Resenha: Quem é você, Alasca?, por John Green
Nome do livro: Quem é você, Alasca?
Nome Original: Looking For Alaska
Autor(a): John Green
Tradução: Edmundo Barreiros
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580576832
Página: 336
Ano: 2015
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Miles Halter estava em busca de um Grande Talvez. Alasca Young queria descobrir como sair do labirinto. Suas vidas colidiram na Escola Culver Creek, e nada nunca mais foi o mesmo.Miles Halter levava uma vidinha sem graça e sem muitas emoções (ou amizades) na Flórida. Ele tinha um gosto peculiar: memorizar as últimas palavras de grandes personalidades da história. Uma dessas personalidades, François Rabelais, um poeta do século XV, disse no leito de morte que ia “em busca de um Grande Talvez”. Para não ter que esperar a morte para encontrar seu Grande Talvez, Miles decide fazer as malas e partir. Ele vai para a Escola Culver Creek, um internato no ensolarado Alabama.Lá, ele conhece Alasca Young. Ela tem em seu livro preferido, O general em seu labirinto, de Gabriel García Márquez, a pergunta para a qual busca incessantemente uma resposta: “Como vou sair desse labirinto?” Inteligente, engraçada, louca e incrivelmente sexy, Alasca vai arrastar Miles para seu labirinto e catapultá-lo sem misericórdia na direção do Grande Talvez. Miles se apaixona por Alasca, mesmo sem entendê-la, mesmo tentando sem sucesso decifrar o enigma de seus olhos verde-esmeralda.
“Quem é você, Alasca?” foi o primeiro o primeiro livro escrito pelo autor John Green, juntando personagens que até então eram comuns em um enredo maduro cheio de reflexões já conhecidas de seus outros livros. Um dos grandes exemplos que tirei foi o fato de você sentir-se mais vivo dentro do seu meio social. Essa edição é a comemorativa de 10 anos lançada recentemente pela editora Intrínseca. O livro apresenta uma apresentação do próprio autor, cenas cortadas dentro do manuscrito e os detalhes de todo o processo de edição. Vemos como é difícil o autor iniciante publicar e ganhar credibilidade em seu primeiro livro. Não é a toa que Green está no lugar onde sempre lutou, não é mesmo?
O livro é separado entre o ‘Antes’ e o ‘Depois’ deixando logo de início o seu leitor meio encabulado com o que irá encontrar. A primeira parte como todos os livros é uma introdução de seus personagens dentro do enredo. Miles Halter é um garoto de quinze anos de idade, para uns considerados como um bom garoto. Vive com seus pais na Flórida e não possui amigos dentro e fora do colégio. O garoto possui uma mania de memorizar a última frase das pessoas antes de morrer. Ele parte para uma grande conquista – procurar o seu “Grande Talvez”. Indo para um colégio interno, em Culver Creek.
No local ele acaba conhecendo Chip (Coronel), seu colega de quarto, um adolescente bem doido. Ele grava países e suas capitais e acaba apelidando Miles de Bujão. Também conhecemos Alasca Young, uma garota linda, inteligente e ao mesmo tempo esconde algo dentro de si mesma que deixa Miles apaixonado por ela no decorrer do livro.
Na segunda parte do livro o autor completa tudo que estava planejando nos capítulos antes. Não vou soltar spoiler, mesmo que acredito que já saibam. Tudo é amarrado e explicado! Será um acidente? Um erro que deixou todos os seus amigos pensativos. No internato, diferente da vida de Miles anteriormente, os adolescentes envolvem com bebidas, drogas escondidos.
John Green me conquistou de todas as formas. Errei em julgar o livro cansativo de início, mas foi ganhando um tamanho sensacional no decorrer da trama. A profundidade, carinho que o autor cuida de sua escrita acaba satisfazendo o final. O autor possui mesmo qualidades incomparáveis e seus livros fazem todo o sentido o sucesso que encontrou e estou mesmo ansioso para sua adaptação aos cinemas.
A edição brasileira pela editora Intrínseca não ficou para trás. Gostei de todo o cuidado, diagramação e principalmente a capa. Os desenhos finais ficaram muito bem traduzidos e os extras satisfizeram e são realmente importantes para o entendimento.
Com toda certeza vale todo o tempo para conferir uma obra desse autor que transformou o mundo.