Resenhas

Resenha: Brilho, por Amy Kathleen Ryan

brilhoyaNome do livro: Brilho
Nome Original: Glow
Trilogia: Em Busca de um Novo Mundo #01
Autor(a): Amy Kathleen Ryan
Tradução: Ana Death Duarte
ISBN: 9788581300733
Editora: Geração
Páginas: 354
Ano: 2013
Nota: 5/5
Onde Comprar: Compare Preços

Mais fascinante trilogia desde Jogos Vorazes. A Terra não existe mais, e em duas naves que procuram um novo mundo no espaço, uma menina de 15 anos precisa casar e engravidar para garantir a sobrevivência da humanidade. Enquanto isso, uma sucessão de acontecimentos eletrizantes torna a jornada pelo espaço algo absolutamente imprevisto. Temas como religião, a escolha da mulher e a ideia de poder e dominação vão aparecendo muito suavemente articulados ao longo da trama, amarrando o leitor com surpresas e reviravoltas estonteantes. São temas universais, postos num livro por uma escritora surpreendente e que promete arrasar a cena literária a partir desta sua fantástica criação.

Depois de ler diversas resenhas envoltas desse livro, não pensei duas vezes em solicitá-lo. Brilho é o primeiro volume da trilogia Em Busca de um Novo Mundo escrito por Amy Kathleen Ryan, narrando a vida e trajetória de duas naves em busca do novo mundo.

Em um futuro distante a Terra já não é mais habitável para nós humanos, em torno dessa premissa duas naves foram lançadas ao espaço em busca de um novo mundo, um novo local para que toda população possa viver. Após 40 anos sem muito sucesso, as naves gêmeas – New Horizon e Empyrean –  precisam que seus habitantes casem e tenham filhos para dar prosseguimento a raça do novo planeta. O problema é que a nave New Horizon não consegue conceber esses novos habitantes para povoar esse novo planeta. Tornando uma grande ameaça para a nave Empyrean.

As divergências aumentam quando sequestram jovens da outra nave invadindo sem medir esforços. Até que conhecemos Waverly, uma adolescente de quinze anos, que namora Kieran futuro capitão da nave Empyrean, diz prometer-se casar com ela e todos almejam o mesmo, visto que precisam ter filhos. Como a garota é muito nova, ela começa a questionar se um casamento como esse dará mesmo certo e tudo vão ao ar quando a nave é invadida.

A autora trás uma narrativa em terceira pessoa nos pontos de vistas de Waverly e Kieran. O enredo vai deixando o leitor ansioso pelas abordagens ainda sem respostas. A narração vai desenvolvendo o que está se passando entre as duas naves e suas perspectivas. Os questionamentos entre política e religião são muito bem abordados pela autora. A personagem feminina é muito forte, questionadora e muito decidida. O que deixa uma distopia intrigante é esses aspectos, e o que friso é que aqui não há um vilão seriamente. A cada virar de página, a autora despeja mais conteúdo retirando muitas definições e partindo para os diálogos.

Algumas pessoas podem questionar outros aspectos como rebaixar o sexo feminino como se fosse um animal em procriar (meu ponto de vista). O que aos poucos tudo vai sendo mudado a medida que o enredo vai crescendo. São verossímeis algumas falhas, até senti que ela fez uma jogada para os próximos livros. O que impossibilitou entendimentos necessários dentro do primeiro volume. A briga de egos entre as duas naves é todo o problema dentro da narrativa de Ryan.

A editora Geração construiu uma belíssima capa, os brilhos nela deixam qualquer leitor doido pelo livro. A diagramação e ilustração se tornam quesitos essenciais para o livro. Discordo somente quando a editora compara a trilogia como a de “Jogos Vorazes”, o que se torna muito distante de ambas realidades.

Leitura bastante indicada para que todos anseiem sua sequência. Leiam!!!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.