus, Facebook – O Mundo Pós- Digital
Autor(a): Jack London
ISBN: 9788565859059
Páginas: 180
Editora: Valentina
Ano: 2013
Avaliação: 5/5
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Parar e pensar sobre como as novas tecnologias transformarão o mundo parece algo impossível de se fazer. Sempre preocupadas em atualizar o status online, cada vez mais as pessoas têm menos tempo livre. Além disso, a natureza volátil das redes sociais permite que tudo nessas plataformas possa mudar de um dia para o outro. Este novo cenário já alterou a forma de empreender tanto no Brasil quanto no mundo. Empresas como o Google e o próprio Facebook surgiram do nada e hoje são gigantes no mercado, enquanto outras que eram consideradas quase infalíveis tiveram que se readaptar para não morrer. A forma de empreender mudou. Ao mesmo tempo, as marcas nunca estiveram tão conectadas com seu público e a criatividade não tem limite. Barreiras linguísticas e geográficas estão ficando sem importância, e aquele que deseja empreender deve saber que seu público alvo pode estar do outro lado do mundo, da mesma forma que seu concorrente direto. Surgiram startups com sucesso em um dia e desastre noutro. Quantas empresas conseguiram, de fato, se manter no mercado com mais de 1 ano de existência? Como aprender com elas para não cometer os mesmos erros? O escritor Jack London, considerado em um levantamento feito pelo site IDG NOW como um dos 10 nomes mais importantes da internet no Brasil, vem acompanhando de perto todos esses processos em sua coluna sobre empreendedorismo na revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios e agora, com essa coletânea de seus mais instigantes artigos, aulas e palestras, podemos traçar com detalhes o panorama atual da nossa sociedade: digital, imprevisível e mutante. Adeus, Facebook – O Mundo Pós-Digital fala sobre o que está acontecendo no mundo digital, sobre o futuro das redes sociais e sua influência em nossas vidas, como o Brasil lida com essa nova realidade e como empresas e empreendedores podem usar isso em seu favor. O livro ainda nos remete a algumas perguntas essenciais e nos faz questionar: O que nos espera quando todo esse sistema entrar em crise? É possível imaginar o futuro?

Aprendizado só construímos quando lemos algo que possamos retirar algo que influencie o nosso crescimento. Jack London é um escritor considerado um dos 10 nomes mais importantes da internet no Brasil, segundo o site IDG NOW. Venho acompanhando todos os seus artigos sobre empreendedorismo na revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios e agora ele é responsável de trazer fora os seus artigos e palestras por todo o Brasil e países afora acerca da sociedade atual, em um mundo digital e imprevisível.  Para o autor, nossa sociedade não é mais a mesma já a muito tempo, o mundo digital se tornou obrigação dentro e fora de nossas casas. Sua obra Adeus, Facebook- Um Mundo Pós- Digital, chega para apresentar todas essas mudanças na vista do autor. As mudanças nas redes sociais, sua influência no meio pessoal e no mundo dos negócios e como você pode usá-las para crescer a sua empresa e/ou ganhar dinheiro em cima delas. Um empreendedor atual, que almejam sucesso, deveriam ler toda a obra.

Na análise, pelo tempo de colunista, Jack, faz uma análise de nosso momento histórico, muito bem realista com suas doses de humor. Se você já começou achar que o livro será maçante, não assuste! A escrita do autor te prende do início ao fim. A abordagem entra em um todo momento econômico e como os especialistas da tecnologia levam o uso das novas ferramentas do mundo globalizado.

E o que mais chama atenção, é que o autor prova de uma forma verídica e consistente que o brasileiro passa mais horas atrás de um computador do que outro país como os EUA, França, Inglaterra e outros países de como nós gastamos tanto tempo navegando em redes sociais como: Twitter, Facebook, e-mail, procurando algo a toa e sem o que fazer para ocupar aquele tempo. Ainda, ele questiona: O que espera quando todo esse sistema entrar em crise? É possível imaginar o futuro?

” Como em Missão Impossível, você tem apenas cinco minutos para refletir sobre as informações que partilhamos nas últimas duas horas. A partir daí, seu celular vai tocar, suas mensagens e e-mails vão cobrar a sua atenção e tudo que fizemos aqui será autodestruído  e se transformará num único bit ambulante vagando no espaço. Fim do contato.” (p. 45)

Uma outra curiosidade que fiquei me perguntando como o Facebook nos influenciou de um certo modo, pelo seu crescimento em tão pouco tempo. Para quem não conhece, a rede social Facebook foi lançada no dia 04 de fevereiro de 2004, operando inicialmente privativamente pela empresa desenvolvedora. Em outubro de 2012 o facebook atingiu sua marca de um bilhão de usuários ativos, ao todo vai uma média de 316.445 pessoas cadastrando na rede social por dia, desde a sua data de criação inicial. E se eu me lembre bem, foi uma mudança e tanto, quando todos ficavam dentro da rede social do Google- Orkut. O mesmo aconteceu com o conversador ICQ, que foi substituído para o MSN Messenger e hoje (olha a evolução), chegamos ao Skype. E o que virá para o futuro? Os computadores; notebooks, viraram ultrabooks! As televisões;saíram a LCD, foram para HD, chegando a 3D e logo evoluiremos mais para telas mais finas que proporcionam um conforto melhor à pessoa. Ufa! Quanta mudança em tão pouco tempo, não? Mas voltando ao  livro, o Facebook só cobra que um usuário tenha pelo menos 13 anos para finalizar o seu registro, depois é entrar no mundo digital, manter contatos com seus amigos (ser pego em mentiras), e compartilhar grupos de afinidades na maior rede social do planeta.

Outra curiosidade, acredito que é uma que você leitor já saiba,  sua fundação aconteceu por Mark Zuckerberg e pelos seus colegas de faculdade, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes. O site foi montado por esses amigos, que tinham em mente limitar só para os estudantes da Universidade de Harvard, era para troca de contatos que contribuiriam para as atividades acadêmicas. Em pouco tempo, ele chegou em outras universidades, e finalmente aos alunos do ensino médio. Como mencionei acima e o autor deixa claro, o Facebook tinha como regra uma idade de 13 anos, porém, pelos estudos do Consumer Reports a rede social já tinha mais de 7,5 milhões de menores dentro do site, violando os termos de privacidade. Fora isso, temos análises da Entertainment Weekly em cima de sua criação.

E um outro fato que fiquei meio bobo foi posto pela Social Media Today, que em 2010 cerca de 41,6% da população americana tinha sua conta no Facebook.  E em 2011 com a mudança do quadro econômico o Facebook perdeu mais de 1 milhão de usuários tendo que mudar sua parte econômica para não decair com os outros usuários. Em suma, você leitor pode observar hoje a mudança da rede social quando ele abre em grupos, páginas para alavancar a sua empresa. Fora isso, ele ainda te cobra uma ajuda de custo para trazer mais usuários no comando “curtir”.

A editora Valentina fez uma diagramação digna, e parabenizo por trazer o escritor e nos repassar uma grande aula em poucas páginas. Indico muito que outros autores venham levantando aspectos plausíveis como este. Com toda certeza nos ajudam e proporcionam uma contribuição ao nosso intelecto e raciocínio lógico dentro e fora do mundo dos negócios.

Terminei o livro meio bobo e até sem jeito de como descrever tudo isso em poucas palavras. O livro ainda vai muito além em cima do mundo dos negócios e abre muito o olho do empreendedor, uma espécie de: “Acorda! Antes que a tecnologia te consuma. Faça algo de útil em uma ferramenta que você já possua e não saiba usar!”.  Enfim, o livro vai muito mais além do que pretende chegar, ele não fica parado na rede social Facebook, pelo contrário, o autor “atiça” o leitor e testa os seus limites todo o momento. Para entender e resgatar tudo que mencionei acima, leia!