Guardei no Armário | Resenha
Por Doug Araújo e Yasmine Evaristo
No dia 28 de junho de 1969 a polícia da cidade de Nova Iorque realizou uma batida no bar de nome Stonewall onde desrespeitou os frequentadores do bar por serem pertencentes a comunidade LGBTQIA+. A reação dos frequentadores do bar ficou conhecida como A Revolta de Stonewall. Dessa maneira no mês de junho é comemorado o mês do orgulho LGBTQIA+. Com o intuito de dar visibilidade a causa, deixamos aqui uma super dica de leitura, o livro “Guardei no Armário” de Samuel Gomes,. Esse livro é um relato corajoso e sincero do início da sua jornada de autodescobrimento.
O autor: Samuel Gomes
Samuel Gomes cresceu em uma família simples na periferia de São Paulo em um núcleo familiar composto por sus mãe, pai e irmã e todos cristãos evangélicos. No meio disso tudo ele percebe que sente atração por meninos. Assim nasce o livro, com uma riqueza de detalhes presente nos relatos desta jornada. Como resultado “Guardei no Armário” é um livro muito pungente sobre descoberta da sexualidade e identidade negra. De maneira idêntica mostra como tudo isso é sufocado por sua religião e como o autor fica dividido entre se aceitar ou se reprimir e seguir seu credo. A maneira como Samuel conta como se sentia é entristecedor, tornando assim a passagem na qual ele decide romper com a igreja muito triste.
As entrevistas de personalidades e influenciadores da comunidade LGBTQIA + complementam a experiência e tornando-a ainda mais rica. Entre os nomes que relatam suas experiências estão Silvetty Montilla, Spartakus Santiago e Nátali Neri.
Curiosamente a fonte usada na capa se chama “Gilbert” e foi criada em homenagem a Gilbert Baker responsável pela criação da icônica bandeira de arco íris que faleceu em 2017. A fonte foi criada pela Ogilvy (agência publicitária) e Fontself incorporando às letras as cores da bandeira.
#LeiaComOrgulho
Guardei No Armário
Autor: Samuel Gomes
Editora: Paralela
2020
304 páginas