Crítica “Os Estranhos – Caçada Noturna”
Os Estranhos – Caçada Noturna (The Strangers: Prey at Night/ EUA, 2018)
Diretor: Johannes Roberts
Roteiristas: Bem Ketai, Bryan Bertino.
Diretor de Fotografia: Ryan Samul
Elenco: Christina Hendricks, Martin Henderson, Bailee Madison, Lewis Pullman, Emma Bellomy, Damian Maffei, Lea Enslin.
Distribuidor brasileiro: Diamond Films
Por motivos curiosos, “Os Estranhos – Caçada Noturna” conseguiu dividir opiniões e escapou de ser um desastre diante de tantos filmes de terror bacanas, criativos e até inovadores. Não é um filme que te conquista de imediato, tudo parece previsível e os personagens inicialmente são vagos.
Até que entra a mão do diretor Johannes Roberts que com os passar dos minutos oferece um visual bacana e cenas apresentadas com certo diferencial. Com o tempo, os personagens aparecem pontualmente e ganha importância o fato daquela família ser perseguida por um grupo de assassinos, a noite, em um acampamento no meio do nada.
A empatia é importante. Se você não ama ou detesta os personagens, é irrelevante o que acontece com eles. São inesquecíveis algumas sequências, em certas histórias de horror, como a cena de derramamento de sangue em “Carrie, a estranha” (o de 1976, esqueça qualquer outro). Mas é provável que o espectador nem se lembre que a primeira cena desse filme é uma agressão horrível sofrida pela inocente Carrie. Pronto, isso faz você se compadecer imediatamente da personagem principal do filme. Infelizmente essa super empatia com personagens não acontece em “Caçada Noturna”, embora aqui e ali poderíamos ter isso.
Esse é um filme quase do gênero B, o que não é ruim. Não é propriamente uma continuação mas é totalmente inspirado em “Os Estranhos” (2008) que teve sua relevância a ponto de fazer muitos esperarem por uma continuação. Por razões desconhecidas o atual resolveu apenas beber da fonte e realizar outra história. Arriscado e plausível.
O que importa em um filme nem sempre é ser novo até porque isso requer brios que poucos conseguem alcançar. O que importa é você ser conquistado por mais simples e repetitivo que seja a história. Isso é quase possível nesse filme se não fosse a escolha de um final (meio pós crédito) totalmente desnecessário. O fato é que se existe algum motivo que salve o filme atual são os acertos da direção. A história tem um inicio fraco, o desenvolvimento ganha fôlego e cenas como a da piscina, que está no trailer, é um dos pontos altos. A música que aparece faz total sentido com a narrativa.Já lhe falo logo para que talvez diminua uma possível decepção. Do resto, tudo ótimo.
Nota: 3/5
Trailer Oficial:
Não curto terror, mas esse parece ser um filme mais leve e que talvez uma medrosa feito eu consiga assistir kkk gostei do que você falou sobre a empatia pelos personagens, realmente isso é uma grande verdade e eu nunca havia pensado por esse lado. A trilha sonora pelo que você disse foi um ponto acertado nessa trama e eu acho que isso vale muito em qualquer filme e principalmente nos de terror, as vezes uma cena de suspense normal te deixa angustiada só pela musica que vem junto com ela. Eu gostei dessa história, uma família perseguida por assassinos no meio do nada, acho que vou assisti-lo. Não sozinha claro hahha
Luana uma dica, toda vez que sentir medo lembre que é só um filme, rsrs… eu sei é difícil, mas ajuda. Abraço
Empatia, tá, essa é a palavra que move os personagens, seja no cinema ou até mesmo na literatura. Uma coisa aparentemente tão simples é tão difícil de ser posto de maneira coerente e até mesmo imperceptível para o telespectador. Vejo que aqui faltou tato na condução desses personagens, sem falar no roteiro, com a inserção de um final bem desnecessário. Por fim, acho que o filme deve ser visto sem grandes pretensões apenas.