Não há segunda chance | Resenha
Suspenses policiais são sem dúvida meu gênero literário do coração. Esse amor foi cultivado desde a minha infância quando mamãe me presenteava com livros da Coleção Vagalume ou Agatha Christie. Assim, descobrir Harlan Coben neste 2020 foi um dos melhores achados da minha vida.
Meu primeiro contato com ele foi através de Não há segunda chance, título lido entre aulas e trabalhos nessa pandemia de home office. Nesse livro o Dr. Marc Seidman acorda do coma após nove anos e descobre que sua vida acabou. Em uma invasão a sua casa o homem foi gravemente ferido e sua esposa, brutalmente assassinada. Mas o grande mistério é o paradeiro de sua filha, um bebê de apenas seis meses que fora sequestrado.
Caros leitores, pensem em um livro que te tira dos sério. Pois este é o livro! O Dr. recebe um pedido de resgate no qual só uma regra é imposta: caso ele conte algo para a polícia sua filha morre. É impressionante a maneira como Coben desenvolve a história em um emaranhado que, assim como uma teia de aranha, nos leva a inúmeras suspeitas e dúvidas. Ainda assim, senti que nessa tentativa de provocar certa confusão alguns assuntos se perderam e não foram bem desenvolvidos ou apenas deixados de lado.
Mas nenhum desses fatos faz com que o livro se torne uma obra ruim de ser lida. Ainda que “farofa” a estrutura do autor, ao montar sua narrativa, é extremamente atraente e mantém o leitor preso em cada página. O terço final do suspense é cheio de surpresas que afetam a história de nosso carismático protagonista.
Recomendado para qualquer fã de uma boa investigação policial.
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Não há segunda chance
Autor: Harlan Coben
Editora : Arqueiro; 1ª edição (11 fevereiro 2020)
Idioma: : Português
Número de páginas : 462 páginas