Resenhas

Resenha: Necrotério, por Patricia Cornwell

13301_ggNome do livro: Necrotério
Autor(a): Patricia Cornwell
ISBN: 9788565530682
Editora: Paralela
Ano: 2014
Páginas: 384
Nota: 2/5
Onde Comprar: Compare Preços

Conhecemos o início de sua carreira, quando Kay Scarpetta aceitou uma bolsa da Força Aérea para pagar pelos estudos na universidade. Agora, mais de vinte anos mais tarde, suas conexões militares secretas a trazem de volta para a base aérea Dover, onde esteve em um programa de treinamento. Como chefe do novo Centro Forense de Cambridge, em Massachusetts, Scarpetta enfrenta um caso que pode destruir sua reputação e tudo aquilo que lutou para conquistar pessoal e profissionalmente.

Sem conhecer o trabalho da Patricia, assim que surgiu a oportunidade de ler este livro que faz parte da tão aclamada série da Dr. Scarpetta, resolvi mergulhar na leitura e descobrir qual o real motivo dessa ser uma das séries policiais mais lida pelo público. A verdade é que me decepcionei muito com o livro e continuo sem entender o por quê de tanto sucesso.

Assumindo um caso totalmente inusitado: ao que parecia uma morte comum, se revela um possível erro humano ou homicídio. Um jovem aparentemente sofreu uma arritmia cardíaca, mas logo as novas evidências e fatos apontaram para uma possível falha humana ou até mesmo um homicídio. Scarpetta logo assume o caso, o que a leva ela de volta para a Massachusetts. Neste novo caso, Scarpetta terá que enfrentar o perigo de destruir sua reputação profissional.


“Talvez eu deva ficar só com os mortos. […] Sei lidar muito bem com os mortos.”
(Página 85)


Eu considero o gênero policial um tanto quanto complexo, porque além da autora construir uma premissa que seja diferente de casos já vistos — como é o caso de séries grandes como esta –, ela precisa manter o suspense, não deixar pontas soltas e se ater aos detalhes. No geral, acho que a autora conseguiu satisfazer os três pontos mas ela exagera no terceiro. São tantos detalhes, tantas descrições cansativas e relatos sobre roupas, marcas, cenários, pormenores sobre o passado, etc, que é o que realmente torna a trama extremamente cansativa.

A premissa prometeu algo bastante incomum e achei que a autora conseguiu chegar à altura. O caso é brilhante! Por mais que a leitura se arreste por entre tantas explicações, a autora traz um caso que no mínimo podemos chamar de inusitado. Patricia usa e abusa de recursos da saúde, como por exemplo, o uso de realização de exames por imagens, autópsias virtuais e necrópsias. Como trabalho nessa parte de exames, achei que a autora teve um grande aprimoramento nessa área e seu trabalho em campo deve ter consumido um grande período e esforço.


“Sou uma estranha em minha própria vida.”
(Página 106)


A editora apostou em uma capa fosca e condizente com o contexto, mantendo o padrão dos demais livros da série. Na diagramação interna, a trama é impressa em papel amarelado com fonte e espaçamento de um tamanho bom o bastante para não incomodar na leitura. Não foram encontrados erros ortográficos escabrosos, os responsáveis pela tradução e pela revisão estão de parabéns.

Resumidamente, este foi um livro pelo qual eu me arrastei pelas páginas de maneira que a leitura foi cansativa e pouco produtiva, porém para os leitores que já acompanham ou ao menos conhecem o trabalho da Patricia poderão se surpreender o caso totalmente inovador criado em Necrotério. Os livros dessa série podem ser lidos independentemente da continuação e se você ainda não leu nenhum livro da autora — assim como eu –, pode ser que ele não funcione para você.

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.