Resenha: Fragmentados, por Neal Shusterman
Nome do livro: Fragmentados
Nome Original: Unwind
Trilogia: Fragmentados #01
Autor(a): Neal Shusterman
Tradução: Camila Fernandes
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581635194
Página: 320
Ano: 2015
Onde Comprar: Compare Preços
Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria . Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido, 18 anos parece muito, muito longe.
Imagine o mundo que vivemos hoje, um governo que dita regras em que crianças até 13 anos não podem ser tocadas ou fazer qualquer mal. Contudo, de 13 anos até seus 17 anos os pais podem entregá-las para serem, tipo, como explico… fragmentadas. E o que seria : Ser fragmentada? É como uma doação de órgãos onde a criança seria cortada em diversos pedaços para que sirva de doação para outras pessoas que estão precisando de alguma parte do corpo. O mais tentador, é que o governo acredita que isto é a solução.
Connor é um garoto de 17 anos possuindo um temperamento explosivo e apresentando notas não tão aceitáveis pelos seus pais. Risa, é uma tutelada do governo, apresenta talento para música e o governo vê que ela não possui muito mais do que oferecer. Ambos foram mandados para serem fragmentados. Ainda conhecemos Lev, um dízimo, jeito que o governo nomeia a fragmentação.
Como de imaginar, Connor e Risa tentam fugir do destino que lhes são reservados. Eles acabam cruzando com Lev, que não ver a fragmentação como algo mortal. Narrado em terceira pessoa, vamos conhecendo a mentalidade de cada personagem. E não pensem que não existe cenas pesadas. Seria eu errado de não revelar. Se você possui um estômago leve, não leia!
Se pegarmos o nosso meio social e real de hoje, logo percebemos que estamos caminhando quem sabe para o mesmo problema apresentado do livro. Um controle que foge muito da realidade, mas pela tecnologia é real. Estamos perdendo muito a essência do ser humano para apegar a facilidade da tecnologia que em certos momentos é interessante e necessária, já em outras passam dos limites. Porém, retiro a realidade de pais entregar seus filhos para serem “mutilados”, ninguém tem autoridade além de Deus para fazer isso.
O livro não passa um gancho para a sua sequência, ele estaciona e explica tudo ali. Fiquei meio para baixo quando vi que ainda possui mais quatro livros e imaginando o que o autor vai tratar neles. Medo de o capitalismo começar a cegar o enredo.
A diagramação da editora Novo Conceito ficou bastante tentadora. Não conhecia o autor e fiquei apegado em sua escrita. Mesmo não engolindo algumas partes que tratam por aqui e ainda em dúvidas pelos diversos livros distópicos dentro do mercado editorial. A tradução não deixou a desejar amarradas com colocações verbais de fácil entendimento.
Indico Fragmentados para os adeptos de uma boa distopia e busca algo diferente das mesmices que estão sendo lançadas. Tanto os personagens principais, quanto os secundários não vão deixar a desejar.