Resenhas

Resenha: Half Bad, por Sally Green

HALF_BAD_1403809972PNome do livro: Half Bad
Nome Original: Half Bad #01
Autor(a): Sally Green
Tradução: Edmundo Barreiros
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580575590
Páginas: 304
Ano: 2014
Nota: 2/5
Onde Comprar: Compare Preços

Nathan, filho de uma bruxa da Luz com o mais poderoso e cruel bruxo das Sombras. O adolescente vive com a avó e os meios-irmãos e é visto como uma aberração por seus pares. O Conselho dos Bruxos da Luz vê nele uma ameaça, que precisa ser domada ou exterminada. Prestes a completar dezessete anos – época em que todos os bruxos passam por uma cerimônia em que seu dom é finalmente revelado bem, como sua denominação como bruxo da Luz ou das Sombras –, agora Nathan terá que correr contra o tempo para achar o pai, que jamais teve oportunidade de conhecer, e salvar a própria pele.

Logo quando a editora Intrínseca divulgou o lançamento de Half Bad fiquei bastante curioso pelo mundo que iria encontrar. Sempre fui fã de livros que remetem bruxos, magias e seres de outro mundo. A sinopse me contagiou logo de premissa me deixando afoito quando vi o acabamento final do livro. Sally Green entra para o mercado editorial mundial nutrindo um enredo chamativo, certeiro e encantador, porém, infelizmente se perdeu em alguns pontos no decorrer do livro.

O enredo inicia meio confuso, apresentando o jovem Nathan, conhecido no decorrer da trama como meio-código, uma vez que ele é filho de uma Bruxa da Luz e de um Bruxo das Sombras. A narrativa do garoto começa em um futuro, preso numa espécie de jaula, retornando a narrativa para os leitores de onde parou. O garoto sabe que é filho do poderoso Marcus, mas nunca o conheceu. Sua mãe faleceu quando ele ainda era uma criança, daí para frente ele ficou sendo criado pela avó e seus três ditos irmãos. Para piorar toda a situação, Jessica, sua irmã mais velha, faz qualquer coisa para acabar com o sossego do rapaz.

Como se não obsta, todo o enredo criado pela autora é levado à trajetória de Nathan, fora Jessica, o rapaz precisa e muito se preocupar com o Conselho. Imaginem? Um Bruxo das Sombras vivo, as consequências não poderiam ser piores. Com isso, o Conselho tentará atrair Marcus, usando o seu próprio filho. Bingo! A trama começou a esquentar.

No decorrer, quando a autora retoma o passado, vemos o crescimento do nosso personagem principal, como estão às sociedades de bruxos em determinadas partes e até como os humanos são chamados (conheço de algum outro livro conhecido, não?).Uma novidade: os bruxos menores de 17 anos são chamados de “brux”. Aproximando a idade, todos passam por uma avaliação, tipo uma escolha para onde eles vão ser reconhecidos, como Bruxos da Luz ou das Sombras na Cerimônia de Atribuição dos Dons. E é aqui que conhecemos toda a premissa da obra. Será que Nathan vai ser realmente aceito? E como o Conselho irá julgá-lo? E seus dons?

Sally Green inicia sua trama meio confusa, para ser sincero. No início e no final fiquei levando a leitura que não fluía. Tentei encontrar muita magia e infelizmente não achei. As pontas ficam soltas e muitas vezes sem explicação. Não falo da criação que me pareceu bastante instigante. Sua narrativa diferenciada como venho também percebendo em outras resenhas, é o grande ponto de confusão. E não nego! Eu mesmo senti uma grande dificuldade até acostumar. Ela não se esqueceu do famoso romance e ainda neste primeiro volume iremos conhecer uma bruxinha pura da Luz, Annalise.

A editora Intrínseca preservou a capa original da obra, o que ficou bastante caprichada e curiosa. A tradução não deixou a desejar, pelo contrário, ficou bastante intrincada com as continuações dos diálogos.

Enfim, o livro em si me decepcionou! Contudo, acredito que possa ter sido somente nesse volume e que vá melhorar na sequência em Half Wild, que chega às livrarias em 2015. Leiam!!!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

2 comentários sobre “Resenha: Half Bad, por Sally Green

  • Sem dúvidas foi uma grande aposta do mercado editoral em geral, a premissa também me chamou muito a atenção justamente pelos motivos citados na sua resenha, uma pena a autora não ter conseguido colocar todos os ingredientes para deixar o leitor sem fôlego, pode ser também por ser o primeiro volume e ela preferiu manter a narrativa contida, sem grandes surpresas, realmente introduzindo os personagens, o cenário e as situações.
    Em meio a tempestade de histórias iguais Half Bad consegue trazer um pouco de originalidade e deixando esperanças para o próximo livro.
    Quero ler e descobrir pelo o que Nathan passa e como conseguirá sair da jaula onde está preso.
    Tomará que a Intrínseca publique rapidamente os próximos livros assim que forem lançados e não seja mais uma série abandonada, o trabalho de edição ficou realmente impecável.

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  • Resenha bem elaborada, abordando o conteúdo de forma simples e inteligente, despertando o interesse dos leitores

    Resposta

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