Crítica do Filme “A Morte Te Dá Parabéns”
Mais um filme de Déjà vu? Mais um filme adolescente de terror? Mais uma mistura de gêneros? A Morte Te Dá Parabéns é no mínimo ousado por passear por todos esses campos mencionados e teria tudo para ser um grande desastre, pois muitos outros filmes tentaram e não conseguiram. Sem contar que recentemente tivemos ótimos filmes do gênero, mas com propostas diferentes como No Limite do Amanhã e Antes que Eu Vá. E aí que é o pulo do gato: A Morte Te Dá Parabéns traz proposta diferente.
Temos todos os elementos já conhecidos em filmes como Pânico, Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, Feitiço do Tempo e até quem sabe um pouco de Sexta-Feira 13. Mas o fato é que o grande barato desse filme é que mesmo reunindo elementos de todos esses filmes e sem esconder, ele leva sua história sem afetações, apenas com a leveza de entreter o espectador. E por isso, consegue se destacar. Você senta para assisti-lo e se diverte bastante com a experiência.
A protagonista é odiável no primeiro contato. Você fica até feliz em saber que ela vai se ferrar. E logo em seguida quando vem a oportunidade de redenção, não soa como papo furado de filminho correto. Realmente dá para comprar a ideia de superação e restamos aguardar para ver se vai acontecer. Nada é fácil com a jovem que revive o dia da sua morte, mas que não tem todo tempo do mundo para solucionar o crime, entende-lo ou simplesmente continuar quebrando o pau, como já faz com sua vida. É anunciado que ela não pode reviver eternamente esse ciclo e realmente em algum momento ela pode morrer, e embora esse fim não seja tão bem explorado ele fica na nossa cabeça.
O interessante é que a reflexão do filme acontece através da comédia, pois todos os clichês possíveis a partir dos filmes que conhecemos são trabalhados para fazer gozação da própria protagonista e como isso é utilizado através da comédia a coisa toda fica bem leve e inclusive pode ficar despercebido que questões como feminismo, machismo, liberdade sexual, oportunidade de recomeço, burrice, paranoia e egoísmo são abordadas com aquela típica leveza da indiferença, mas uma indiferença sadia, pois os temas ficam na sua cabeça.
Nota: 3,7/5
Escrita pelo colaborador: Vitor Damasceno é o Cinéfilo que não consegue ficar quieto em sua “Odisséia no espaço” e sonha em ser Indie.
Olá,
Eu vi o trailer e achei que fosse algo no estilo Todo mundo em pânico.
Não sou muito fã de filmes de terror escrachado.
Eu achei interessante o dia sempre recomeçar, dando uma oportunidade a protagonista de não morrer e ainda parece que ela vai se redimindo aos poucos, tentando se tornar uma pessoa melhor (agora entendi a referência a Antes que eu vá).
Mesmo com seus pontos positivos, ainda não fiquei com vontade de ver o filme, Mas que bom que você gostou.
Bjs
Olá Vítor,
Não tenho planos de assistir esse filme, mas até que pela sua resenha ele não parece tão assustador.
Bom saber que mesmo com a ideia de ser um filme de terror ainda tentaram colocar algumas cenas de comédia. E que no decorrer do filme a pessoa começa a gostar da protagonista (já que vc citou que ela é um pouco chata no começo do filme).
Vitor!
Bom ver que um filme mesmo com autores desconhecidos, foi bem estruturado, ainda mais quanto é terror, porque na maioria dos casos, eles acabam tornando o filme bem trash quando não há atores famosos.
E se é de terror bem humorado, onde podemos dar boas risadas, fiquei interessada em assistir.
Desejo uma semana maravilhosa e florida!
“Para saber uma verdade qualquer a meu respeito, é preciso que eu passe pelo outro.” (Jean-Paul Sartre)
Cheirinhos
Rudy