Livro: Dublinenses – James Joyce
Título: Dublinenses
Título original: Dublinenses
Autor: James Joyce
Tradução: Caetano W. Galindo
Ano: 2018
Páginas: 288
Editora: Penguin Companhia
Obra mais acessível do autor de Ulysses ganha versão brasileira com tradução primorosa de Caetano W. Galindo. Quinze contos que apresentam a obra de um dos maiores autores ocidentais. Uma das coletâneas de contos mais conhecida da língua inglesa, Dublinenses faz um retrato vívido e inclemente sobre a “boa e velha Dublin” do começo do século XX. Essas quinze histórias, incluindo “Arábias”, “Graça” e “Os mortos”, mergulham no coração da cidade natal de James Joyce, capturando não só a cadência da fala, mas também o realismo quase brutal dos sentimentos de seus habitantes. A edição ainda inclui a história “O velho vigia”, escrita por Berkeley Campbell, que serviu de mote para que Joyce escrevesse o conto “As irmãs”, que abre a coletânea. Publicado pela primeira vez em 1914, este livro decifra a vida da classe média católica da Irlanda, mas também lida com temas universais como decepções, frustrações e o despertar sexual. Joyce tinha 25 anos quando escreveu estes contos, considerados por muitos tanto um experimento literário quanto a obra mais acessível do autor.”
Caso não esteja familiarizado com o estilo literário do escritor James Joyce o livro Dublinenses é a melhor maneira de iniciar a leitura desse autor. Dublinenses, em especial, se trata de uma coletânea de contos constituídos em narrativa breve e concisa, contendo um só conflito, uma única ação e um número restrito de personagens. O livro foi escrito entre 1904 e meados de 1906, quando o autor tinha entre 24 e 26 anos e mesmo sendo tão jovem Joyce já se mostrava um escritor maduro. Mas por uma serie de fatores o livro só foi publicado em 1914. Dublinenses é, de certa forma, o livro mais seguro do autor, aquele que está mais próximo dos cânones da alta literatura do seu tempo. E nesse sentido, talvez seja o livro mais perfeito de sua obra em prosa.
Alguns contos presente no livro apresentam elementos biográficos do autor, durante a leitura podemos estar diante de uma confissão do autor um simplesmente a frente de um relato ficcional, por exemplo, o conto a “Uma Pequena Nuvem” escrito logo após o nascimento do seu primogênito. A cena de abertura de “Graça” foi inspirada em uma noite de bebedeira de Joyce. A mistura realidade com ficção é algo que permeia todo o trabalho do autor. Alguns personagens de Dublinenses se repente em alguns contos com é o caso do jovem presente em “As Irmãs”, ele também volta no conto “Arábias”.
Ainda falando de personagens, 30 dos personagens que estão no livro apareceram novamente na obra Ulysses. Porém a sorte dessas figuras é alterada, alguns mantêm seus status de pessoas bem sucedidas e bem, outras conseguem piorar a situação que se encontram como é o caso do personagem Corley. E alguns se permanecem do mesmo jeito sem muita evolução. Dublinenses funciona com uma espécie da leitura preparatória para Ulysses, pois aqui somos introduzidos e familiarizados com o universo que James Joyce nos apresentas naquela que é considerada a grande obra literária do século XX.
A leitura de Dublinenses é fundamental é ideal para quem quer conhecer o estilo literário é o universo escrito James Joyce.