Filme | O Menino que Queria Ser Rei
Filme: O Menino que Queria Ser Rei
Titulo Original: The Kid Who Would Be King
Data de lançamento: 31 de janeiro de 2019
Direção: Joe Cornish
Elenco: Louis Serkis, Rebecca Ferguson, Patrick Stewar
Alex (Louis Serkis) é um garoto que enfrenta problemas no colégio, por sempre defender o amigo Bedders (Dean Chaumoo) dos valentões Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris). Um dia, ao fugir da dupla, ele se esconde em um canteiro de obras abandonado. Lá encontra uma espada encravada em uma pedra, da qual retira com grande facilidade. O que Alex não sabia era que a espada era a lendária Excalibur e que, como seu novo portador, precisa agora enfrentar a meia-irmã do rei Arthur, Morgana (Rebecca Ferguson), que está prestes a retomar seu poder. Para tanto, ele conta com a ajuda do mago Merlin (Angus Imrie), transformado em uma versão bem mais jovem.
Todos conhecemos as lendas que envolvem Rei Arthur e a famosa espada Excalibur. Quem a tirar da pedra se torna digno de reinar a Inglaterra. Em “O Menino que queria ser rei” a lenda da espada é recontada num cenário muito contemporâneo, moderno e cheio de referências a sagas de cinema como Harry Potter, Star Wars, Senhor dos Anéis e Mario Kart.
Alex (Louis Ashbourne Serkis) é um típico adolescente em busca do seu lugar na vida social da escola que sempre está acompanhado de seu amigo Bedders (Dean Chaumoo). O filme começa como um clássico drama de um herói subestimado, Alex tenta ajudar o amigo a sair de uma situação de bullying provocada pelos “populares da escola” Lance (Tom Taylor) e Kate (Rhianna Dorris). Após uma punição na detenção por ajudar seu amigo, Alex é seguido pelos populares e se esconde um terreno onde está sendo construído um prédio. Em um dos pilares ele encontra uma espada, a retira e a leva pra casa. Depois de uma ajudinha do Google ele e Bedders descobrem que aquela espada não é um artefato qualquer, e sim Excalibur e, talvez, Alex seja o novo Rei.
A trama conta com personagens das histórias originais como Merlin, ora interpretado pelo jovem Angus Imrie – cheio de trejeitos e ações desnecessárias -, ora por interpretado por Patrick Stewart, que traz um certo charme. Mas nem todo o talento dele consegue salvar essa versão pouco criativa do Mago. Morgana (Rebecca Fergunson) também está presente na história com um conceito de vilã que traz alguma relevância para a história. Ainda assim ainda não é possível salvar muito de um roteiro fraco e raso.
Os efeitos especiais do exército de Morgana e do local em que está aprisionada são bons e convincentes, mas não trazem nada de original ou belo. Enredo fraco, superficial e com tramas mal desenvolvidas deixam a desejar. Um exemplo é a relação familiar de Alex, que “é” o elemento central como motivo que o faz seguir na busca da verdade para se afirmar como pessoa. As inimizades que se tornam alianças, a formação de caráter dos personagens e o clímax do filme são mal explorados. Para se construir um exército precisa-se de um herói muito cativante e por mais que Alex seja o personagem mais interessante ele não tem o carisma esperado.
“O Menino que queria ser rei” é direcionado para o público infantojuvenil, mas isso não é justificativa para ter um roteiro mal explorado, ainda mais por ser baseado em uma história tão rica. Que esse roteiro pouco elaborada possa instigar os jovens a procurar alguma outra referência cinematográfica ou literária sobre Rei Arthur.