Crítica | As Panteras
As Panteras (Charlie’s Angels , 2019)
Direção: Elizabeth Banks
Roteiro: Elizabeth Banks
Elenco: Kristen Stewart, Naomi Scott, Ella Balinska, Djimon Honsou, Patrick Stewart, Sam Claflin, Jonathan Tucker, Noah Centineo, Nat Faxon, Chris Pang, Luis Gerard Méndez
Crítica escrita por Doug Araújo (contém spoiler moderado)
Dia 14 de novembro chega aos cinemas nacionais o aguardado reebot da franquia “As Panteras”, dirigido por Elizabeth Banks (A Escolha Perfeita 2) e estrelado por Kristen Stewart como Sabina Wilson, Ella Balinska como Jane Kano e Naomi Scott como Elena Houghlin.
De cara é perceptível a diferença que faz ter uma diretora para retratar as personagens femininas em contraste com a direção do McG que insistia em retratar o antigo grupo das Panteras de forma excessivamente lasciva e hipersexualizada.
Ao longo dos últimos anos foram várias as atrizes especuladas para os papéis principais. O cast escolhido mostra uma preocupação com a diversidade que Hollywood tanto precisa e esse debate volta e meia vem à tona.
As agentes secretas Sabina (Stewart) e Jane (Balinska) precisam voltar a ativa e ajudar Elena (Scott) a evitar a venda, para o mercado ilegal, de um dispositivo altamente perigoso. A forma com que Banks retrata o vilão Fleming (Nat Faxon) é no mínimo engraçada pela forma estereotipada, sendo ele o típico homem branco ambicioso que vê uma oportunidade de ficar milionário com a venda do dispositivo, mas que mesmo assim não se deu ao trabalho de ler o relatório de Elena advertindo sobre os perigos do uso incorreto do aparelho.
Jonathan Tucker é um assassino sem nome e também quase sem fala (tal qual foi Rodrigo Santoro em “Panteras Detonando”, 2003) e Santo (Luis Gerardo Méndez) que só existe para prover o bem estar as agentes.
As cenas de ação são de tirar o fôlego e bem coreografadas. O que não se sustenta durante o filme é a inexpressiva Kristen Stewart como alívio cômico e Bosley (Djimon Honsou) um agente bem treinado que morre de uma forma tão banal para ser o start da inserção de Elena no universo da espionagem.
A trilha sonora também foi bastante criticada por juntar as cantoras pop Ariana Grande, Miley Cyrus e Lana Del Rey com a música “Don’t Call Me Angel” e não ter química, segundo o site Pitchfork, e ser facilmente esquecível ao contrário de “Independent Woman – part I” das Destiny’s Child.
Apesar dos poucos erros “As Panteras” é um bom filme que vai deixar as novas gerações femininas felizes pela representatividade, mantendo firme a chama do girl power.
Utilidade Pública: o filme possui cenas escondidas durante os créditos e nenhuma pós créditos.
Assista aqui ao trailer: