Livro: As sobreviventes – Riley Sager
Título: As Sobreviventes
Autor: Riley Sager
Editora: Gutenberg
Número de Páginas: 336
Ano: 2017
Nota: 4,5/5
Quincy é conhecida como uma Garota Remanescente desde que sobreviveu a um massacre há dez anos em uma cabana na floresta conhecida como Chalé Pine. Além de Quincy, apenas duas outras garotas foram nomeadas pela mídia americana como Remanescentes: Lisa Milner e Samantha Boyd. A primeira sobreviveu ao ataque à república que dividia com outras garotas. Todas foram mortas. Tempos depois acontece um ataque a um motel de beira de estrada. A única sobrevivente: Samantha Boyd que não só sobrevive, apesar de gravemente ferida, como também mata o seu algoz. Quincy foi a última a se tornar uma sobrevivente. Ela foi encontrada correndo no meio da mata, toda ensanguentada. Franklin Copp, o policial que a encontrou cuida dela ainda que a distância, a fim de manter a sua segurança e sanidade.
Agora, dez anos depois o episódio no Chalé Pine, Coop marca um encontro com Quincy para lhe dar uma terrível notícia: Lisa Milner está morta. Supostamente ela havia se suicidado cortando os pulsos em uma banheira. Apesar de abalada Quincy desconfia da informação já que não é possível que após tudo o que passou Lisa resolver acabar tão repentinamente com a própria vida.
Além de ter que lidar com a morte de Lisa, Quincy é surpreendida com o aparecimento repentino de Samantha Boyd em sua casa. Logo Sam que estava desaparecida desde que aconteceu o episódio que mudou irrevogavelmente sua vida. Sam afirma que com a morte de Lisa as demais Garotas Remanescentes devem se unir, mas suas atitudes acabam por causar sentimentos contraditórios em Quincy que passa a suspeitar acerca das verdadeiras intenções de Samantha Boyd.
No início da história eu não estava curtindo. Acontece muito raramente, mas às vezes um livro me deixa achando que nada está acontecendo e que já deveria estar ocorrendo algo ainda que o livro não tenha chegado à página 100. Quincy estava me irritando com toda sua inocência de achar que todas as pessoas do mundo são boas, além da oscilação entre suspeitar que Lisa foi asssassinada ou se realmente tirou a própria vida. Se Sam era uma boa pessoa ou se era suspeita de, no mínimo, ser a causadora da morte de Lisa.
Fato é que eu desconfiei todo o tempo de que a Sam tinha, pelo menos, algum segredo muito cabeludo por trás de toda aquela história de que as Garotas Remanescentes tinham que se unir. Além disso, ela fez Quincy passar por umas situações bem estranhas que não tinha como não achar que tinha algo de errado.
Livros do gênero thriller sempre me lembram filmes de terror quando o personagem escuta um barulho e ao invés de sair correndo no sentido contrário vai em direção ao barulho. /em livros como As sobreviventes é da mesma forma e com este não foi diferente.
Há ainda o namorado da protagonista que, na minha opinião, existem mais para compor um contexto do que para ter um papel realmente importante na história. Jeff, namorado de Quincy não é diferente.
O livro passa a maior parte do tempo centrado nos personagens principais, de modo que os secundários não são nem importantes nem inesquecíveis.
O que acho engraçado é que todas as vezes que leio um thriller acho que estou arrasando em adivinhar quem fez o que, qual o segredo por trás de tudo, quem é realmente o vilão. E todas as vezes, e esse livro não foi exceção, eu errei, e muito feio. Um verdadeiro tapa na cara. Não acertei o que aconteceu com Lisa, nem qual a “treta” de Samantha, nem nenhum dos segredos quem vão sendo mencionados ao longo da história.
E simplesmente adoro quando isso acontece. Quer dizer que o autor não escreveu uma história óbvia. Não sou uma pessoa adepta a histórias óbvias, de modo que as últimas 130 páginas do livro me surpreenderam e terminei o livro de “boca abrida”.
Então, se você gosta de livros do gênero eu já indico. Você corre um sério risco de terminar a história do mesmo jeito que eu e ainda indicando pra todo mundo!
Não curto os thriller mas de uns tempos pra cá ando curiosa com vários deles e com esse não foi diferente. Eu já comecei a resenha acusando a Samantha também e fiquei chocada quando vi que não era ela a culpada pela morte da Lisa kkk eu realmente pensei que era um livro previsível e ver que estava errada me deixou ainda mais curiosa. Talvez eu comece no mundo dos thrillers por esse livro, ele me parece mais leve sem nada de sobrenatural (sim, sou bem medrosa). Foi pra minha lista!
Terminar de “boca abrida” é fundamental para entregar uma crítica positiva do livro. Kkkk Vejo que isso acabou salvando as primeiras páginas que apesar de introdutória, teve uma lentidão demasiada. Enfim, leio um ou outro thriller (os últimos que li do gênero foi Caixa de Pássaros e Branca de neve tem que morrer) e em ambos os casos minha percepção do que aconteceu ou vai acontecer nunca esteve certa, então não se preocupe.:)