10 Segundos para vencer (2018)
10 Segundos para vencer (2018)
Direção: José Alvarenga Jr.
Roteiro: Thomas Stavros
Elenco: Daniel de Oliveira, Osmar Prado, Ricardo Gelli, Sandra Corveloni, Rafael Andrade Munoz, Samuel Toledo, Keli Freitas entre outros.
Produção: Flávio R. Tambellini, Breno Silveira, Thomas Stravos
“Um homem de família!”
Chega ás salas de cinema nessa quinta-feira, o filme: “10 segundos para vencer”. Baseando em uma história real vamos conhecer a trajetória de Éder Jofre um boxeador brasileiro que foi considerado um dos maiores boxeadores de todos os tempos. Inclusive foi campeão mundial na categoria “peso galo”.
O filme tem início com uma luta já nos anos 70 em Brasília e no decorrer da espera para o começo da mesma somos levados ao passado de Éder, começando por sua infância no bairro do Peruche em São Paulo.
Éder vem de uma família de boxeadores treinados por seu pai Kid Jofre, no começo da trama já vemos um dos familiares, no caso o tio de Éder lutando. Porém esse tio gosta mesmo é de farra e briga e isso gera um atrito entre ele e Kid. Tanto que em determinado momento o jeito valentão do tio, gera um problema. Fazendo com que Eder, que sonhava em ser desenhista, peça que seu pai faça dele um campeão.
Veremos um Eder dividido entre os estudos e o boxe. Ele até tenta conciliar as duas coisas mas não é possível. Então devido a um grande problema familiar ele abre mão do sonho de ser desenhista e começa a lutar para o sustento de sua família. Eder treina dia e noite, seu pai não dá descanso, pois um campeão tem de treinar sempre!
A primeira grande luta de Éder acontece nos Estados Unidos, em 1961. Nessa parte, confesso que fiquei com raiva dos americanos. Vemos claramente no filme, na parte da entrevista coletiva, o desdém com que trataram Kid e Éder. Com insultos risadas e deboches. Mas foi maravilhoso ver Éder ser aplaudido de pé e calar a boca deles!
Entre as lutas e a responsabilidade, ele encontra o amor e consegue construir uma família. Mas a luta quase faz com que seu casamento acabe porém no fim tudo se ajeita.
Confesso que não conhecia a história de Jofre e nem sabia que o Brasil já havia tido um campeão mundial de boxe. O Filme foi muito interessante, emocionante e nos passa uma lição. Nada que fazemos por nosso família é demais! Deixar nossos pais orgulhosos não tem preço e isso Éder fez e com orgulho, por duas vezes fez seu pai feliz! Ele chega a fazer uma promessa á seu pai e ela foi cumprida, deixo isso no ar e assistam ao filme para descobrir qual foi a promessa feita!
Éder ainda é vivo, porém devido as sequelas das lutas tem uma doença, tanto que para que pudesse assistir ao filme seus filhos foram primeiro para ver se o pai aguentaria tanta emoção, a doença pode causar ataque cardíaco. Vi uma reportagem no dia 23 de setembro em que ele foi entrevistado. A emoção nos olhos dele me comoveu. O repórter perguntou a ele se o pai era como no filme, rígido. Ele disse que sim.
Gostei bastante do filme mesmo ele sendo longo, tem mais ou menos 2 horas de duração. Mas vale a pena assistir. Mesmo que não goste de boxe, dê uma chance ao filme, não vai se arrepender. É uma história de vida muito bonita.
Sobre o elenco, ótimas atuações Osmar Prado, como Kid Jofre me despertou amor, ódio e respeito. Daniel Oliveira entrou no personagem de cabeça, fez aulas de boxe, conversou com Eder fez uma teve uma ótima atuação. O ator que faz Éder criança também me encantou, poucas palavras mas muitas emoções ao mesmo tempo. Ele e Daniel conseguiram interagir perfeitamente em algumas cenas, o olhar e o sorriso principalmente. Os demais atores tiveram ótimas atuações.
A fotografia retrata as décadas de 40, 50, 60 e 70 na cidade de São Paulo e em algumas cenas nos Estados Unidos.
Curiosidades:
– O filme também será lançado em formato de minissérie na Rede Globo.
– Em competição no 46º Festival de Cinema de Gramado.
– Inspirado na história de vida do boxeador brasileiro Éder Jofre, considerado o maior peso galo de todos os tempos.
