Resenha: Convergente, por Veronica Roth
Nome do livro: Convergente
Nome Original: Allegiant
Trilogia: Divergente #3
Autor(a): Veronica Roth
Tradutor: Lucas Peterson
ISBN: 9788579801860
Ano: 2014
Páginas: 526
Editora: Rocco
Avaliação: 4/5
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A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. No poderoso desfecho da trilogia Divergente, de Veronica Roth, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor. Livro mais vendido pela Amazon no segmento infantojuvenil em 2013, Convergente chega ao Brasil em meio à expectativa pela estreia de Divergente nos cinemas, em abril. A série segue no topo na lista de bestsellers do The New York Times.
Sim! Finalmente terminei Convergente, fechando a trilogia Divergente (Divergente, Insurgente) da autora Veronica Roth. Depois de ter devorado Divergente e o final impactante de Insurgente, o seu sucessor foi completamente diferente! Nele, presenciamos os diálogos entre Tris e Tobias, para muitos, um grande ponto negativo no volume final.
Depois do vídeo de Edith Prior no último volume, Tris, Tobias e seus amigos, se mantêm presos no regime de Evelyn, junto com os sem-facção que tomaram toda cidade. Para quem ainda não se recorda a traição dentro da Audácia, em jorrar o soro para controlar toda a população ao lado de Jeanine, a traição de Caleb, provocaram mortes. Pessoas mais próximas de Tris, Tobias e Christina, ao lado de Uriah, Tori, acabam conhecendo um novo regime que não aceita o controle da mãe de Tobias. Os Leais (no livro americano, os Allegiant), eles querem levar todos para fora da cerca que liga a cidade, como no vídeo. Controlada por Johanna Medinson ao lado de Cara, ajudam nossos amigos para cumprir o feito e salvar Caleb da morte.
Ao mesmo tempo, Caleb Prior, irmão de Tris, está sendo julgado pela aliança e traição ao lado de Jeanine, que fez quase a própria irmã ser morta. O legal da trama, que mesmo passando por toda humilhação e traição do irmão, a garota, ou melhor, o seu coração e a razão falam mais altos e sempre arranja um jeito de contornar toda situação.
As coisas ainda não param, ao atingir um novo mundo além das cercas, nossos amigos, sofrem algumas conseqüências como mais mortes e um novo mundo desconhecido e diferente de tudo que foram criados. Tudo é diferente, ambos acham que estão libertos e livres. A aceitação é ainda pior, sentimos toda a confusão mental nas cabeças. Aos poucos, novas explicações são jorradas: Quem realmente é esse grupo? Os motivos dos Divergentes, e a impactante revelação de todos os acontecimentos. O que imaginávamos nos livros anteriores é completamente alterado. O novo instituto despeja verdades, inclusive sobre a mãe de Tris e seus erros. Nada é perfeito, tudo armado na medida certa. O psicológico do leitor precisa ser forte, porque mais problemas acontecem e o novo mundo é totalmente um novo governo ditador que na realidade quer controle e submissão.
Veronica Roth me deixou nutrido de vários sentimentos. Demorei tanto para ler o volume final: começava, parava, recomeçava. Não conseguia formular tudo que estava lendo! Era parecida uma cadeia viciosa sem fim, o que detinha em mente, aquele grupo, regime, se escondia outro por dentro, com outros motivos e controles que me fizeram questionar: Até quando nós humanos aceitamos ser controlados? Acredito que seja uma das verdades dentro do livro. Os trechos finais me fizeram refletir muito!
Do meu ponto de vista negativo, foram os excessos de mortes, pessoas muito próximas que nos conquistaram ao longo. Principalmente de personagens “que nos guiaram” até o momento. Eu mesmo não imaginava que a Roth faria isso! Estragou o livro? Não! Refleti muito para entender que muitas vezes nossas escolhas remetem conseqüências, e muitas vezes, nos sacrificamos para salvar quem realmente amamos. Esse é um ciclo vicioso e perigoso. Achei digno o final.
A editora Rocco preservou a capa da versão original. A diagramação e concordância foram impecáveis como nos volumes anteriores. A tradução nas mãos de Lucas Peterson facilitou muito a compreensão e leitura, mesmo que tenha alterado um pouco os nomes. Um exemplo: os Leais (Allegiant) poderiam ter sido chamados de “Convergentes” como ficou conexa a tradução. Mas nada que impossibilite toda compreensão.
Leitura bastante indicada!! Agora, o que resta é esperar as adaptações nos cinemas e aguardar novos livros da autora.