Lançamentos

Na mira dos lançamentos: Companhia das Letras/ Paralela/ Seguinte (Setembro/2014)

Olá, pessoal!!!

Vamos conferir os lançamentos do mês da editora Companhia das letras:

13852_gALABARDAS ALABARDAS ESPINGARDAS ESPINGARDAS, de José Saramago

Ao falecer, em junho de 2010, José Saramago havia deixado um último projeto inconcluso em seu computador. Sob o título deAlabardas, alabardas, espingardas, espingardas – um trecho retirado da obraExortação da guerra, de Gil Vicente -, o prêmio Nobel português criava a história de Artur Paz Semedo, um homem comum que trabalha na fábrica de armas Produções Belona S.A.
Paz Semedo é o funcionário exemplar que nunca questionou as ordens de seus superiores ou se angustiou com a finalidade dos artigos fabricados na empresa. Pelo contrário, sentia mesmo certo orgulho do renome da firma e ambicionava dirigir a área de armamentos pesados. Porém, sua mulher, Felícia, uma pacifista radical a ponto de alterar o seu primeiro nome, deixou-o por não suportar mais conviver com o ofício do marido. Há sinais por toda parte de que ele já não viverá com uma consciência tão tranquila.
Nesta breve narrativa já se pode sentir toda a força e beleza típicas da obra de Saramago, que sem dúvida gestava ali um romance notável sobre a condição humana e a banalidade da violência. A presente edição póstuma traz ainda ensaios iluminadores de Fernando Gómez Aguilera, Roberto Saviano e Luiz Eduardo Soares – que prestam aqui uma espécie de homenagem a Saramago ao comentar as derradeiras páginas de um dos maiores autores da língua portuguesa.

 

13554_gO CÍRCULO, de Dave Eggers

Encenado num futuro próximo indefinido, o engenhoso romance de Dave Eggers conta a história de Mae Holland, uma jovem profissional contratada para trabalhar na empresa de internet mais poderosa do mundo: O Círculo. Sediada num campus idílico na Califórnia, a companhia incorporou todas as empresas de tecnologia que conhecemos, conectando e-mail, mídias sociais, operações bancárias e sistemas de compras de cada usuário em um sistema operacional universal, que cria uma identidade on-line única em por consequência, uma nova era de civilidade e transparência.
Mae mal pode acreditar na sorte de fazer parte de um lugar assim. A modernidade do Círculo aparece tanto na sua arquitetura quanto nos escritórios aprazíveis e convidativos. Os entusiasmados membros da empresa convivem no campus também nas horas vagas, seja em festas e shows que duram a noite toda ou em campeonatos esportivos e brunches glamorosos. A vida fora do trabalho, porém, vai ficando cada vez mais esquecida, à medida que o papel de Mae no Círculo torna-se mais e mais importante.
O que começa como a trajetória entusiasmada da ambição e do idealismo de uma mulher logo se transforma em uma eletrizante trama de suspense que leva questões fundamentais sobre memória, história, privacidade, democracia e os limites do conhecimento humano.
“O comentário satírico mais preciso sobre a era da internet.” – The Guardian
“Impossível largar.” – The Time
“Tremendo. Prepare-se para ficar viciado.” – Daily Mail
Best-Seller do New York Times.

 

13267_gDIÁRIO DE INVERNO, de Paul Auster

Em 1982, com a publicação de seu primeiro livro em prosa, A invenção da solidão, um jovem Paul Auster chamou a atenção do público e da crítica ao escrever sobre a paternidade. Trinta anos depois, já amplamente consagrado, ele escreve seu segundo livro de memórias, no momento em que adentra a velhice.
Se em sua estreia o escritor se debruçou sobre a figura do pai, que havia acabado de morrer, em Diário de inverno Auster dá destaque à mãe, que se divorciou do marido e se tornou uma pária dentro da própria família. Em meio a lembranças dos jogos de beisebol, do primeiro relacionamento sério, fadado a dar errado, e do dia em que conheceu sua segunda mulher, Auster relembra a luta da mãe para criar os filhos sozinha, sua dedicação ao trabalho, o segundo e o terceiro casamentos, a dependência financeira na velhice e sua morte.
Neste livro nada convencional de memórias, os fãs de Auster reconhecerão muitas das virtudes de seus livros anteriores, como a sensibilidade, o estilo claro e lúcido, o fascínio pela arte e pelo esporte. Ao falar das mudanças de casa, das brigas, do amor pela família e pelos amigos, e principalmente do envelhecimento, este relato de uma experiência pessoal se transforma no retrato de uma experiência universal com a qual todos poderão se identificar.

 

13742_gDISCURSO DE PRIMAVERA E ALGUMAS SOMBRAS, de Carlos Drummond de Andrade

Publicado em 1977, quando Carlos Drummond de Andrade estava com setenta e cinco anos,Discurso de primavera e algumas sombras não é, como se poderia esperar, a obra outonal de um escritor na terceira idade. Ainda vibrando com a vida e observando a passagem do tempo, Drummond publicou originalmente estes poemas na coluna que mantinha noJornal do Brasil
Vai daí, portanto, o caráter quase público de muitos dos textos recolhidos no volume. Falam de episódios do Brasil e do mundo num tempo conturbado, de profundas mudanças sociais e – no caso brasileiro – do desalento com um regime de exceção que parecia fechar todos os espaços destinados à liberdade, tanto pública quanto individual.
A década de 1970, como se sabe, assistiu ao despertar da consciência ecológica. É o tempo da Conferência de Estocolmo, a primeira grande discussão mundial (organizada pela ONU) a respeito dos descaminhos da civilização industrial diante da natureza espoliada e maltratada. O poeta mineiro foi um dos primeiros autores do primeiro time da nossa literatura a tratarem do tema. Poemas como “Águas e mágoas do Rio São Francisco” (que abre o volume), “Num planeta enfermo” e “Antibucólica 1972” mostram a indignação de Drummond com a devastação da natureza, que já avançava a galope naquele tempo e desfigurava para sempre o meio ambiente. Uma poesia sempre necessária e atual.

 

13839_gTRIBUNOS PROFETAS E SACERDOTES – Intelectuais e ideologias no século XX, de Bolivar Lamounier

Em Tribunos, profetas e sacerdotes, Bolívar Lamounier procura repensar a dicotomia liberalismo x antiliberalismo, ou democracia liberal x autoritarismo, em todo o transcurso do século XX, pela ótica dos intelectuais. 
Em abstrato, a resposta para tal escolha metodológica e de tema é perfeitamente justificável. Afinal não faz tanto tempo que Hitler tomou o poder na Alemanha e Stálin encenou os famigerados “julgamentos de Moscou”. Tampouco se requer uma pesquisa alentada para constatar que o século XXI choca ovos de serpente. 
O desafio é como conduzir tal inquirição, ou seja, como apreender em toda a sua complexidade a conexão entre a atividade reflexiva, as ideologias e a estrutura política, e estreitar analiticamente as relações entre a vida dos pensadores e o marco político real.
A proposta do autor desdobra-se em dois níveis. No nível individual, ele propõe o estudo da questão através de três papéis característicos que os pensadores costumam assumir na esfera pública: o tribuno, o profeta e o sacerdote. No nível coletivo, três tipos históricos de inserção na vida intelectual: pensadores individuais, intelligentsias e comunidades academicamente centradas. Uma leitura iluminadora em época de recidivas autoritárias e crise da democracia representativa.

 

13720_gPAGU: VIDA-OBRA, de Augusto de Campos

Em 1982, quando Pagu: vida-obra foi lançado pela editora Brasiliense, quase nada se sabia sobre essa importante personagem do modernismo no Brasil. Além das fotografias que documentavam sua estonteante beleza e da aura de escândalo proporcionada pela participação na ruidosa “segunda dentição” do movimento antropofágico (amplificada por seu tumultuado relacionamento com Oswald de Andrade), pouca coisa restava de Pagu. Seus artigos na imprensa estavam dispersos em jornais extintos; seus livros, ainda inéditos ou já esgotados; a história de sua militância política, apagada. No entanto, o poeta e estudioso da história do modernismo Augusto de Campos surpreendeu os meios literários ao realizar nesta antologia sui generis o mais completo e ambicioso resgate da produção artística, literária e jornalística da autora de Parque industrial
Desde seu lançamento uma referência incontornável sobre Pagu, e há muito esgotado, o livro ressurge em edição revista e ampliada, que inclui novos textos, dezenas de ilustrações e fotografias. Este “biolivro”, como o define Campos, abarca os momentos mais importantes da trajetória de Patrícia, uma vida-obra repleta de acontecimentos e trabalhos memoráveis.
O alistamento nas fileiras da vanguarda modernista, o curto casamento com Oswald, a viagem ao redor do mundo em 1933, a militância comunista e os anos de cadeia servem de prólogo à segunda parte da vida-obra de Pagu, a partir dos anos 1940, marcada por uma intensa colaboração com jornais e pela atuação teatral, sempre em prol das vanguardas. O retrato multifacetado da figura que emerge deste roteiro biobibliográfico permite incluí-la em pé de igualdade numa seleta galeria de mulheres do alto modernismo mundial.

 

13781_gDIÁRIO DA DILMA – A seção da revista “piauí” que satiriza a agenda da presidente, de Renato Terra

“Seis de março: tô com um bode do Lula que nem te conto! Só tomo bola nas costas! Ele se faz de bonzinho, diz que me apoia, mas fica de ti-ti-ti com o João Santana, de zum-zum-zum com o Rui Falcão. Lá no fundo, ele quer voltar. Mandei um recado na lata: quem cochicha o rabo espicha.”
Esta é a Dilma Rousseff que aparece nas páginas desse diário fictício: desconfiada, informal, bem-humorada.
Diário da Dilma começou como uma seção da revista piauí. Todos os meses, a publicação trazia uma página de sátira sobre a rotina da chefe do Executivo. A ideia partiu do então editor da revista, Mario Sergio Conti, mas coube ao jornalista Renato Terra dar forma à seção e assumir a função de “ghost writer” da presidente. 
A Dilma criada por Renato Terra é atenta aos mínimos detalhes do penteado, adora jogar tranca, paparica o neto, faz fofoca com amigas da Casa Civil e da Petrobras e vive a suspirar por seu príncipe encantado, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão.
A seção é inspirada numa coluna sobre a ex-primeira dama francesa Carla Bruni, criada pelo jornal humorístico francês Le Canard Enchaîné. Para compor o diário, Terra mergulha no noticiário nacional, descobre cores de esmalte e tendências fashion em revistas femininas, capricha no vocabulário cafona e fica de olho na agenda cumprida pela presidente na vida real.
Muitas informações de bastidores servem de material: há histórias que parecem brincadeira, mas são dados exclusivos recebidos pelo jornalista. De todo modo, a mistura entre fato e ficção não deixa dúvida sobre o traço que predomina em todos os textos: o humor corrosivo e escrachado.

 

13645_gO HOMEM AO LADO – Crônicas, de Sergio Porto

Sérgio Porto atacava em todas: TV, rádio, teatro, shows, cinema. Mas sobretudo deixou algumas das mais hilariantes e afiadas crônicas da literatura brasileira. Seu olhar para captar o humor nas relações sociais, sua habilidade em desnudar – sempre com riso – as imposturas de nossos políticos e seu ouvido para captar as irresistíveis expressões inventadas no dia a dia do Rio de Janeiro dos anos 1950 e 1960 o entronizaram no panteão de nosso melhor humor literário. 
O homem ao lado reúne crônicas com as melhores características de um autor que foi campeão de audiência: desde pequenas ficções sobre personagens e situações do Brasil e escrachos sobre personagens da História até um lado mais nostálgico e lírico. O conjunto é impressionante ao mostrar as diferentes e criativas maneiras do carioca de construir seus textos.
Midas do humor, Sérgio Porto injetava graça em tudo o que tocava. Suas crônicas eram comentadas quando saíam nos jornais e, suprema glória para um autor, faziam parte da conversa cotidiana de brasileiros de todas as classes sociais.

 

13588_gAMOR EM DOIS TEMPOS, de Livia Garcia-Roza

Vivian acaba de ficar viúva. Depois de um casamento de décadas com Conrado, ela se vê com a difícil missão de levar as cinzas do marido para a cidade onde ele nasceu: Salvador. Hilda, sua grande amiga, irá acompanhá-la nessa empreitada. Mas ao chegar à capital baiana, as coisas não acontecem conforme o previsto. A escolha de onde espalhar as cinzas se mostra mais complexa do que ela imaginava, Hilda se comporta de um modo cada vez mais esquisito e, como por ironia do destino, Vivian irá reencontrar ali Laurinho, seu amor de infância. 
A possibilidade de se apaixonar e viver um romance quando já se aproxima dos setenta anos irá trazer uma nova luminosidade para a vida da protagonista, que até então tinha se conformado com um casamento infeliz, a dedicação ao filho único e o refúgio na escrita. Neste Amor em dois tempos, a ficcionista Livia Garcia-Roza nos apresenta mais um romance sensível, com muito humor e pleno de esperança.

 

 

13698_gDA ESCRAVIDÃO AO TRABALHO LIVRE – Brasil, 1550-1900, de Luiz Aranha Corrêa de Lago

Da escravidão ao trabalho livre – trabalho original e de fôlego sobre as relações entre capital e trabalho no Brasil antes do século XX – se origina da tese de doutorado de Luiz Aranha Corrêa do Lago na Universidade Harvard, defendida no final dos anos 1970. A despeito de sua reconhecida importância na bibliografia da história econômica do país, a pesquisa permaneceu inédita por mais de três décadas, acessível somente em algumas bibliotecas universitárias. 
Com esta primeira edição brasileira do texto revisto e adaptado da tese, o trabalho rigoroso e inovador de Corrêa do Lago finalmente se torna disponível ao público amplo dos estudiosos e amantes da história.
Professor do Departamento de Economia da PUC-RJ, o autor tem como ponto de partida um massivo conjunto de dados estatísticos – que vão da demografia à estrutura agrária, da produção de mercadorias agropecuárias e minerais ao comércio exterior do Brasil – referentes ao período colonial e imperial e aos primeiros anos da República Velha. Corrêa do Lago enriquece a análise desses dados com gráficos, tabelas, mapas e notas explicativas para explorar o tema principal de sua pesquisa: a transição do trabalho escravo ao assalariado a partir de meados do século XIX, marco inicial da industrialização e da urbanização do Brasil.
“São tão bem contados os vários enredos que polifonicamente compõem a trama deste livro, que, a partir de agora, Da escravidão ao trabalho livre se tornará leitura indispensável, se não obrigatória, aos estudiosos e amantes da história.” 
– Alberto da Costa e Silva

 

13447_gZERO ZERO ZERO, de Roberto Saviano

Zero Zero Zero é a mais fina, pura e cara farinha de trigo, bem como a gíria pela qual os traficantes europeus se referem à cocaína de melhor qualidade. Em seu livro mais recente, Roberto Saviano traça um painel impressionante de como o pó branco liga as principais praças comerciais do mundo e impõe suas tenebrosas regras, seus códigos morais e exércitos, direta ou indiretamente, a todos nós. 
Da Calábria ao México, da selva colombiana à Rússia, do Brasil às ruas de Londres e Milão, o premiadíssimo escritor italiano revela os segredos internos e as conexões deste que é possivelmente o mais lucrativo dos mercados globais, e demonstra o fato terrível de que ninguém escapa de seus tentáculos. 
Ameaçado de morte depois de sua reportagem de fôlego sobre a máfia napolitana, a Camorra (livro posteriormente adaptado, com grande sucesso de bilheteria, para o cinema), Saviano vive há mais de oito anos em endereço desconhecido, sob vigilância cerrada, 24 horas por dia. Nesse período, ganhou intimidade com as polícias e agências de inteligência ao redor do mundo, que lhe franquearam acesso a informações privilegiadas para a redação de Zero Zero Zero. O resultado é não só uma radiografia da “grande corporação” da droga como uma reflexão profunda sobre a eficácia de um combate inglório a esse produto de demanda incessante.
“Saviano é um herói nacional.” – Umberto Eco 
“Saviano pagou mais caro que eu por seus livros: a fatwa da Camorra é mais perigosa que a de Khomeini.” – Salman Rushdie 
“O sonho de qualquer jovem jornalista de garra deve parecer bastante com o perfil de Roberto Saviano.” – El País
“A genialidade de Saviano foi mostrar como a máfia se aproveitou da globalização.” – The Guardian
“Saviano é um ícone da luta contra as organizações criminosas.” – Folha de S. Paulo

 

13428_gA IMPERATRIZ DE FERRO – A concubina que criou a China moderna, de Jung Chang

Não há dúvida de que a imperatriz viúva Cixi (1835-1908) é a mulher mais importante da história chinesa. Tendo governado o país por décadas, ela hoje é considerada a principal responsável por ter conduzido o império medieval à era moderna.
Aos dezesseis anos, numa seleção nacional para acompanhantes reais, Cixi foi escolhida para ser uma das concubinas do imperador. Quando ele morre, em 1861, é o filho de cinco anos de ambos que assume o trono. Mas a imperatriz organiza um golpe contra os regentes indicados pelo marido e passa a ser a verdadeira líder da China.
A biógrafa Jung Chang descreve com toda vivacidade a luta de Cixi contra os enormes obstáculos que precisaram ser derrubados para mudar o império chinês. Ela foi a responsável por implantar os atributos de um Estado moderno, como a indústria, ferrovias, eletricidade e novos armamentos, e mesmo por avanços como a abolição de torturas milenares e o reconhecimento dos direitos das mulheres. A autora desmonta, portanto, a visão tradicional de que a imperatriz viúva não passava de uma déspota sanguinária e conservadora.
Baseada em documentos fundamentais que só ficaram disponíveis recentemente, esta biografia veio para revolucionar o entendimento sobre um período crucial da história da China e do mundo. Narrado num ritmo rápido e envolvente, é tanto um panorama do nascimento de uma nação moderna como o retrato íntimo de uma grande mulher.
“A história extraordinária de Cixi contém todos os elementos de um bom conto de fadas: o bizarro, o sinistro, o triunfante e o terrível.” – The Economist

 

13728_gA CASA CAI, de Marcelo Backes

Marcelo Backes é um dos mais respeitados tradutores do Brasil. Verteu para o português obras de clássicos da literatura em língua alemã, tais como Kafka, Goethe, Schiller e Heine.
Recentemente, Backes deu início a uma bem-sucedida carreira de romancista. Em 2013, lançou O último minuto. Sucesso de crítica, o livro traz a história de João, o vermelho, um treinador de futebol que narra, da prisão, sua história de vida a um jovem seminarista.
Em A casa cai, o espectro de João está por toda parte. O narrador do livro é o mesmo padre que, no livro anterior, se encantara por sua história. Ele largou a batina e agora está no Rio de Janeiro, incumbido de uma missão para a qual não se sente preparado: administrar a herança recebida do pai, que acaba de morrer.
O destino o joga no centro do mundo de frivolidades dos endinheirados cariocas. Os vernissages de artistas da moda, os apartamentos de frente para o mar no Leblon, as reformas feitas por arquitetos descolados, as tardes à toa no Country Club de Ipanema.
Backes dá feição literária a um fenômeno típico dos nossos tempos: a explosão do mercado imobiliário, com todas as consequências que isso traz para as metrópoles brasileiras, com a gentrificação de regiões inteiras e a expulsão dos pobres para áreas cada vez mais afastadas.
Mais uma vez, o autor brilha com sua prosa exuberante, feita de lirismo, eloquência e acuidade social.

 

editora Paralela:

88065_gMINHA LISTA DE PRIORIDADES – A jornada de um professor em busca das grandes lições da vida, de David Menasche

Aos 34 anos, David Menasche foi diagnosticado com câncer no cérebro. Seis anos depois, sofreu uma grave convulsão que tirou parte de sua visão, memória, mobilidade e – talvez a mais trágica de todas as perdas – sua capacidade de ensinar. 
Impossibilitado de continuar dando aulas, o professor decidiu interromper com os tratamentos recomendados pelos médicos e montou um plano audacioso: atravessar os Estados Unidos para contemplar o oceano Pacífico antes de perder totalmente a visão, usando o tempo que lhe restava para encontrar antigos alunos e perguntar a eles do que se lembravam do tempo em que passaram juntos. Ele havia sido importante? Tinha feito alguma diferença? 
Minha lista de prioridades é uma história real, ainda em construção.
Um livro sobre pequenas epifanias, que se debruça com coragem sobre os temas mais complexos de nossa existência, nos fazendo refletir a cada página sobre o que realmente importa nesta vida.

 

 

88008_gAS CINCO VIRTUDES ESSENCIAIS – O passo a passo para uma vida mais autêntica, de Bob Deutsch e Lou Aronica

Estamos constantemente em busca da melhor versão de nós mesmos. Há quem veja essa busca como um grande desafio, outros encaram a tarefa com mais facilidade. Afinal, como podemos ter a vida plena, criativa e dinâmica que desejamos? Dr. Bob Deutsch dedicou-se à questão por mais de trinta anos e apresenta neste livro suas descobertas reveladoras. Qualquer um de nós tem dentro de si cinco recursos inatos (curiosidade, abertura, sentidos, paradoxo e história pessoal) que, quando utilizados da maneira ideal, podem nos levar a extraordinários níveis de realização. Tratam-se de virtudes essenciais que são fundamentais na busca pela felicidade e podem nos fornecer pistas importantes sobre a verdadeira essência de cada um.
As cinco virtudes essenciais é um manual claro e objetivo para aproveitar ao máximo cada um desses cinco recursos. Recheado de histórias fascinantes, o livro é narrado com graça, compaixão e uma profunda compreensão do que significa ser humano. Em um mundo dinâmico, fluido e veloz, é fundamental saber quem somos e este livro aponta o caminho. 

 

 

editora Seguinte:

55056_ggOS MISERÁVEIS, de Victor Hugo

No cenário conturbado da primeira metade do século XIX na França, Victor Hugo retrata em Os miseráveis um dos pares de antagonistas mais famosos da literatura, o ex-presidiário Jean Valjean e o inspetor Javert.
A partir dos embates entre esses dois personagens de caracteres tão opostos, o autor desenvolve uma trama articulada, que explora os dilemas morais de cada um ao mesmo tempo em que revela de maneira crítica os conflitos sociais da época. Ao retratar uma realidade de penúrias e revoltas, este clássico inspira a esperança por uma sociedade mais justa e humana, ecoando até os dias atuais.
Os miseráveis faz parte da coleção Germinal, que reúne adaptações de grandes clássicos da literatura para o público infantojuvenil. A edição traz uma série de apêndices, com textos sobre a vida do autor, o contexto histórico e o Romantismo na França e no Brasil.

 

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MUNDO NOVO, de Chris Weitz (Volume 1)

Neste mundo novo, só restaram os adolescentes… e a sobrevivência da humanidade está em suas mãos.

Imagine uma Nova York em que animais selvagens vivem soltos no Central Park, a Grand Central Station virou um enorme mercado… e há gangues inimigas por toda a parte. É nesse cenário que vivem Jeff e Donna, dois jovens sobreviventes da propagação de um vírus que dizimou toda a humanidade, menos os adolescentes.
Forçados a deixar para trás a segurança de sua tribo para encontrar pistas que possam trazer respostas sobre o que aconteceu, Jeff, Donna e mais três amigos terão de desbravar um mundo totalmente novo. Enquanto isso, Jeff tenta criar coragem para se declarar para Donna, e a garota luta para entender seus próprios sentimentos – afinal, conforme os dias passam, a adolescência vai ficando para trás e a Doença está cada vez mais próxima.

Franciely

É estudante de Letras por falta de melhor opção (já que não se pode ser somente estudante de literatura), leitora por prazer, amiga dos animais, viciada em internet e resenhista porque gosta de experimentar coisas novas.

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