#SemanaSilo: Entendendo a obra de Hugh Howey
Olá, leitor! Dando prosseguimento a nossa semana especial Silo, iremos focar algumas curiosidades do livro construídas pelo autor Hugh Howey. Detalhes importantes para que você leitor possa entender o conteúdo direto desse mundo criado.
O enredo de Silo, se passa em um mundo devastado, onde já não existe mais o nosso Planeta Terra. Somente toxinas mortais pelo ar, a terra como conhecemos não se encontra outros habitantes. Somente aqueles que conseguiram se safar de alguma forma, vivendo presos há um silo subterrâneo. Tentar sair, é requerer e ser banido do silo, enviados para a “Limpeza”.
O SILO
Antes de mais nada vamos conhecer uma definição de um silo pelo nosso dicionário da língua portuguesa:
s.m. Grande depósito, em forma de cilindro, feito de metal ou de cimento e destinado a armazenar cereais, forragem etc., que se carrega por cima e se descarrega por baixo.
No enredo, um silo é um local subterrâneo composto por uma escada e vários andares, para o autor, por 144 andares, composto por três seções de 48 andares. Cada um possui a sua finalidade, ambas se juntam para o funcionamento. Divididos entre a TI, mecânica, suprimentos, xerifes e delegados superiores, intermediários e inferiores, sacerdotes, prefeita. Local que vive uma geração de pessoas, uma espécie de uma sociedade regrada por cumprir obrigações de uma pessoa ligada ao governo – o(a) prefeito (a). Neste mundo destruído, os habitantes acreditam não conhecer o mundo afora e que todo o sustento é retirado do próprio silo em suas fazendas agrícolas.
A TI
Setor de grande relevância dentro do enredo. Eles são responsáveis por toda parte tecnológica do local. O grande problema é o gasto de energia, muitas vezes, aquecendo as máquinas. É liderado por um líder que dita regras que devem ser seguidas. Na TI você leitor vai presenciar momentos cruciais do enredo e de muitos detalhes importantes para as amarras que o autor faz ao longo do livro. Segredos aqui dentro serão poucos para sua cabeça. No setor ainda, eles são responsáveis pelos ajustes nas roupas dos condenados à “Limpeza”. Programada por um determinado tempo enviando ar. Após, este ar acaba e a pessoa morre. O líder do setor é o Bernard.
A Limpeza
Tentar sair do Silo, constitui um crime contra a humanidade. Alguns moradores possuem este desejo, e logo são mandados para a limpeza fora do silo. Os condenados por algum ato impróprio contra o Pacto, devem limpar os sensores e câmeras que captam as mudanças da Terra. Logo, morrem pelo ar tóxico. Um grande dilema dentro do enredo, é que as pessoas ficam curiosas, para descobrir o clima fora. Ao sair, elas sentem uma obrigação em limpar os vidros, câmeras e os sensores. Os personagens destaques são o ex – xerife Holston e a história intrigante de sua esposa Allison.
A Mecânica
Local inferior localizado nos últimos andares. Ali, se esconde o gerador de todo o local e o restante do maquinário. É aqui que conhecemos alguns personagens de destaque. Nossa protagonista Juliette, o líder Knox, o amigo de Jules – Scottie -, que logo é levado para a TI e Walker. Diferente dos outros setores, por aqui todos são amigos. Quando Juliette sobe para o setor superior na sala do xerife, ela conta muito com o setor da mecânica.
Distopia x Pós – Apocalíptico
Ok! Essas alturas, outros blogs participantes já devem ter sanado esse conceito importante e de grande relevância para sua compreensão e entendimento. Vamos ter uma ideia, confira:
Ao pesquisar no Wikipédia, encontramos a seguinte definição de distopia:
Distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma “utopia negativa” . As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, por opressivo controle da sociedade. Nelas, “caem as cortinas”, e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, seja de instituições ou mesmo de corporações.
Distopias são frequentemente criadas como avisos ou como sátiras, mostrando as atuais convenções sociais e limites extrapolados ao máximo. Nesse aspecto, diferem fundamentalmente do conceito de utopia, pois as utopias são sistemas sociais idealizados e não têm raízes na nossa sociedade atual, figurando em outra época ou tempo ou após uma grande descontinuidade histórica.
E o mundo pós- apocalíptico??
Podemos ter uma ideia do filme, Resident Evil, onde temos zumbis, ou filmes de enchentes ou alguns problemas climáticos. Ainda tange um mundo tóxico, suportados por uma pequena e baixa quantidade de pessoas que de alguma forma se adaptam na nova realidade. Em pequenos momentos podemos citar o livro e filme: A Hospedeira. Outros filmes conhecidos como: Matrix, A Invasão, 2012, Padre, V de Vingança. Somos rodeados por eles todos os dias. Confira a lista clicando aqui.
Detalhes importantes!
– Silo é uma distopia pós-apocalíptica totalitária. Quando é posto um regime de um governo, onde um grupo ou sociedade deve cumprir com suas obrigações sobre o risco de morte. Pós-apocalíptica, pela adaptação que essa sociedade encontra. A repercussão de vivência, busca de respostas são outros quesitos fundamentais.
– Os personagens são bem construídos e abordados detalhadamente pelo autor. É necessário que você tenha muito fôlego para sentir, prestar atenção em cada repercussão que será cobrada no decorrer do enredo.
– Em sua leitura, tente adivinhar, mas não julgar os personagens. Tudo que você vai “achar” vai ser mudado com toda certeza. Os personagens não param, o enredo não para, os acontecimentos são gritantes e chamativos. Não julgue o livro antes de finalizar com a última página. Você vai ansiar muito, enlouquecer por Shift.
– Tome calmantes se você não aguentar uma boa adrenalina e algo novo criado pelo autor ainda diferente de tudo lido.
Curiosidades sobre a publicação
Hugh é um escritor de 39 anos, passou por muitas repercussões até ganhar grande relevância e o sucesso dentro do mercado. Muitos não sabem o quanto foi difícil seu livro ser publicado por uma editora. De início ele preferiu a autopublicação, do que nada mais é colocar meu livro sem um apoio de uma editora. Eu mesmo arco com os gastos e com eles sofro das opiniões positivas ou negativas. O grande benefício é que a editora, guiado por um editor não altera o seu texto em cima dos lucros. E foi o primeiro passo dado pelo autor.
The Wool, não foi o primeiro livro escrito pelo autor. Ele sempre escrevia mas nunca concluía! Foi em uma conferência que ele mudou totalmente sua ideia. Focou no livro, que inicialmente era composto por contos vendidos em e-book pela Amazon. O sucesso foi tão grande que logo as editoras bateram em sua porta como um das maiores vendas de ficção científica pelo site.
Ele pensou muito, percebendo que não compensava trocar logo de início seus livros, por um contrato que receberia pela quantidade de vendas. Um contrato que ele teria que vender muito para obter lucro, enquanto suas vendas rendiam muito mais. Não foi fácil! Recusando muitas ofertas, até que começou a ceder quando uma editora americana aceitou o seu acordo. Seus livros digitais continuariam sem transformação, a editora só ganharia pela venda dos livros físicos. Nada mais do que isso! Os lucros aumentaram e em pouco tempo editoras de várias regiões do mundo repercutiram e logo o convite para o cinema chegou para o autor.
Silo foi dividido em três livros pelo autor somente em 2011. Antes, ela iria ser composta por oito livros. Hoje, direitos adquiridos pela editora Intrínseca no Brasil, composta por três livros: Wool, Shift e Dust. O autor está muito satisfeito com os acordos, tanto no que tange as vendas dos livros digitais como os livros físicos (sua preferência atual).
Cada vez que leio algo sobre Silo, fico mais animada para ler. Quero agradecer por você ter postado a definição do mundo pós-apocalíptico que confesso que não sabia definir. É muito bom ver alguém que começou na autopublicação alcançando todo esse sucesso e mantendo as ideias! Nas mãos certas Silo seria uma ótima adaptação para o cinema.