Notícia | Mostra Expressionismo Alemão
A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro (CHM), deu início à primeira parte da mostra on-line Expressionismo Alemão. A mostra reúne 13 longas-metragens de um dos movimentos cinematográficos mais influentes da história das artes.
Os filmes estarão disponíveis a partir do dia 7 de agosto, e permanecerão em cartaz até o dia 8 de setembro de 2020. O programa integra o projeto Palácio em Sua Companhia, e tem o objetivo de continuar garantindo ao público o repertório do Cine Humberto Mauro durante o período de isolamento social, de forma acessível e segura. Esta mostra tem correalização da Appa – Arte e Cultura.
As tradicionais sessões do CHM continuam em versão on-line, disponibilizadas no Site da Fundação Clóvis Salgado. Estão previstas também sessões especiais das tradicionais mostras História Permanente do Cinema e Cinema e Psicanálise, que contarão com a exibição on-line ao vivo, pelo canal da FCS no YouTube, de um longa seguido de comentários de especialistas.
A mostra Expressionismo Alemão possui curadoria conjunta de Bruno Hilário, Vitor Miranda, Mariah Soares, Matheus Pereira e Júlio Cruz. Na primeira parte da mostra, serão exibidos filmes mudos que consagraram o estilo e na segunda parte da mostra, que entra no ar dia 21 de agosto, serão adicionados mais 12 longas. O conjunto de 25 filmes estará disponível até o dia 8 de setembro.
Programação da Mostra
O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene (Das Kabinett des Doktor Caligari, ALE, 1920) | 10 anos | 86’
Num pequeno vilarejo da fronteira holandesa, um misterioso hipnotizador, Dr. Caligari (Krauss), chega acompanhado do sonâmbulo Cesare (Veidit) que, supostamente, estaria adormecido por 23 anos. À noite, Cesare perambula pela cidade, concretizando as previsões funestas do seu mestre, o Dr. Caligari.
A Morte Cansada, de Fritz Lang (Der müde Tod, ALE, 1921) | 12 anos | 97’
Num vilarejo europeu do século XIX, a Morte leva um jovem quando ele estava prestes a se casar. Sua noiva, aos prantos, suplica que devolva a vida do seu amor. A Morte decide dar uma chance à jovem desesperada, prometendo devolver a vida do noivo se ela conseguir evitar a morte de uma das três vidas prestes a perecer. Lang mostra, então, a história das três luzes; na exótica Pérsia, na Veneza Renascentista, e na China Imperial. Três tentativas de esperança. Três conflitos entre o amor e a morte.
Nosferatu, de F. W. Murnau (Nosferatu, eine Symphonie des Grauens, ALE, 1922) | 12 anos | 94’
Hutter, agente imobiliário, viaja até os Montes Cárpatos para vender um castelo no Mar Báltico, cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock, na verdade, um milenar vampiro que, buscando poder, se muda para Bremen, Alemanha, espalhando o terror na região. Curiosamente, quem pode reverter esta situação é Ellen, a esposa de Hutter, pois Orlock, está atraído por ela.
Fantasma, de F. W. Murnau (Phantom, ALE, 1922) | 10 anos | 125’
Lorenz Lubota, um pobre rapaz que trabalha como escrivão, é atropelado por uma carruagem no meio da rua. Lá dentro estava Veronika, uma mulher misteriosa e sensual, por quem ele desenvolve grande obsessão amorosa. Mas, durante sua busca para reencontrá-la, ele acaba conhecendo Melitta, uma sósia de sua amada, que trabalha em um bordel, que irá transformar sua vida para sempre.
A Última Gargalhada, de F.W. Murnau (Der Letzte Mann, ALE, 1924) | Livre | 87’
O elegante hotel Atlantis, de Berlim, possui um porteiro já idoso que sente muito orgulho do seu trabalho, agindo sempre com dedicação e se comportando como um general, em seu resplandecente uniforme, sendo sempre tratado com respeito pelos amigos e vizinhos. Entretanto, o novo gerente do hotel se mostra insensível quando vê o velho porteiro se recompor, parando para descansar, após carregar uma pesada bagagem. O gerente decide que o porteiro é velho demais para o cargo e o rebaixa para criado do banheiro masculino. Isto provoca um efeito desastroso na auto-estima e no prestígio do porteiro.
O Gabinete das Figuras de Cera, de Paul Leni, Leo Birinsky (Das Wachsfigurenkabinett, ALE, 1924) | 12 anos | 65’
Um jovem poeta é contratado por um museu de cera para escrever as biografias de três grandes criminosos, que tiveram suas imagens transformadas em estátuas para ficarem expostas no local. A partir de então, o filme narra três episódios sobre os personagens (o califa de Bagdá Harun al Raschid; Ivan, O Terrível e Jack, O Estripador), apresentando visões independentes da maldade humana.
Tartufo, de F. W. Murnau (Herr Tartüff, ALE, 1922) | 10 anos | 74’
Um jovem decide mostrar ao seu avô milionário algo que certamente o fará ter outra visão sobre o contexto social que vivem e seu governo: um filme baseado no Tartuffo de Molière. A intenção é fazê-lo enxergar a hipocrisia dos governantes.
Fausto, de F.W. Murnau (Faust – Eine Deutsche Volkssage, ALE, 1926) | 14 anos | 116’
Baseado na famosa peça de Goethe, temos Fausto, um velho alquimista que vê sua cidade ser assolada pela peste negra. Vendo tanta morte, começa a pensar sobre sua própria finitude. Ele então evoca Mefistófeles e lhe pede de volta sua juventude eterna. O demônio a garante, em troca da alma de Fausto. Tudo parecia perfeito, até Fausto se apaixonar por uma jovem italiana.
Metrópolis, de Fritz Lang (ALE, 1927) | Livre | 150’
O ano é 2026, a população mundial se divide em duas classes: a elite dominante e a classe operária; esta é condenada desde a infância a habitar os subsolos, escravos das monstruosas máquinas que controlam a Metrópolis. Quando o filho do criador de Metrópolis se apaixona por Maria, a líder dos operários, tem início a mais simbólica luta de classe já registrada pelo cinema.
Aurora, de F.W. Murnau (Sunrise: A Song of Two Humans, EUA, 1927) | 14 anos | 94′
Um homem pondera matar sua inocente esposa, mas é acometido pela culpa, e a mulher reage com terror quando suas intenções ficam claras. Enquanto isso, o marido tenta levar adiante o plano, mas é atormentado por uma sedutora mulher da cidade, que chega a assombrar os pensamentos do homem. O casal, que é do interior, acaba tendo suas vidas destruídas pela mulher que veio de fora.
A Caixa de Pandora, de Georg Wilhelm Pabst (Die Büchse der Pandora, ALE, 1929) | 12 anos | 130′
A beleza e o charme da jovem Lulu (Louise Brooks) costuma deixar os homens atordoados. Em um dos seus jogos de sedução, ela conquista o amor de Peter Schön (Fritz Kortner), diretor de um importante jornal. Embalados pelo romance, os dois se casam rapidamente. Mas existe um entrave para a harmonia do relacionamento: Peter Schön tem ciúmes de seu próprio filho, Alwa (Francis Lederer). Durante uma violenta discussão sobre essa situação, Lulu acaba matando o marido para se defender. Agora, ela precisa fugir, e decide fazer isso na companhia de seu enteado.
M, o Vampiro de Dusseldorf, de Fritz Lang (M, ALE, 1931) | 12 anos | 109′
Um misterioso infanticida leva o terror a Dusseldorf. A polícia local não consegue capturar o serial killer, então, um grupo de foras-da-lei se une para encontrar o assassino. Capturado pelos marginais, ele é julgado por um tribunal de criminosos e é acusado de ter quebrado a ética do submundo.
Retirado do site da Fundação Clóvis Salgado