Resenhas

Resenha: Pietr, o Letão, por Georges Simenon

PIETRN_O_LETAO_1396671251PNome do livro: Pietr, o Letão
Nome Original: Pietr Le Letton
Tradução:  André Telles
Autor(a): Georges Simenon
ISBN: 9788535924145
Páginas: 168
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2014
Avaliação: 3/5
Onde Comprar: Compare Preços

Pietr, o letão é o primeiro romance protagonizado pelo comissário Maigret. Após um corpo ser encontrado no banheiro de um trem, o detetive é levado de bares sombrios a hotéis de luxo enquanto investiga a verdadeira identidade de Pietr, o letão suspeito do crime.

 

A editora Companhia das Letras nos traz o primeiro romance protagonizado pelo comissário Maigret, que é personagem de nada menos que 75 novelas e 28 contos do autor. Simeon publicou mais de 400 livros, incluindo seus pseudônimos, e é o quarto autor em língua francesa mais traduzido no mundo. Com estes dados é possível perceber o porquê de a editora ter lançado o livro, que à primeira vista pode não parecer muito atraente. Aqueles acostumados com leitura de romance policial, seja Agatha Christie ou Sir Arthur Conan Doyle, talvez não vejam nada de inovador em Pietr, o Letão.

Acontece um crime em um trem e o comissário Maigret, que já estava aparentemente à espera de algo assim, vai investigar. Ele tem a descrição de um homem conhecido como “Pietr, o letão” e está a procura do que parece ser um grande criminoso. Conforme a narrativa avança, fica um pouco confusa a maneira que se dá a investigação, com o comissário seguindo seus suspeitos abertamente, mas é preciso lembrar que a história se passa na França em 1931 (ano da publicação original). Conforme avança, o comissário espera que o criminoso confesse ao invés de tentar pegá-lo cometendo algum crime.

Maigret é um homem grande que encara a profissão como sendo a sua vida. É casado com alguém que não ganha muitas explicações sobre o andamento das investigações do marido e nem sobre o seu paradeiro quando as missões lhe tomam mais tempo. Ele não se dá ao trabalho de avisar a esposa onde está, pois entende que ela o estará esperando assim que voltar, com o jantar pronto e sem muitas perguntas. Ele leva seu trabalho às últimas consequências, até mesmo recusando-se a se apresentar ao médico para uma cirurgia, pois ficaria incapaz de trabalhar por algum tempo.

A narrativa é bem fluída e a estranheza da trama fica por conta dos personagens e suas atitudes confusas, a qual atribuo a época em que foi escrito. Temos a obsessão de um homem pelo caso em que está envolvido e a frustração de um criminoso quando está prestes a ser descoberto. Acompanhamos o comissário Maigret enquanto ele descobre o paradeiro de Pietr, mas não existe a coleta de provas ou a investigação de suspeitos. Aqui temos somente a vigilância de personagens para que algum deles seja descoberto como tendo a identidade de Pietr, o letão.

A edição da Companhia das Letras está novamente impecável: sem erros de revisão e com as folhas amareladas. A capa do livro é simples, sem orelhas e tem uma imagem que remete a um livro de mistério policial.

Recomendo aos fãs do gênero que deem uma chance ao autor, pois com toda essa quantidade de livros, o comissário Maigret ainda terá muita coisa para investigar.

Franciely

É estudante de Letras por falta de melhor opção (já que não se pode ser somente estudante de literatura), leitora por prazer, amiga dos animais, viciada em internet e resenhista porque gosta de experimentar coisas novas.

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