O Esquadrão Suicida | Crítica

Esquadrão Suícida está de volta às telas após a recepção pouco calorosa do público e da mídia para ter uma segunda chance

Por Anna Carolina Perucci

O que posso afirmar sobre “O Esquadrão Suicida” é: agora sim temos um filme de vilões! Sob a direção de James Gunn, Amanda Waller (Viola Davis) vai convocar os piores dos piores para fazer ora o trabalho sujo do governo, ora promover o extermínio todos os inconvenientes terrenos e extraterrenos.

Em primeiro lugar, o filme faz uma rápida recapitulação do que é a Força Tarefa X e sua função. Assim, o Coronel Rick Flag (Joel Kinnaman) leva o Sábio (Michael Rooker) para conhecer seu time em uma missão. Essa missão consiste no resgate do controle de um projeto secreto numa ilha chamada Corto Maltese. Nesse momento personagens já conhecidos do público como Capitão Boomerang (Jay Courtney) e Arlequina (Margot Robbie) se juntam ao Esquadrão Suicida. Dessa maneira a introdução consegue dar um tom de familiaridade para quem acompanhou o primeiro filme da franquia lá em 2016.

James Gunn transformou O Esquadrão Suicida em um filme todo seu

Sem dó nem piedade, nesse primeiro combate , Gunn deixa o tom do filme muito claro. Assim o que vamos ver são explosões, tiros, banhos de sangue nos quais nenhuma personagem é importante o suficiente para não morrer durante a trama. Numa clássica execução de plano na qual um grupo serviu como isca para o outro grupo se infiltrar as apresentações são feitas. Dessa forma, Sanguinário, Pacificador, Caça-Ratos 2, Rei Tubarão (dublado pelo Stallone) e Bolinha compõem o novo time.

Corto Maltese é apenas mais uma ilha da América Latina sofrendo um golpe militar. Com seus líderes caindo como peças de dominó a nação tem como líder da resistência Alice Braga. Contudo, ela aparece pouco, mas traz a satisfação de ver uma brasileira em uma grande produção de Hollywood. Nesta ilha se encontra um experimento com um ser extraterrestre controlado pelo Pensador (Peter Capaldi). O vilão está escondido e ameaça os EUA e todo o mundo. Dessa forma a “missão” é exterminar o alienígena para manter a segurança.

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Graciosa, mais madura e sempre divertida Margot Robbie, após o filme solo, aparece como uma Arlequina coadjuvante e não em destaque. A personagem está tendo um momento reflexivo sobre suas escolhas de relacionamento. Entretanto isso nao impede que Harley tenha uma série de cenas muito boas, já que é uma personagem bem estabelecida e querida.

Um verdadeiro filme de vilões

Contendo muitas cenas de violência gratuita, sem se preocupar com gênero ou idade (a classificação dele é 16 anos), o longa não se preocupa com grandes atos heroicos, bem como a moral e os bons costumes. Sanguinário e Pacificador competem para saber quem é o mais criativo nas execuções e a falta de escrúpulos recai sobre quase todos. Em contrapartida, Caça-Ratos 2 traz leveza e reflexões ao grupo. Sua jovialidade e doçura se destacam, mas sem deixar que o clima “amigos para sempre” tome conta da história.

Em suma, com estética muito fiel as origens no quadrinhos o longa é interessante e prende a atenção do espectador fazendo a espera pelas duas cenas pós créditos valerem a pena. Assim, diante da nova direção uma sequência de “O Esquadrão Suicida” tem chances de retornar às telas em breve.

Ficha Técnica

Título original: The Suicide Squad (2019)

CLASSIFICAÇÃO:16 anos

DURAÇÃO:132 min

DIREÇÃO: James Gunn

ROTEIRO: James Gunn

ELENCO: John Cena, Sylvester Stallone, Sean Gunn, David Dastmalchian, Alice Braga, Jai Courtney, Idris Elba, Margot Robbie, Pete Davidson, Daniela Melchior, Joel Kinnaman, Taika Waititi