Em São Paulo, as classes A e B consomem um terço dos livros no Brasil
Não é só na economia que o estado de São Paulo, responsável por 31% do PIB do país, polariza os dados. O estado é responsável por 38% do total de livros comercializados no Brasil. A informação é do Ibope Inteligência, que utilizou a ferramenta de dimensionamento de mercado Pyxis, a qual revela dados sobre a demanda por diferentes bens de consumo no país.
As classes A e B são responsáveis por 87% dos gastos no estado (somente a classe B responde por 56%), enquanto a classe C responde por 12% e a D e E, juntas, por 1%. O consumo per capita anual com livros e publicações impressas é de R$ 47,70.
Somente a capital paulista consome 14% dos livros comercializados no país. Na cidade, o gasto per capita anual com a categoria de produto é R$ 67,30. Juntas, as classes A e B são responsáveis por 92% dos gastos com livros e publicações impressas na cidade. A classe C responde por 7%.
Antônio Carlos Ruótolo, diretor de geonegócios do Ibope Inteligência, afirma que o livro ainda é um produto consumido pelas classes A e B. “O grande desafio do setor editorial é fazer o livro crescer na classe C, que já consome informação pela internet, mas nem tanto pelos livros”, diz ele.
Fonte: revista PEGN.
Minha opinião: o Brasil deixou de ser um país de não leitores. O consumo de livros tem crescido a cada ano e a proliferação de blogs e sites literários é um dos sinais dessa mudança de hábito. Contudo, é preciso ler mais e mais sempre. Na Argentina, por exemplo, o gasto com livros, revistas e jornais é algo fantástico, digno de aplausos. Nossos “queridos” hermanos apreciam o ato da leitura como poucos.
Vejo que o consumo de informação não pode ficar somente nas mãos de uns poucos paulistas endinheirados. A democratização do acesso ao livro poderia ser obtida com a redução do preço dos exemplares através de acordo com as editoras (sem significar, no entanto, prejuízo à qualidade das publicações), a criação de programas de TV que debatessem a importância do livro em nossas vidas e a elaboração de um sistema, de iniciativa governamental, que desse subsídio aos mais carentes, para que assim todos tivessem a oportunidade de frequentar livrarias, cinemas e teatros — algo semelhante ao atual projeto do Bolsa-Cultura, proposto pelo governo federal.
Com medidas como essas, acredito que São Paulo deixaria de monopolizar o mercado em um curto espaço de tempo, o que seria muito saudável para o país.
E você, o que acha sobre o assunto? Deixe seu comentário, o.k.?
Andrew Magalhães – @andrew_mms
As classes menos favorecidas precisam de incentivo e acesso aos livros. Aliás, todos precisam.
Espero que logo estes números aumentem nos outros estados e nas outras classes.
Nossa que coisa de louco!
Bem , o que não contamos é a qualidade dos livros lidos e vendidos no Brasil. Não como capa, ou qualidade do físico do blog, porque isso nossas editoras brasileiras estão de parabéns.
Mas o fato é que: Ninguém compra um livro falando de Platão ou algo com densidade de informação significativa, vergonhosamente englobo-me nesse grupo, os leitores que surgem, em sua maioria, são jovens influenciados por filmes e pela mídia, e principalmente pela propaganda repetitiva.
Em suma, os novos leitores do Brasil, são leitores de romances, histórias de vampiro e lobisomens, do mocinho e da mocinha. E isso, acredito eu,não faz desse leitor mais ou menos inteligente .
Lorrine, também espero que esse quadro mude rapidamente.
Marrr, tudo o que você disse tem fundamento. Você tocou em pontos importantes. Curti muito seu comentário.
Um abraço.
Muito construtivo mesmo, ainda mais para termos uma idéia, gostei dos argumentos.
Eu concordo com você, e acredito sim que os livros poderiam sim diminuir de preço, e principalmente o governo poderia incentivar mais, em vez de dar livros aos alunos (pois vários livros tem como destino o lixo, infelizmente), fazer projeto diferentes, em que as bibliotecas recebessem mais livros e em sala aula incentivado a visita dos alunos a esta, se ela tivesse livros mais atuais, pois eu sei que seria bem mais agradável pegar um livro que o tema me interessasse do que pegar um clássico, não que os clássicos não sejam importantes. Talvez a solução esteja apenas na forma de incentivar a leitura.
Luoona, muito interessante e pertinente sua opinião. O incentivo à leitura é a chave de tudo!
Abraços.
Adorei, concordo também, acho que os livros poderiam ter um preço mais acessível porque isso incentivaria e muito a leitura. Acho que a Luoona acima, expressou bem a minha opinião, sempre gosto de ler os seus posts Drew 😀
Beijinhos
Kate, sua fofa! Valeu pelo comentário. A leitura é um dos pilares na construção de pessoas melhores e mais cultas.
Um beijo.
Foi nesse site aí que eu comprei o pacote de canais http://www.tvhd.com.br