Resenhas

Resenha: O Temor do Sábio, por Patrick Rothfuss

Livro: O Temor do Sábio
Nome Original: The Wise Man’s Fear-Kingkiller Chronicles, Day 2
Série: As Crônicas do Matador do Rei, Segundo Dia.
Autor: Patrick Rothfuss
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580410327
Ano de Lançamento: 2011
Páginas: 960
Avaliação: 4/5
Onde Comprar: Compare Preços

Quando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens. Em busca de um patrocinador para sua música, viaja mais de mil quilômetros até Vintas. Lá, é rapidamente envolvido na política da corte. Enquanto tenta cair nas graças de um nobre poderoso, Kvothe usa sua habilidade de arcanista para impedir que ele seja envenenado e lidera um grupo de mercenários pela floresta, a fim de combater um bando de ladrões perigosos. Ao longo do caminho, tem um encontro fantástico com Feluriana, uma criatura encantada à qual nenhum homem jamais pôde resistir ou sobreviver – até agora. Kvothe também conhece um guerreiro ademriano que o leva a sua terra, um lugar de costumes muito diferentes, onde vai aprender a lutar como poucos. Enquanto persiste em sua busca de respostas sobre o Chandriano, o grupo de criaturas demoníacas responsável pela morte de seus pais, Kvothe percebe como a vida pode ser difícil quando um homem se torna uma lenda de seu próprio tempo.

“O Temor do Sábio” é a sequência do livro “O Nome do Vento”, resenhado pelo Helton. Rothfuss na sequência, continua com sua narrativa densa, conquistadora e envolvente como aconteceu em seu antecessor. O ritmo narrado, continua naquela fórmula de um verdadeiro best- seller que conquistou o seu lugar no mundo literário. O enredo inicia no momento que ele nos deixou anteriormente.

Khvothe, continua a narrar sua própria história para o Cronista e seu grande pupilo Bast, enquanto estão na pousada Marco do Percurso. Nosso protagonista recebe um conselho de Simmon, Willen e Manet em deixar a faculdade no semestre, pelo desentendimento com Ambroise, membro da nobreza local. Sem dinheiro no bolso, resolve viajar para Vintas para trabalhar para o maer Alveron, conseguindo um patrocinador para sua música. Distante da universidade, Khvothe começará a procurar respostas que não estava achando no Arquivo, envolvendo com a política e jogos da sociedade. Logo após, uma série de acontecimentos, nosso herói é enviado para a floresta em busca de liderar um grupo de mercenários, afim de combater um bando de  ladrões. Entre indas e vindas, conhece o ademriano Tempi, aprendendo a misteriosa língua de combate.

Retornando, Khvothe  parte para uma nova missão ao lado de Tempi para Ademre, no qual encontrará o conhecimento envolvido pelo Chandriano, o grupo de criaturas demoníacas envolvidas na morte de seus pais. Khvothe, com sua mentalidade mais adulta irá aprender a passar pelas dificuldades e buscar algumas respostas quando percebe que a vida pode ser difícil quando um homem pode chegar a tornar uma grande lenda de seu próprio tempo. Respostas estas, que teremos de buscar e juntar nos acontecimentos em cima do enredo.

“Àquela altura da minha vida, eu ganhara uma reputação modesta. Não, isso não é totalmente verdadeiro. É melhor dizer que eu havia construído minha reputação.”

Confesso que o enredo pode trazer algumas confusões de ambientações em cima dos detalhes postos pelo autor, a forma de apresentar sua narrativa nesta sequência é muito densa e rápida, comparada com o seu antecessor. Acredito que Patrick Rothfuss, empregou dois momentos no tempo simultâneos, quando um narra o outro não permitiria retornos em momentos não presenciados pelos detalhes. Em suma, você leitor precisa ter todos os momentos ainda em sua cabeça para que o entendimento consiga correr por aqui. Somos ainda apresentados para novos personagens, no qual já seguimos com uma grande proporção durante o caminhar. Abordando e apresentando seus momentos em situações muito inesperadas. Você leitor, ficará preso na inteligência de Kvothe, irá bater palmas para o Abenthy, sorrir com Denna, brincar com Simmon e sair admirado pelo Mestre Elodin.

A ambientação é digna de citações, como: a Universidade. Pelo seu tamanho e brilhantismo, os detalhes transfiguram o resultado que esperamos dentro do enredo. Os embates que os personagens apresentam, as chances de Kvothe, o poder de crescimento em uma forma simples . Toda trama existe um começo, meio e fim, em sua originalidade apresentada com pontos certos. Em alguns momentos, pode até ser que o autor fique preso na lenda, porém, quando é jogado meio de lado, focando nos acontecimentos da vida do personagem, o interesse começa a fluir melhor e a vontade de prosseguir fica tamanha.

A edição apresentada pela editora Arqueiro ficou fantástica. Os tons, a diagramação e tradução foram dignos como o seu antecessor. Se você leitor, busca uma leitura que de certo modo lhe fará pensar e comparar aos crescimentos e evoluções dos personagens, o livro é muito indicado. Uma pitada de aventura, outra de conhecimento transfigura a minha ansiedade em acompanhar sua sequência. Com toda certeza, você ficará lendo até altas horas pela evolução do autor.

Por fim, aconselho você ler um livro atrás do outro, para sentir e apreciar toda a essência apresentada em “O Temor do Sábio“.

“Lembre-se de que há três coisas que todo sábio teme: o mar na tormenta, uma noite sem luar e a ira de um homem gentil”.

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

4 comentários sobre “Resenha: O Temor do Sábio, por Patrick Rothfuss

  • Sempre que vou na livraria vejo esse livro lá,sempre me chama muita atenção,mas nunca tive curiosidade de ler o enredo do livro,e após ler a resenha pude perceber que é um tema de aventura,batalha,e isso me encanta!
    Vou procurar saber mais sobre essa crônica

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  • Que livro fininho, me fez lembrar dos meus tantos livros da faculdade pra por em dia!E não chamou muita atenção, mas quem sabe em outro momento.

    Resposta

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